You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
15.9) 200 . Para contrabalançar isto, Baasa avançou sua fronteira até Ramá, 8 km ao <strong>no</strong>rte <strong>de</strong><br />
Jerusalém. Ao ocupar esta importante cida<strong>de</strong>, pô<strong>de</strong> controlar as principais rotas proce<strong>de</strong>ntes do<br />
<strong>no</strong>rte, que convergiam em Ramá e que conduziam a Jerusalém. Em troca <strong>de</strong> sua ação agressiva,<br />
Asa, rei <strong>de</strong> Judá, conseguiu uma importante vitória diplomática re<strong>no</strong>vando sua aliança com Ben-<br />
Hada<strong>de</strong> I <strong>de</strong> Damasco. Como resultado, Ben-Hada<strong>de</strong> anulou sua aliança com Israel e invadiu o<br />
território <strong>no</strong>rte <strong>de</strong> Baasa, tomando o controle <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s tais como Que<strong>de</strong>s, Hazor, Merom e<br />
Zefate. Também adquiriu o rico e fértil terre<strong>no</strong> ao oeste do mar da Galiléia, assim como as<br />
planícies que havia ao oeste do monte Hebrom. Isto também proporcio<strong>no</strong>u a Síria o domínio do<br />
lucrativo comércio das rotas das caravanas para Acor, na costa fenícia. Em vista da pressão<br />
proce<strong>de</strong>nte do <strong>no</strong>rte, Baasa abando<strong>no</strong>u a fortificação <strong>de</strong> Ramá, aliviando assim a ameaça <strong>de</strong><br />
Jerusalém.<br />
Nos dias <strong>de</strong> Baasa, o profeta Jeú, filho <strong>de</strong> Hanani, andou ativamente proclamando a mensagem<br />
do Senhor. Admoestou a Baasa para que servisse a Deus, quem o havia exaltado até o tro<strong>no</strong>.<br />
Desafortunadamente, Baasa ig<strong>no</strong>rou o profeta e continuou <strong>no</strong> mesmo caminho pecami<strong>no</strong>so em<br />
que tinha andado Jeroboão.<br />
Elá suce<strong>de</strong>u a seu pai, Baasa, e rei<strong>no</strong>u me<strong>no</strong>s <strong>de</strong> dois a<strong>no</strong>s (886-885). Tendo sido achado<br />
bêbado em casa <strong>de</strong> seu mordomo chefe, Elá foi assassinado por Zinri, que estava ao mando dos<br />
carros reais <strong>de</strong> combate. Em poucos dias, a palavra <strong>de</strong> Jeú achou seu cumprimento, ao perecer<br />
assassinados por Zinri todos os parentes e amigos da família <strong>de</strong> Baasa e Elá. O reinado <strong>de</strong> Zinri<br />
como rei <strong>de</strong> Israel foi estabelecido com pressa e acabado rapidamente, todo em sete dias. Sem<br />
dúvida, tinha falhado em aclarar seus pla<strong>no</strong>s com Onri, que estava ao frente do mando das tropas<br />
<strong>israel</strong>itas acampadas contra Gibetom. Resulta obvio consi<strong>de</strong>rar que Zinri não contava com o apoio<br />
<strong>de</strong> Onri, já que este último fez marchar suas tropas contra Tirsá.<br />
Em seu <strong>de</strong>sespero, Zinri se encerrou <strong>no</strong> palácio real, enquanto o mesmo ia sendo reduzido a<br />
cinzas. Devido a que somente foi rei durante sete dias, Zinri apenas merece menção como dinastia<br />
governante.<br />
Os governantes onridas<br />
Onri foi o fundador da mais <strong>no</strong>tória dinastia do Rei<strong>no</strong> do Norte. Embora o relato escriturístico<br />
<strong>de</strong> seu reinado <strong>de</strong> doze a<strong>no</strong>s está confirmado em oito versículos (1 Rs 16.21-28), Onri estabeleceu o<br />
prestígio internacional do Rei<strong>no</strong> do Norte.<br />
Enquanto mandava o exército sob Elá (talvez também para Baasa), Onri ganhou uma exortação<br />
militar <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor. Com apoio militar, se encarregou do rei<strong>no</strong> <strong>de</strong>ntro dos sete dias <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
acontecido o assassinato <strong>de</strong> Elá. Aparentemente contava com a oposição <strong>de</strong> Tibni, quem morreu<br />
seis a<strong>no</strong>s mais tar<strong>de</strong>, e <strong>de</strong>ixou a Onri como único governante <strong>de</strong> Israel.<br />
Samaria foi o <strong>no</strong>vo lugar escolhido como capital. Sob suas or<strong>de</strong>ns, se converteu na cida<strong>de</strong><br />
melhor fortificada <strong>de</strong> todo Israel. Estrategicamente situada a onze quilômetros ao <strong>no</strong>roeste <strong>de</strong><br />
Siquem, sobre o caminho que conduzia a fenícia, Galiléia e Esdraelom, Samaria estava assegurada<br />
como a inexpugnável capital <strong>de</strong> Israel e assim foi durante século e meio, até que foi conquistada<br />
pelos assírios em 722 a.C.<br />
As escavações em Samaria <strong>de</strong>ram começo em 1908 por dois gran<strong>de</strong>s arqueólogos america<strong>no</strong>s,<br />
George A. Reisner e Clarence S. Fisher, quem supervisio<strong>no</strong>u a expedição <strong>de</strong> Harvard que foi<br />
continuada em a<strong>no</strong>s sucessivos 201 . Parece ser que Onri e Acabe construíram uma forte muralha<br />
em volta do palácio e terre<strong>no</strong> circundante. Com outra muralha sobre um terraço mais baixo e uma<br />
muralha adicional <strong>no</strong> fundo da colina, a cida<strong>de</strong> estava bem assegurada contra os invasores. O<br />
trabalho <strong>de</strong> construção (e os materiais empregados) era tão superior, que não tem sido achada<br />
outra igual em nenhuma outra parte da Palestina. Marfins utilizados como trabalhos <strong>de</strong> encaixe<br />
200 E. R. Thiele, "The Mysterious Numbers of the Hebrew Kings", pp. Unger, "Israel and the Arameans of Damascos", p.<br />
59., que segue a Albright e data em 879 a. C. aproximadamente.<br />
201 Ver Wright op. cit., 151-155 e J. P. Free, "Archaeology and Bible History", pp. 181-183.<br />
124