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Por contraste, o monte <strong>de</strong> Sião será restabelecido. Enquanto Edom <strong>de</strong>saparece sem um único<br />
sobrevivente, os <strong>israel</strong>itas serão restaurados com segurança em sua própria terra, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />
Negueve <strong>no</strong> sul até Sefara<strong>de</strong> <strong>no</strong> <strong>no</strong>rte, com o Senhor como governante. Incluso os exilados <strong>de</strong><br />
Sefara<strong>de</strong> retornarão para partilhar a reclamação das cida<strong>de</strong>s do Negueve 588 . Monte <strong>de</strong> Esaú, uma<br />
vez representativa do orgulho e da altivez dos edomitas, será governada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o monte Sião<br />
(versículos 17-21).<br />
Naum – A sorte <strong>de</strong> Nínive<br />
Na 1.1-3.19<br />
Os matizes inter<strong>no</strong>s do livro <strong>de</strong> Naum oferecem uma evidência fiável para datar este profeta na<br />
segunda meta<strong>de</strong> do século VII. A referência <strong>de</strong> Naum à queda <strong>de</strong> Tebas faz o 661 a.C. o terminas a<br />
quo e a menção da queda <strong>de</strong> Nínive sugere o 612 a.C. como o terminus quem para o período <strong>de</strong> sua<br />
carreira. Dentro <strong>de</strong>stes limites é, certamente, impossível fixar uma data exata para seu ministério.<br />
A conquista <strong>de</strong> Tebas por Assurbanipal representava o máximo ponto do avanço sírio, a uns<br />
530 quilômetro ao sul do Cairo 589 . Mas não se passou muito tempo e as rebeliões começaram a<br />
transtornar o império <strong>de</strong> Assurbanipal. Seu próprio irmão, Samasumukim, <strong>no</strong>meado governador<br />
da Babilônia por Esar-Hadom, <strong>de</strong>u lugar a uma rebelião fracassada e pereceu na queima da<br />
Babilônia <strong>no</strong> 648 a.C. 590 Quando morreu Assurbanipal, por volta do 633, as rebeliões explodiram<br />
com êxito em várias zonas, para advertir a Assíria <strong>de</strong> sua próxima con<strong>de</strong>na. Ciaxares assumiu o<br />
reinado da Média e em me<strong>no</strong>s <strong>de</strong> uma década Nabopolassar esteve bem estabelecido sobre o<br />
tro<strong>no</strong> da Babilônia. aliando suas forças com os medos e os babilônicos, convergiu sobre a Assíria<br />
para efetuar a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Nínive <strong>no</strong> 612 a.C. 591 Aos poucos a<strong>no</strong>s, o Império Assírio estava<br />
absorvido pelos vencedores.<br />
Seguramente, Naum estava familiarizado com alguns <strong>de</strong>sses acontecimentos. Embora Elcos, a<br />
al<strong>de</strong>ia Natal <strong>de</strong> Naum, não tenha sido nunca i<strong>de</strong>ntificada com certeza, é verossímil que ele fosse<br />
um cidadão <strong>de</strong> Judá 592 . A Naum lhe resultavam conhecidas as calamida<strong>de</strong>s que Judá teve <strong>de</strong><br />
suportar durante o século da dominação assíria. Não há dúvida <strong>de</strong> que estava à par da opressão<br />
assíria, por meio da qual até Manassés, rei <strong>de</strong> Judá, foi levado ao <strong>de</strong>sterro por uma temporada.<br />
A seguinte analise sugere os temas importantes como estão <strong>de</strong>senvolvidos <strong>no</strong> livro <strong>de</strong> Naum:<br />
I. A majesta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus <strong>no</strong> juízo e na misericórdia Na 1.1-14<br />
II. O cerco <strong>de</strong> Nínive e sua <strong>de</strong>struição Na 1.15-2.13<br />
III. A razão da queda <strong>de</strong> Nínive Na 3.1-19<br />
A majesta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus é o tema introdutório <strong>de</strong> Naum. Sobera<strong>no</strong> e Onipotente, Deus governa <strong>de</strong><br />
forma suprema na natureza. Os malvados —inimigos <strong>de</strong> Deus por suas ações— continuarão<br />
porque Deus é tardio em sua cólera. A seu <strong>de</strong>vido tempo, a vingança <strong>de</strong> um Deus zeloso será<br />
manifestada. Para aqueles que confiam nEle, serão salvos <strong>no</strong> dia da ira, porém o inimigo será<br />
completamente <strong>de</strong>struído (1.1-8) 593 . Aparentemente, alguns <strong>de</strong>ntre o auditório <strong>de</strong> Naum estavam<br />
na dúvida a respeito do cumprimento <strong>de</strong> sua predicação (1.9). Com certeza, o profeta <strong>de</strong>clara que<br />
588 Isto, provavelmente, seja uma referência a Zafarda, um distrito do sudoeste, aon<strong>de</strong> Sargão exilou os <strong>israel</strong>itas (2 Rs<br />
17.6). Comparar Julius A. Bewer, Obadiah and Joel en International Crítical Commentary (Nova York: Scribner's Sons,<br />
1911), pp. 45-46. Para a i<strong>de</strong>ntificação com Sar<strong>de</strong>s, Cparda <strong>no</strong>s monumentos persas, a capital <strong>de</strong> Lídia na Ásia Me<strong>no</strong>r on<strong>de</strong><br />
existia uma colônia judia <strong>no</strong> princípio do reinado <strong>de</strong> Ciaxares (464-424), ver o Interpeter's Bible como referência (Vol. 6,<br />
p. 867). Comparar também C. C. Torrey "The Bilingual Inscription from Sardis", American Journal of Semitic Languages<br />
and Literature, XXXIV (1917-1918), pp. 185-198.<br />
589 Tebas era conhecida como No e No-Amom, Na 3.8<br />
590 Ver D. J. Wiseman, Chroni<strong>de</strong>s of Chal<strong>de</strong>an Kings, pp. 6-7.<br />
591 Ver Pritchard, Ancient Eastern Texts, pp. 303-305.<br />
592 Elcos pô<strong>de</strong> ser sido um povoado entre Gaza e Jerusalém, perto do Neite-Jibrim. Ver The New Bible Commentary, F.<br />
Davidson, ed. p. 727, para várias tradições concernentes a Elcos.<br />
593 Em hebraico este poema <strong>de</strong> início é um acróstico alfabético.<br />
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