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a historia de israel no antigo testamento

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ente ele com tributos. Junto com os governantes <strong>de</strong> Damasco, Tiro e Sidom, Jeoiaquim, rei <strong>de</strong><br />

Jerusalém, também se submeteu, permanecendo sujeito aos babilônicos durante três a<strong>no</strong>s (2 Rs<br />

24.1) 289 . Ascalom resistiu da Babilônia, na esperança irreal <strong>de</strong> que o Egito viesse em sua ajuda 290 .<br />

Nabucodo<strong>no</strong>sor <strong>de</strong>ixou esta cida<strong>de</strong> em ruínas quando voltou à Babilônia em fevereiro do 603.<br />

Durante os a<strong>no</strong>s seguintes, o controle <strong>de</strong> Nabucodo<strong>no</strong>sor sobre a Síria e a Palestina não foi<br />

seriamente <strong>de</strong>safiado. No 601, o exército babilônico esten<strong>de</strong>u mais uma vez seu po<strong>de</strong>rio,<br />

marchando vitoriosamente na Síria e ajudando os governantes locais na coleta dos tributos.<br />

Aquele a<strong>no</strong>, mais tar<strong>de</strong>, Nabucodo<strong>no</strong>sor tomou o mando pessoal do exército e marchou ao<br />

Egito 291 . Neco II mandava as forças reais para enfrentar a agressão babilônica. a crônica babilônica<br />

<strong>de</strong>clara francamente que por ambas partes se sofreram tremendas perdas <strong>no</strong> conflito 292 . É muito<br />

provável que este contratempo motivasse a retirada <strong>de</strong> Nabucodo<strong>no</strong>sor e sua concentração<br />

durante o a<strong>no</strong> seguinte, para reunir cavalos e carros <strong>de</strong> combate para reequipar seus exércitos.<br />

Isto pô<strong>de</strong> também ter <strong>de</strong>salentado o monarca babilônico <strong>de</strong> invadir o Egito em muitos dos<br />

seguintes a<strong>no</strong>s 293 . No 599, os babilônicos voltaram a Síria para esten<strong>de</strong>r seu controle <strong>no</strong> <strong>de</strong>serto<br />

sírio do oeste e para fortificar Ribla e Hamate como bases fortes para a agressão contra o Egito<br />

294 . Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 598 a.C., Nabucodo<strong>no</strong>sor uma vez mais marchou com seu exército rumo ao<br />

oeste. Embora o relato da crônica é breve, i<strong>de</strong>ntifica <strong>de</strong>finitivamente a Jerusalém como objetivo<br />

295 . Aparentemente, Jeoiaquim tinha negado o tributo a Nabucodo<strong>no</strong>sor, em <strong>de</strong>pendência do<br />

Egito, inclusive apesar <strong>de</strong> que Jeremias o havia advertido constantemente contra tal política. De<br />

acordo com Josefo, Jeoiaquim ficou surpreendido quando viu que a marcha dos babilônicos<br />

estava dirigida contra ele em lugar do Egito 296 . Após um curto assédio Jerusalém se ren<strong>de</strong>u aos<br />

babilônicos em março, <strong>no</strong>s dias 15 e 16 do a<strong>no</strong> 597 a.C. 297 Já que Jeoiaquim tinha morrido o 6-7 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro do 598, seu filho Joaquim foi o rei <strong>de</strong> Judá que realmente fez a concessão 298 . Com<br />

outros membros da real família e uns 10.000 cidadãos sobressalentes <strong>de</strong> Jerusalém, Joaquim foi<br />

levado cativo a Babilônia. Além disso, os vastos tesouros <strong>de</strong> Judá foram confiscados para<br />

Babilônia.<br />

Ze<strong>de</strong>quias, como tio <strong>de</strong> Joaquim, foi <strong>no</strong>meado rei marionete em Jerusalém.<br />

Para os a<strong>no</strong>s 596-594 a.C., as crônicas da Babilônia informam que Nabucodo<strong>no</strong>sor continuou<br />

seu controle <strong>no</strong> oeste encontrando alguma oposição <strong>no</strong> leste, e suprimiu uma rebelião na<br />

Babilônia. As últimas líneas das crônicas existentes estabelecem que em <strong>de</strong>zembro do 594 a.C.<br />

Nabucodo<strong>no</strong>sor reuniu suas tropas e marchou contra a Síria e a Palestina 299 . Pelos restantes trinta<br />

e três a<strong>no</strong>s do reinado <strong>de</strong> Nabucodo<strong>no</strong>sor, não se têm registros oficiais, tais como essas crônicas,<br />

nem há disponível nenhum outro documento histórico.<br />

As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Nabucodo<strong>no</strong>sor em Judá na seguinte década estão bem testemunhadas <strong>no</strong>s<br />

registros bíblicos dos livros dos Reis, Crônicas e Jeremias. Como resultado da rebelião <strong>de</strong><br />

Ze<strong>de</strong>quias, o assédio <strong>de</strong> Jerusalém começou em janeiro <strong>de</strong> 588. Embora o cerco foi<br />

temporariamente levantado, conforme os babilônicos dirigiam seus esforços contra o Egito, o<br />

289 Ibid., p. 28.<br />

290 Ibid., p. 28, i<strong>de</strong>ntifica o papiro <strong>de</strong> Saqqara nº 86984 do Museu do Cairo, com uma carta aramaica que apela ao Faraó<br />

pedindo ajuda neste assedio <strong>de</strong> Ascalom. Ver <strong>no</strong>ta 5 da mesma página para confrontar as variadas opiniões.<br />

291 Ibid., em p. 30, sugere que a referência dada por Josefo, "Antíquities of the Jews". X, 6 (87), se aplica aqui com anteriorida<strong>de</strong><br />

a esta batalha. No quarto a<strong>no</strong> <strong>de</strong> Nabucodo<strong>no</strong>sor, e <strong>no</strong> oitavo <strong>de</strong> Jeoiaquim, este último <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo pagou tributo<br />

ao primeiro em resposta a uma ameaça <strong>de</strong> guerra. Embora Neco se havia retirado ao Egito após a <strong>de</strong>cisiva batalha <strong>de</strong><br />

Carquemis, era o bastante forte para influenciar em Jeoiaquim que segurasse o tributo <strong>de</strong> Nabucodo<strong>no</strong>sor. O rei da Babilônia<br />

sem dúvida se assegurou o apoio <strong>de</strong> Jeoiaquim antes <strong>de</strong> avançar para lutar contra o Egito.<br />

292 A tabuinha do Museu Britânico 21946, líneas 4-5, ver Wiseman, op. cit., p. 71.<br />

293 A única invasão ao egit por Nabucodo<strong>no</strong>sor conhecida nas fontes seculares, aconteceu <strong>no</strong> 568-67 a.C. Ver Wiseman,<br />

op. cit., p. 30.<br />

294 Ibid p. 32.<br />

295 B. M. 21946, Wiseman, op. citt., pp. 66-74 y 32-33.<br />

296 Josefo, Antiquities of the Jews, X, 6 (88-89).<br />

297 Wiseman op. cit. B. M. 21946, línea 12. este era o segundo dia <strong>de</strong> Adar.<br />

298 Wiseman op.cit pp. 33-35, sugere que Jeoiaquim pô<strong>de</strong> ter sido morto numa anterior aproximação babilônica a Jerusalém,<br />

já que morreu antes <strong>de</strong> que as forças principais <strong>de</strong>ixassem a Babilônia em <strong>de</strong>zembro do 598.<br />

299 B. M. 21946. Wiseman. op. cit., pp. 74-75.<br />

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