14.02.2018 Views

a historia de israel no antigo testamento

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Dupla foi a divina promessa dada ao rei <strong>de</strong> Judá —a prolongação <strong>de</strong> sua vida por mais quinze a<strong>no</strong>s<br />

e a liberação <strong>de</strong> Jerusalém da ameaça assíria— (Is 38.4-6).<br />

Enquanto isso, Senaqueribe estava sitiando Laquis, talvez fosse o conhecimento <strong>de</strong> que<br />

Ezequiel pôs toda sua fé em Deus para sua libertação o que fez que o rei assírio enviasse seus<br />

oficiais ao caminho da herda<strong>de</strong> do lavan<strong>de</strong>iro 256 , perto da muralha <strong>de</strong> Jerusalém, para incitarem o<br />

povo à rendição. Senaqueribe até afirmou que ele era o comissionado <strong>de</strong> Deus para <strong>de</strong>mandar a<br />

capitulação, e citou uma impressionante listas <strong>de</strong> conquistas <strong>de</strong> outras nações, cujos <strong>de</strong>uses não<br />

haviam podido liberá-las. Isaias, contudo, afirmou ao rei e ao povo a sua segurança.<br />

Enquanto estava sitiando Libna, Senaqueribe ouviu rumores <strong>de</strong> uma revolta babilônica.<br />

Os assírios partiram imediatamente. Inclusive tendo conquistado quarenta e seis cida<strong>de</strong>s<br />

fortificadas pertencentes a Ezequias, não citou entre elas a Jerusalém. Se jactou <strong>de</strong> ter feito<br />

200.000 prisioneiros <strong>de</strong> Judá, e informou que Ezequias estava encerrado em Jerusalém como um<br />

passaro em sua gaiola.<br />

A aclamação e o reconhecimento dos países circundantes foi expressado com abundantes<br />

obséquios e presentes ao rei <strong>de</strong> Judá (2 Cr 32.23). Merodaque-Baladã, o po<strong>de</strong>roso lí<strong>de</strong>r babilônico<br />

que estava ainda excitando rebeliões, esten<strong>de</strong>u sua felicitação a Ezequias por sua recuperação,<br />

talvez como reconhecimento da feliz recuperação do rei da omi<strong>no</strong>sa opressão da ocupação assíria<br />

(2 Cr 32.31), assim como, ao mesmo tempo, por ter melhorado em seu estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> 257 . A<br />

embaixada babilônica muito provavelmente ficou impressionada pela <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> riqueza<br />

existente em Jerusalém. O triunfo <strong>de</strong> Ezequias, não obstante, foi mo<strong>de</strong>rado pelo subseqüente<br />

aviso <strong>de</strong> Isaias <strong>de</strong> que as sucessivas gerações estariam sujeitas ao cativeiro babilônico. Apesar <strong>de</strong><br />

tudo, esta triunfal liberação pô<strong>de</strong> ter dado à forma religiosa um <strong>no</strong>vo ímpeto, enquanto que a paz<br />

e a proprieda<strong>de</strong> prevaleciam durante o longo reinado <strong>de</strong> Ezequias.<br />

Sabendo que somente restavam-lhe quinze a<strong>no</strong>s até o final <strong>de</strong> seu reinado, teria parecido<br />

natural que tivesse associado seu filho Manassés com ele <strong>no</strong> tro<strong>no</strong> na primeira oportunida<strong>de</strong>. Em<br />

696-695, Manassés se converteu <strong>no</strong> "filho da lei", a ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> doze a<strong>no</strong>s, ao mesmo tempo em que<br />

começava sua co-regência 258 . Na zona do tigre e do Eufrates, o rei assírio suprimiu as rebeliões e<br />

em 689 a.C. <strong>de</strong>struiu a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Babilônia. Prosseguindo com êxito na Arábia, Senaqueribe ouviu<br />

do avanço <strong>de</strong> Tiraca. Devido a que o Egito tinha sido o objetivo real da campanha assíria do 701,<br />

pô<strong>de</strong> muito bem ter acontecido que Senaqueribe esperasse evitar a interferência <strong>de</strong> Judá,<br />

enviando cartas a Ezequias com um ultimato para submeter-se. Enquanto que os oficiais assírios<br />

tinham estado ameaçando o povo, aquela comunicação estava dirigida a Ezequias pessoalmente.<br />

Esta vez o rei se dirigiu ao templo para orar. Através <strong>de</strong> Isaias recebeu a certeza <strong>de</strong> que o rei<br />

assírio voltaria pelo caminho que tinha vindo. Precisamente on<strong>de</strong> o exército estava acampado<br />

quando aconteceu a perda <strong>de</strong> 180.000 combatentes, não consta <strong>no</strong> relato bíblico, mas o que sim é<br />

verda<strong>de</strong> é que nunca chegou a Jerusalém. O reinado <strong>de</strong> Ezequias continuou em paz.<br />

Diferentemente <strong>de</strong> um bom número <strong>de</strong> seus antecessores, Ezequias foi sepultado com as<br />

honras reais, com sincera <strong>de</strong>voção pela tarefa que havia realizado em levar seu povo à gran<strong>de</strong><br />

reforma na história <strong>de</strong> Judá. E já que o Rei<strong>no</strong> do Norte tinha <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> ter um gover<strong>no</strong><br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, esta reforma religiosa se esten<strong>de</strong>u a esse território. Exceto pela ameaça assíria,<br />

Ezequias gozou <strong>de</strong> seu reinado pacífico.<br />

Manassés – Idolatria e reforma<br />

A Manassés se credita o mais longo reinado da história <strong>de</strong> Judá (2 Rs 21.1-17; 2 Cr 33.1-20);<br />

incluindo a década da co-regência com Ezequias, foi rei por um dilatado período <strong>de</strong> cinqüenta e<br />

cinco a<strong>no</strong>s (696-642 a.C.). mas o gover<strong>no</strong> foi a antítese do <strong>de</strong> seu pai. Des<strong>de</strong> o pináculo do fervor<br />

256 2 Rs 18.17: "Contudo enviou o rei da Assíria a Tartã, e a Rabe-Saris, e a Rabsaqué, <strong>de</strong> Laquis, com gran<strong>de</strong> exército ao<br />

rei Ezequias, a Jerusalém; subiram, e vieram a Jerusalém. E, subindo e vindo eles, pararam ao pé do aqueduto da piscina<br />

superior, que está junto ao caminho do campo do lavan<strong>de</strong>iro". (N. da T.).<br />

257 Ver Thiele, op. cit., p. 156.<br />

258 Op. cit., pp. 155-156.<br />

153

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!