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vira uma realida<strong>de</strong> em Judá. O Todo Po<strong>de</strong>roso está realmente julgando-os sobre a base <strong>de</strong> seus<br />
terríveis pecados.<br />
III. O templo abandonado por Deus Ez 8.1-11.25<br />
O lugar da visão Ez 8.1-4<br />
A idolatria em Jerusalém Ez 8.5-18<br />
O juízo executado Ez 9.1-10.22<br />
A misericórdia <strong>de</strong> Deus <strong>no</strong> juízo Ez 11.1-25<br />
No tempo <strong>de</strong> catorze meses, o espetacular ministério <strong>de</strong> Ezequiel faz ressurgir o interesse<br />
popular e a reação entre os exilados. O oportu<strong>no</strong> tema do fado <strong>de</strong> Jerusalém é <strong>de</strong> preocupação<br />
corriqueira para um povo que tem um interesse e um intenso <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> voltar a seu país Natal à<br />
primeira e mais rápida oportunida<strong>de</strong>. Têm a <strong>no</strong>ção <strong>de</strong> que Deus não <strong>de</strong>struirá seu povo, que é o<br />
custódio da lei, nem seu templo, que representa sua glória e presença com eles (Jr 7-12). A seu<br />
<strong>de</strong>vido tempo (592 a.C.), uma <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> anciãos chega a conferenciar com o profeta. Com os<br />
ancião aparentemente esperando diante <strong>de</strong>le, Ezequiel tem uma visão das condições e dos<br />
acontecimentos que sobrevirão <strong>no</strong> templo (8.1-11.25). Ele relata esta mensagem como está<br />
indicado na <strong>de</strong>claração conclusiva da passagem 506 . Qual é a analise das condições em Jerusalém<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> Deus, segundo está revelado por Ezequiel? As condições religiosas são<br />
um distante grito da conformida<strong>de</strong> à lei e aos princípios <strong>de</strong> Deus. embora a glória do Senhor está<br />
ainda em Jerusalém, Ezequiel vê quatro horríveis cenas <strong>de</strong> práticas idolátricas nas sombras do<br />
templo. Uma razoável interpretação é reconhecer com Keil que nem todas essas práticas<br />
prevaleceram realmente <strong>no</strong> próprio templo, senão que a visão representa as condições<br />
idolátricas existentes por todo Judá 507 . Mais conspícua é a imagem do ciúme. Talvez isto seja uma<br />
representação feita pelo homem do Deus <strong>de</strong> Israel, uma explícita violação do primeiro<br />
mandamento. Seja qual for seu significado, a imagem do ciúme é uma temível provocação ao<br />
santo Deus <strong>de</strong> Israel 508 . Como representantes <strong>de</strong> Israel, os setenta anciãos adoram os ídolos <strong>no</strong><br />
templo. Aparentemente eles têm concepções humanísticas <strong>de</strong> um Deus onisciente. Na entrada da<br />
porta <strong>no</strong>rte do templo, as mulheres estão chorando por Tamuz, o Deus da vegetação que morreu<br />
<strong>no</strong> verão e voltou à vida ao chegar a estação das chuvas 509 . No átrio ulterior, entre o pórtico e o<br />
altar, vinte e cinco homens estão <strong>de</strong> face ao leste, adorando o sol, coisa que estava explicitamente<br />
proibida (Dt 4.19;17.3) 510 . Essa provocação é a causa <strong>de</strong> que Deus <strong>de</strong>ixa livre sua ira em seu juízo.<br />
Os culpados estão advertidos. A glória <strong>de</strong> Deus se <strong>de</strong>sloca <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o querubim até o umbral do<br />
templo. A misericórdia, porém, prece<strong>de</strong> o juízo, conforme um homem vestido com ornamentos <strong>de</strong><br />
linho marca a todos os indivíduos que <strong>de</strong>ploram a idolatria <strong>no</strong> templo. Começando pelos anciãos<br />
do templo, os seis executores vão por toda Jerusalém matando a todos aqueles que não têm a<br />
marca sobre a testa. Comovido pela dor, Ezequiel apela a Deus em sua misericórdia, porém é-lhe<br />
lembrado que Jerusalém está cheia com sangue e injustiça. Este é o tempo da ira —Deus tem<br />
esquecido o país.<br />
Quando o homem vestido <strong>de</strong> linho informa que tem i<strong>de</strong>ntificado e marcado a todos os justos<br />
por toda a cida<strong>de</strong>, Ezequiel vê a manifestação da glória <strong>de</strong> Deus que tinha visto <strong>no</strong> momento <strong>de</strong><br />
seu chamamento. Nesta aparição, as criaturas viventes na parte sul do templo são i<strong>de</strong>ntificadas<br />
como querubins. O homem vestido <strong>de</strong> linho recebe então o divi<strong>no</strong> mandado <strong>de</strong> ir e colocar-se<br />
506 Ellison, op. cit., p. 40, sugere que Ezequiel falou intermitentemente aos anciãos que tinha diante <strong>de</strong>le.<br />
507 Ver C. F. Keil, Commentary on Ezekiel, em referência a 8.1-4.<br />
508 De acordo com G. E. Wright, The Old Testament against its Environment, pp. 24 e ss., nenhuma imagem <strong>de</strong> jovem<br />
tem sido jamais achada pelos arqueólogos.<br />
509 Para uma maior <strong>de</strong>scrição, ver G. A. Cooke, Ezekiel I, pp. 96-97. Isto representa um <strong>antigo</strong> rito religioso que proce<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> aproximadamente o a<strong>no</strong> 3000 a.C. Na Babilônia, a forma popular este mito foi comum durante a época do Antigo Testamento<br />
e <strong>no</strong>s tempos <strong>de</strong> Canaã até a Babilônia..<br />
510 A posição <strong>de</strong>stes homens parece justificar a inferência <strong>de</strong> que eles representam o sacerdócio. Ellison, op. cit., p. 43, e<br />
outros, i<strong>de</strong>ntificam isto com o culto <strong>de</strong> Shamash, o Deus sol da Babilônia, carregando a esses vinte e cinco lí<strong>de</strong>res o fato<br />
<strong>de</strong> que os <strong>de</strong>uses da Babilônia estavam <strong>de</strong>rrotando a jovem, Deus <strong>de</strong> Israel.<br />
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