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a historia de israel no antigo testamento

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Admoestando seu povo para que se volte a Deus em obediência (2.5), Isaias atrai a atenção aos<br />

problemas contemporâneos. Enquanto tenham fé <strong>no</strong>s ídolos e vivam <strong>no</strong> pecado, esta esperança<br />

não será aplicada. Lhes espera o juízo, mas se promete a salvação àqueles que coloquem sua<br />

confiança em Deus (2.6-4.1). através do processo <strong>de</strong> purificação e juízo, todos gozarão da<br />

proteção <strong>de</strong> Deus e <strong>de</strong> suas bênçãos. Eles compartirão a glória da restaurada Sião (4,2-6).<br />

Isaias ilustra vividamente sua mensagem <strong>no</strong> capítulo 5. A parábola do vinhedo tem sido<br />

consi<strong>de</strong>rada como uma das mais perfeitas em sua classe, <strong>de</strong>ntro da Bíblia 452 . Israel é a vinha do<br />

Senhor.<br />

Após esgotar todas as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fazê-la produtiva, o proprietário <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> <strong>de</strong>struir este<br />

vinhedo.<br />

Conseqüentemente, os votos e juízos pronunciados sobre Judá são justos e razoáveis, já que<br />

Deus tem exercido seu amor e misericórdia sem perceber os frutos <strong>de</strong> um viver reto em seu povo<br />

escolhido.<br />

Para esta geração pecadora, Isaias é chamado a ser um porta-voz <strong>de</strong> Deus. não é <strong>de</strong> estranhar<br />

que esteja temeroso e trema quando fica ciente da glória <strong>de</strong> um Deus santo, cuja justiça requer o<br />

juízo sobre o pecado. Assegurado da limpeza e do perdão <strong>de</strong> seu pecado, Isaias, em voluntária<br />

obediência, está <strong>de</strong> acordo em ser o mensageiro <strong>de</strong> Deus. Não tem resposta <strong>de</strong> toda a cida<strong>de</strong> a<br />

seu ministério. O fato <strong>de</strong> que <strong>de</strong>va advertir ao povo até que as cida<strong>de</strong>s fiquem <strong>de</strong>struídas e sem<br />

habitantes, teria sugerido que poucos, relativamente, teriam ouvido sua advertência; contudo,<br />

não <strong>de</strong>sespera. Lhe é proporcionado um raio <strong>de</strong> esperança, que quando o bosque seja <strong>de</strong>struído,<br />

ainda restará um tronco, significando com isso um restante da <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Judá.<br />

O chamamento <strong>de</strong> Isaias representa um clímax que encaixa com esta seção introdutória.<br />

Embora a maior parte <strong>de</strong>sta passagem recaia na ênfase sobre a situação pecadora<br />

contemporânea do povo e <strong>de</strong> que o juízo lhes espera, a chamada <strong>de</strong> um profeta indica a<br />

preocupação <strong>de</strong> Deus por seu povo. <strong>no</strong> ministério <strong>de</strong> Isaias, a misericórdia <strong>de</strong> Deus está<br />

expressada a Judá antes que o juízo seja executado.<br />

II. Os projetos do rei<strong>no</strong>:contemporâneos e futuros Is 7.1-12.6<br />

Imediata liberação <strong>de</strong> Rezim e Peca Is 7.1-16<br />

A invasão assíria pen<strong>de</strong>nte Is 7.17-8.8<br />

Promessas da completa liberação Is 8.9-9.7<br />

Juízo <strong>de</strong> Efraim, Síria e assíria Is 9.8-10.34<br />

Condições <strong>de</strong> paz e bênção Is 11.1-12.6<br />

A crise que fez surgir a questão dos projetos do rei<strong>no</strong> era a guerra sírio-efraimita do 734.<br />

seguindo à invasão assíria aos filisteus, a princípios daquele a<strong>no</strong> Peca e Rezim assinaram uma<br />

aliança para <strong>de</strong>ter os assírios. Quando Acaz recusou unir-se a eles, Israel e Síria <strong>de</strong>clararam a<br />

guerra em Judá.<br />

No preciso momento, quando Acaz e seu povo estão aterrados pelos propósitos <strong>de</strong> invasão,<br />

Isaias chega com uma mensagem <strong>de</strong> Deus. Acaz está inspecionando seu fornecimento <strong>de</strong> água ao<br />

exterior <strong>de</strong> Jerusalém, em preparação para o ataque que se aproxima, e o possível assédio. A<br />

simples advertência <strong>de</strong> Isaias neste momento crucial é que Acaz não <strong>de</strong>veria tomar ação alguma,<br />

os dois reis aos que ele teme não são senão dois pavios fumegantes prestes a serem extintos 453 .<br />

Assíria é a ameaça real para Judá (5.26). Conseqüentemente, Isaias adverte a Acaz <strong>de</strong> confiar em<br />

Deus para a libertação 454 . Assíria se converte <strong>no</strong> ponto focal da mensagem <strong>de</strong> Isaias, conforme<br />

452 Ver Kissane, op. cit., <strong>no</strong> comentário ao capítulo 5.<br />

453 Isaias 7.8, comentário sobre a referência. Kissane segue a Procksh Grotius, Michaelis y Guthe ao ler "seis e cinco" em<br />

vez <strong>de</strong> "sessenta e cinco", e interpreta isto como uma referência geral ao tempo da <strong>de</strong>sintegração do Rei<strong>no</strong> do Norte, que<br />

se rebelou contra Assíria e capitulou <strong>no</strong> 722. Allis, The Unity of Isaiah, pp. 11-12, ressalta que sessenta e cinco a<strong>no</strong>s <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong>sta predição, Esar-Hadom morreu, <strong>no</strong> 669 a.C. Durante seu reinado, repovoou Samaria com estrangeiros (2 Rs<br />

17.24).<br />

454 ver 2 Cr 28 e 2 Rs 16.5ss.<br />

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