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Sem dúvida, foi com apoio público com o qual foi eliminada <strong>de</strong> seu posto Maaca, como rainhamãe,<br />
e a imagem <strong>de</strong> Asera, a <strong>de</strong>usa cananéia da fertilida<strong>de</strong>, foi esmagada, <strong>de</strong>struída e queimada<br />
<strong>no</strong> vale do Cedrom. Devido ao apoio popular, estas festivida<strong>de</strong>s religiosas foram as maiores que<br />
quaisquer das havidas em Jerusalém <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a <strong>de</strong>dicação do templo <strong>de</strong> Salomão.<br />
Tais celebrações religiosas em Judá indubitavelmente perturbaram a Baasa. Israel tinha sido<br />
<strong>de</strong>rrotada por Abias pouco antes que Asa se convertesse em rei. Des<strong>de</strong> então, tinha sido ainda<br />
mais <strong>de</strong>bilitado pela revolução, quando a dinastia <strong>de</strong> Jeroboão foi suprimida.<br />
Contemporaneamente, Baasa estabeleceu seu reinado durante uma era <strong>de</strong> paz. A <strong>de</strong>serção <strong>de</strong><br />
seu povo a Jerusalém, <strong>no</strong> décimo quinto a<strong>no</strong> <strong>de</strong> Asa (896-895 a.C.) induziu-o com presteza a<br />
fortificar Ramá (2 Cr 16.1) 222 . Devido a que os caminhos que procediam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Rei<strong>no</strong> do Norte<br />
convergiam em Ramá, a 8 km ao <strong>no</strong>rte <strong>de</strong> Jerusalém, Asa consi<strong>de</strong>rou a questão como uma ação<br />
agressiva estratégica. Enviando a Ben-Hada<strong>de</strong>, rei da Síria, um presente <strong>de</strong> ouro e prata tomado<br />
do templo, Asa anulou a agressão <strong>israel</strong>ita. Ben-Hada<strong>de</strong>, então, se apo<strong>de</strong>rou <strong>de</strong> território e<br />
cida<strong>de</strong>s <strong>no</strong> Norte <strong>de</strong> Israel. Quando Baasa se retirou <strong>de</strong> Ramá, Asa utilizou a pedra e a ma<strong>de</strong>ira<br />
recolhida ali para construir e fortificar Geba e Mispá.<br />
Embora a aliança <strong>de</strong> Asa com Ben-Hada<strong>de</strong> parece que teve êxito, Hanani, o profeta, admoestou<br />
severamente o rei por sua afiliação ímpia. Valentemente lembrou a Asa que tinha confiado<br />
satisfatoriamente em Deus ao opor-se com êxito aos líbios e etíopes <strong>de</strong> Zerá. Quando se encarou<br />
com este problema, havia ig<strong>no</strong>rado a Deus. em conseqüência, se veria sujeito a guerras a partir <strong>de</strong><br />
então. Ouvindo aquilo, Asa se enfureceu <strong>de</strong> tal modo que pôs Hanani em prisão.<br />
Outras pessoas igualmente sofreram a causa <strong>de</strong> seu antagonismo.<br />
Não há registros a respeito das guerras ou ativida<strong>de</strong>s durante o reinado <strong>de</strong> Asa, que foi longo e<br />
dilatado. Dois a<strong>no</strong>s antes <strong>de</strong> sua morte, caiu doente <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> fatal. Nem sequer nesta<br />
situação e neste período <strong>de</strong> sofrimento buscou o Senhor. Embora Asa era um piedoso e justiceiro<br />
governante durante os primeiros a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> seu reinado, não há indicação <strong>no</strong>s relatos bíblicos <strong>de</strong><br />
que jamais se recuperasse <strong>de</strong> sua atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>safio ante as palavras do profeta.<br />
Aparentemente, o resto <strong>de</strong> seu reinado <strong>de</strong> 41 a<strong>no</strong>s não foi caracterizado pela positiva e justa<br />
atitu<strong>de</strong> que tinha marcado seu começo. O encarceramento <strong>de</strong> Hanani, o profeta, parece implicar<br />
que não tinha temor do Senhor nem <strong>de</strong> seu mensageiro (2 Cr 17.3).<br />
Josafá – Um administrador piedoso<br />
O rei<strong>no</strong> <strong>de</strong> 25 a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Josafá (872-848 a.C.) foi um dos mais alentadores, e marcou uma era <strong>de</strong><br />
esperança na história religiosa <strong>de</strong> Judá. Nos primeiros a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> ser reinado, Josafá fez reviver a<br />
política da reforma religiosa que tinha sido tão efetiva na primeira parte do reinado <strong>de</strong> Asa.<br />
Devido a que Josafá tinha trinta e cinco a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> quando começou a governar, <strong>de</strong>ve ter<br />
permanecido, muito provavelmente, sob a influência dos gran<strong>de</strong>s lí<strong>de</strong>res religiosos <strong>de</strong> Judá<br />
durante sua infância e juventu<strong>de</strong>. Seu programa esteve bem organizado. Cinco príncipes, que<br />
estavam acompanhados por <strong>no</strong>ve levitas principais e dois sacerdotes, foram enviados por todo<br />
Judá para ensinar a lei. Além disto, suprimiu os lugares altos e os aserins pagãos, para que o povo<br />
não fosse influenciado por eles. Em lugar <strong>de</strong> buscar a Baal, como o povo provavelmente tinha<br />
feito durante as últimas duas décadas do reinado <strong>de</strong> Asa, este rei e seu povo se voltaram para<br />
Deus.<br />
Este <strong>no</strong>vo interesse com Deus teve um amplo efeito sobre as nações circundantes, ao igual que<br />
sobre Judá. Conforme Josafá fortificava suas cida<strong>de</strong>s, os filisteus e os árabes não <strong>de</strong>clararam a<br />
guerra a Judá, senão que reconheceram a superiorida<strong>de</strong> do Rei<strong>no</strong> do Sul, levando presentes e<br />
tributos ao rei. Este provi<strong>de</strong>ncial favor e apoio o animaram a construir cida<strong>de</strong>s para armazéns e<br />
fortalezas por todo o país, estabelecendo nelas unida<strong>de</strong>s militares. Além disso, contava com cinco<br />
comandantes do exército <strong>de</strong> Jerusalém, ligados e responsáveis diretamente a sua pessoa (2 Cr<br />
222 Ver a discussão <strong>de</strong> Thiele em "The Mysterious Numbers of the Hebrew Kings", pp. 60. O 36º a<strong>no</strong> data <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o começo<br />
do Rei<strong>no</strong> do Sul.<br />
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