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feita pela <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> anciãos, Ezequiel afirma valentemente que Jerusalém não po<strong>de</strong> fugir ao<br />
dia da retribuição que se aproxima.<br />
Os projetos da restauração constituem o tema <strong>de</strong> sua <strong>no</strong>va mensagem. Com a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong><br />
Jerusalém e do templo como fato real, os exilados talvez foram condicionados a ouvirem a<br />
mensagem da esperança. Se conhece pouco a respeito dos a<strong>no</strong>s subseqüentes ao exílio <strong>de</strong><br />
Ezequiel.<br />
A última referência datada em seu livro esten<strong>de</strong> seu ministério até o a<strong>no</strong> 571 a.C. (29.17).<br />
Aparte do fato <strong>de</strong> saber que foi casado, não se conhece nada tampouco com relação a sua<br />
família. Já que tinha trinta a<strong>no</strong>s <strong>no</strong> momento <strong>de</strong> seu chamamento, não pô<strong>de</strong> ter vivido para ver a<br />
queda da Babilônia e o retor<strong>no</strong> dos exilados, sob o reinado <strong>de</strong> Ciro, rei da Pérsia.<br />
O livro <strong>de</strong> Ezequiel<br />
Des<strong>de</strong> um ponto <strong>de</strong> vista literário, o livro <strong>de</strong> Ezequiel ressalta em distinção com Ageu e Zacarias<br />
como os melhores datados entre os livros proféticos 499 . Os dados do livro e suas datas ao longo<br />
<strong>de</strong> todo o escrito estão cro<strong>no</strong>logicamente em or<strong>de</strong>m, com a exceção <strong>de</strong> 29.17; 32.1 e 17. Isto<br />
acontece nas profecias contra as nações datadas <strong>no</strong> 589 e 571, respectivamente. O resto das datas<br />
está em cro<strong>no</strong>lógica seqüência, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o 593 a.C., em 1.1, até o 585 a.C. em 33.21, quando as<br />
<strong>no</strong>tícias <strong>de</strong> Jerusalém e seu <strong>de</strong>sti<strong>no</strong> trágico chegam a ele. A data final está a<strong>no</strong>tada em 40.1,<br />
situando a visão do estado restaurado <strong>de</strong> Israel para o a<strong>no</strong> 573 a.C.<br />
O livro <strong>de</strong> Ezequiel está logicamente dividido em três partes principais. Os capítulos 1-24<br />
<strong>de</strong>screvem a con<strong>de</strong>nação pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Jerusalém. A seção imediata (25-32) está <strong>de</strong>dicada às<br />
profecias contra as nações estrangeiras. Os restantes capítulos (33-48) marcam uma mudança<br />
completa na ênfase, já que a crise antecipada na primeira seção aconteceu com a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong><br />
Jerusalém. O <strong>no</strong>vo tema é o avivamento e a restauração dos <strong>israel</strong>itas em sua própria terra. Para<br />
uma analise mais <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong>ste livro, po<strong>de</strong> ser usada a seguinte subdivisão:<br />
I. O chamamento e a comissão <strong>de</strong> Ezequiel Ez 1.1-3.21<br />
II. A con<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Jerusalém Ez 3.22-7.27<br />
III. O templo abandonado por Deus Ez 8.1-11.25<br />
IV. Os li<strong>de</strong>res con<strong>de</strong>nados Ez 12.1-15.8<br />
V. Con<strong>de</strong>nação do povo escolhido <strong>de</strong> Deus Ez 16.1-19.14<br />
VI. A última medida completa Ez 1-24.27<br />
VII. Nações estrangeiras Ez 1-32.32<br />
VIII. Esperanças para a restauração Ez 33.1-39.29<br />
IX. O estado restaurado Ez 40.1-48.35<br />
O conteúdo <strong>de</strong>ste livro, tal e como está consi<strong>de</strong>rado aqui, é estimado como a composição<br />
literária <strong>de</strong> Ezequiel 500 . O estabelecimento para seu ministério na Babilônia entre seus<br />
concidadãos está ali. Embora Jerusalém seja o ponto focal da discussão em 1-24, o contexto não<br />
requer que o autor esteja na Palestina, após o chamamento <strong>de</strong> Ezequiel ao ministério profético 501 .<br />
É significativo levar em conta que ele discute o <strong>de</strong>sti<strong>no</strong> <strong>de</strong> Jerusalém com os exilados, e em<br />
nenhum momento indica que se esteja dirigindo aos resi<strong>de</strong>ntes em Jerusalém em pessoa, como<br />
fez o profeta Jeremias.<br />
I. O chamamento e a comissão <strong>de</strong> Ezequiel Ez 1.1-3.21<br />
499 Howie, op. cit., p. 46, reconhece as datas individuais por todo o livro como corretas, embora nem todos os materiais<br />
dados entre duas datas tenham, necessariamente <strong>de</strong> pertencerem a ele, cro<strong>no</strong>logicamente.<br />
500 Para um sumário <strong>de</strong> várias teorias do autor, ver Whitley, op. cit., pp. 82 e ss.<br />
501 Ver Howie, op. cit., capítulo I, "The Resi<strong>de</strong>nce of Ezequiel", pp. 5-26, para uma das variadas teorias sobre o lugar do<br />
ministério <strong>de</strong> Ezequiel. Howie conclui que o ministério <strong>de</strong> Ezequiel se produziu na Babilônia. Whitley, op. cit., pp. 54 e ss.,<br />
não aceita esta opinião tradicional.<br />
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