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Fontes seculares confirmam as referências bíblicas <strong>de</strong> que Ben-Hada<strong>de</strong> II não foi capaz <strong>de</strong> reter<br />
o rei<strong>no</strong> estabelecido por seu pai, Hazael 233 . Dos ataques sobre Síria executados por Hada<strong>de</strong>-Nirari<br />
III (805-802 a.C.) e Salmaneser IV, a <strong>de</strong>bilitaram consi<strong>de</strong>ravelmente a expensas da Assíria. Além<br />
disso, Zakir <strong>de</strong> Hamate formou uma coalizão que <strong>de</strong>rrotou a Ben-Hada<strong>de</strong> II e afirmou a<br />
in<strong>de</strong>pendência da Síria durante este período. Isto <strong>de</strong>u a Jeroboão a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperar o<br />
território ao leste do Jordão, que os sírios haviam controlado por quase uma centúria. Depois do<br />
a<strong>no</strong> 773 a.C., os reis assírios estiveram tão ocupados com problemas locais e nacionais, que não<br />
tentaram realizar nenhum avanço sobre a Palestina, até <strong>de</strong>pois da época <strong>de</strong> Jeroboão. Em<br />
conseqüência, o rei<strong>no</strong> <strong>israel</strong>ita gozou <strong>de</strong> uma pacífica prosperida<strong>de</strong>, inigualada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os dias <strong>de</strong><br />
Salomão e Davi.<br />
Samaria que tinha sido fundada por Onri, foi então fortificada por Jeroboão. A muralha<br />
protetora da cida<strong>de</strong> foi alargada até <strong>de</strong>z metros em alguns lugares estratégicos.<br />
As fortificações estavam tão bem construídas, que quase meio século mais tar<strong>de</strong> os assírios<br />
empregaram três a<strong>no</strong>s em conquistar a cida<strong>de</strong>.<br />
Amos e Oséias, cujos livros aparecem na lista <strong>de</strong>serto profetas me<strong>no</strong>res, refletem a<br />
proprieda<strong>de</strong> daqueles dias. O êxito militar e comercial <strong>de</strong> Jeroboão levou Israel a uma abundância<br />
<strong>de</strong> riqueza. Com este luxo, chegou também um <strong>de</strong>clínio moral e uma indiferença religiosa, tudo<br />
isso <strong>de</strong>nunciado valentemente pelos profetas. Jeroboão II tinha feito o mau aos olhos do Senhor,<br />
e assim havia motivado que Israel caísse <strong>no</strong> pecado, como o havia feito o primeiro rei <strong>de</strong> Israel.<br />
• Zacarias<br />
Quando Jeroboão II morreu <strong>no</strong> a<strong>no</strong> 753 a.C., foi sucedido por seu filho Zacarias, cujo reinado<br />
somente durou seis meses. Foi assassinado por Salum (2 Rs 15.8-12). Com isto acabou<br />
bruscamente a dinastia <strong>de</strong> Jeú.<br />
Os últimos reis<br />
O povo que ouviu a Amós e a Oséias, comprovou quão logo o juízo que ameaçava Israel cairia<br />
sobre o país. Num período <strong>de</strong> somente três décadas (752-722 a.C.), o po<strong>de</strong>roso Rei<strong>no</strong> do Norte<br />
cessou <strong>de</strong> existir como nação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Sob a expansão do império da Assíria, capitulou para<br />
não voltar jamais a ser um rei<strong>no</strong> <strong>israel</strong>ita.<br />
• Salum<br />
(752 a.C.). Salum teve o mais curto reinado <strong>no</strong> Rei<strong>no</strong> do Norte, excetuando o gover<strong>no</strong> <strong>de</strong> sete<br />
dias <strong>de</strong> Zinri. Após ter matado a Zacarias e ocupado o tro<strong>no</strong>, gover<strong>no</strong>u durante um mês. Foi<br />
assassinado.<br />
• Menaém<br />
(752-741 a.C.). Menaém teve melhores propósitos. Esteve em condições <strong>de</strong> estabelecer-se <strong>no</strong><br />
tro<strong>no</strong>, com êxito, por aproximadamente uma década. Se conhece muito pouco <strong>de</strong> sua política<br />
domestica, exceto que continuou na pauta idolátrica <strong>de</strong> Jeroboão I.<br />
O mais serio problema <strong>de</strong> Menaém foi a agressão assíria. No 745 a.C., Tiglate-Pileser ou Pul<br />
começou a governar na Assíria como um dos mais po<strong>de</strong>rosos reis da nação 234 . Aterrorizou às<br />
nações, introduzindo o sistema <strong>de</strong> apo<strong>de</strong>rar-se <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> territórios conquistados, trocandoas<br />
<strong>de</strong> lugar em gran<strong>de</strong>s distâncias. Cidadãos eminentes, diretivos e oficiais políticos, eram<br />
substituídos por estrangeiros, com o objetivo <strong>de</strong> prevenir qualquer ulterior rebelião após a<br />
conquista. Nos a<strong>no</strong>s 743-738, Tiglate-Pileser III empreen<strong>de</strong>u uma campanha rumo ao <strong>no</strong>roeste,<br />
que implicava as nações da Palestina. A evidência arqueológica favorece a teoria <strong>de</strong> que Uzias, rei<br />
233 Ver Unger, "Israel and the Arameans of Damascus", pp. 83-95.<br />
234 Ver 1 Cr 5.26. ver a discussão <strong>de</strong> Thiele a este respeito, op. cit., pp. 76-77. Aparentemente, "Pul" era o <strong>no</strong>me tomado<br />
por Tiglate-Pileser quando ace<strong>de</strong>u ao tro<strong>no</strong> da Babilônia.<br />
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