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a historia de israel no antigo testamento

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As leis morais eram permanentes, porém muitas das civis e cerimoniais eram temporárias em<br />

natureza. A lei que limitava o sacrifício <strong>de</strong> animais para alimento <strong>de</strong>stinado ao santuário central,<br />

foi ab-rogada quando Israel entrou em Canaã (comparar Lv 17 e Dt 12.20-24).<br />

O santuário<br />

Até aquele momento, o altar tinha sido o lugar do sacrifício e do culto. Um dos costumes dos<br />

patriarcas era que <strong>de</strong>veriam erigir um altar ali on<strong>de</strong> fossem. Lá <strong>no</strong> monte Sinai, Moisés construiu<br />

um altar, com doze pilares representando as doze tribos, sobre o qual os jovens <strong>de</strong> Israel<br />

ofereciam sacrifícios para a ratificação da aliança (Êx 24.4ss). um "Tabernáculo <strong>de</strong> Reunião" que se<br />

menciona em Êx 33, foi erigido "fora do acampamento".<br />

Aquilo servia temporariamente somente como o lugar <strong>de</strong> reunião para todo o Israel, mas<br />

também como o lugar da divina revelação. Já que nenhum sacerdócio tinha sido organizado,<br />

Josué foi o único ministro. Seguindo imediatamente a ratificação da Aliança, Israel recebeu a<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> construir um tabernáculo <strong>de</strong> forma tal que Deus pu<strong>de</strong>sse "habitar em meio <strong>de</strong>le" (Êx<br />

25.8). Em contraste com a proliferação <strong>de</strong> templos <strong>no</strong> Egito, Israel tinha um único santuário. Os<br />

<strong>de</strong>talhes se dão explicitamente em Êx 25-40.<br />

Bezaleel, da tribo <strong>de</strong> Judá, foi <strong>no</strong>meado chefe responsável da construção.<br />

Trabalhando junto a ele estava Aoliabe, da tribo <strong>de</strong> Dã. Esses homens estavam especialmente<br />

insuflados com o "Espírito <strong>de</strong> Deus" e capacida<strong>de</strong> e inteligência" para supervisionar o edifício do<br />

lugar do culto (Êx 31, 35-36). Assistindo-os, se encontravam muitos outros homens que estavam<br />

divinamente motivados e dotados com capacida<strong>de</strong> para executar suas tarefas particulares. Os<br />

oferecimentos pela livre vonta<strong>de</strong> do povo subministravam material mais que suficiente para o<br />

logro proposto.<br />

O espaço fechado <strong>de</strong>stinado ao tabernáculo era comumente conhecido e chamado o átrio (Êx<br />

27.9-18; 38-9-20). Com um perímetro <strong>de</strong> 300 côvados (14m), aquele receptáculo estava marcado<br />

por uma cortina <strong>de</strong> fi<strong>no</strong> tecido retorcido pendurada sobre pilares <strong>de</strong> bronze com ganchos <strong>de</strong><br />

prata. Aqueles pilares eram <strong>de</strong> dois metros <strong>de</strong> altura e distanciados dois metros um do outro. A<br />

única entrada (<strong>de</strong> 9 metros <strong>de</strong> largo) se encontrava a final da face leste.<br />

A meta<strong>de</strong> oriental <strong>de</strong>ste átrio constituía o quadrado dos adoradores. Ali, o <strong>israel</strong>ita fez suas<br />

oferendas <strong>no</strong> altar do sacrifício (Êx 27.1-8; 38.1-7). Este altar <strong>de</strong> bronze (três metros quadrados e<br />

quase dois <strong>de</strong> altura), com chifres em cada esquina, foi construído com ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> acácia<br />

recoberta <strong>de</strong> bronze. O altar era portátil, equipado com <strong>de</strong>graus e argolas. Além do altar surgia a<br />

pia (Êx 30.17-21; 38.8; 40.30), que também foi construída em bronze. Ali os sacerdotes se lavavam<br />

os pés em preparação para seu ofício <strong>no</strong> altar dos sacrifícios ou <strong>no</strong> tabernáculo.<br />

Na meta<strong>de</strong> oci<strong>de</strong>ntal do átrio, aparecia o tabernáculo propriamente dito. Com uma longitu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> 13,50 metros e uma largura <strong>de</strong> 4,80 metros, estava dividido em duas partes. A única entrada<br />

aberta para o oriente, que dava acesso ao lugar sagrado, tinha 9 metros <strong>de</strong> largura, e era acessível<br />

aos sacerdotes. Além do véu estava o Lugar Santíssimo (4,5 metros x 4,5 metros), on<strong>de</strong> o Sumo<br />

Sacerdote tinha permissão para entrar <strong>no</strong> Dia da Expiação.<br />

O tabernáculo em si mesmo estava construído <strong>de</strong> 48 tábuas <strong>de</strong> 4,5 metros <strong>de</strong> altura e quase 70<br />

cm <strong>de</strong> largura, com 20 a cada lado e 8 <strong>no</strong> extremo oci<strong>de</strong>ntal. Feito tudo com ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> acácia<br />

recoberta em ouro (Êx 26.1-37; 36.20-38), as tábuas estavam sujeitas por meio <strong>de</strong> barras e<br />

encaixes <strong>de</strong> prata. O teto consistia numa cortina <strong>de</strong> linho fi<strong>no</strong> torcido em cores azul, púrpura e<br />

carmesim com figuras <strong>de</strong> querubins. A coberta externa principal estava fabricada com pêlos fi<strong>no</strong>s<br />

<strong>de</strong> cabras, que serviam como proteção para o lenço. Duas cobertas mais, uma feita com peles <strong>de</strong><br />

carneiro e outra <strong>de</strong> peles <strong>de</strong> texugo, tinham como finalida<strong>de</strong> proteger as duas primeiras.<br />

Dois véus do mesmo material da primeira coberta eram usados para os lados oriental e<br />

oci<strong>de</strong>ntal do tabernáculo, e também para a entrada do lugar santo. A exata construção do<br />

tabernáculo não po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>terminada, contudo, já que não se subministram <strong>de</strong>talhes <strong>no</strong> relato<br />

escriturístico.<br />

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