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a historia de israel no antigo testamento

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afirmar-se por si mesmo. Mais tar<strong>de</strong>, a ameaça assíria precipitou a crise que o colocou <strong>no</strong> retiro,<br />

enquanto que Acaz fez <strong>de</strong> campeão <strong>de</strong> boa amiza<strong>de</strong> com a capital sobre o Tigre.<br />

Acaz – Administração pró-assíria<br />

O reinado <strong>de</strong> vinte a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Acaz (2 Cr 28.1-27; 2 Rs 16.1-20) esteve acossado pelas dificulda<strong>de</strong>s.<br />

Os reis assírios avançavam em seu propósito <strong>de</strong> conquistar e fazer-se com o controle do Crescente<br />

Fértil, e Acaz esteve continuamente sujeito à pressão internacional.<br />

O Rei<strong>no</strong> do Norte já havia subscrito à política da resistência <strong>de</strong> Peca. A ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vinte a<strong>no</strong>s,<br />

Acaz teve <strong>de</strong> encarar-se com o formidável problema da paz entre a Síria e o Israel, e <strong>de</strong> mantê-la.<br />

No 734, Tiglate-Pileser III marchou com seus exércitos contra os filisteus. É perfeitamente possível<br />

que Acaz possa ter apelado ao rei assírio, quando os filisteus atacaram em gran<strong>de</strong> extensão os<br />

distritos fronteiriços <strong>de</strong> Judá. Seu alinhamento com Tiglate-Pileser logo levou Acaz a sérios<br />

problemas. Mais tar<strong>de</strong> e naquele mesmo a<strong>no</strong>, após que os invasores assírios se tiverem retirado,<br />

Peca e Rezim <strong>de</strong>clararam a guerra a Judá.<br />

Ao mesmo tempo e nesta tremenda crise, Isaias tinha permanecido ativo em seu ministério<br />

profético aproximadamente por seis a<strong>no</strong>s. com sua mensagem <strong>de</strong> Deus, encarou Acaz com a<br />

solução <strong>de</strong> seu problema. A fé em Deus era a clave da vitória sobre Israel e a Síria. Peca e Rezim<br />

tentaram colocar um governante marionete <strong>no</strong> tro<strong>no</strong> <strong>de</strong> Davi em Jerusalém. Porém Deus anularia<br />

o projeto sírio-efraimita em resposta à fé (Is 7.1ss). o malvado e teimoso Acaz ig<strong>no</strong>rou a Isaias.<br />

Como <strong>de</strong>safio, encontrou uma saída <strong>de</strong> suas dificulda<strong>de</strong>s fazendo um <strong>de</strong>sesperado chamamento a<br />

Tiglate-Pileser III.<br />

Quando os exércitos da Síria e o Israel invadiram Judá, sitiaram, ainda que não capturaram, a<br />

Jerusalém, que tinha sido tão recentemente fortificada por Uzias. Contudo, Judá sofreu gran<strong>de</strong>s<br />

perdas, enquanto mataram milhares e outros foram levados como cativos a Samaria ou a<br />

Damasco. Porém, afortunadamente existia alguém <strong>no</strong> Rei<strong>no</strong> do Norte, que não tinha repudiado a<br />

Deus. quando um profeta repreen<strong>de</strong>u sua conduta ao clã dos lí<strong>de</strong>res, estes respon<strong>de</strong>ram com o<br />

ato <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar em liberda<strong>de</strong> os prisioneiros <strong>de</strong> Judá.<br />

Embora fortemente pressionado, Acaz sobreviveu ao ataque sírio-efraimita. Sua súplica a<br />

Tiglate-Pileser teve resultados imediatos. Em duas campanhas sucessivas (733 e 732), os assírios<br />

submeteram a Síria e o Israel. Em Samaria, Peca for substituído por Oséias, quem ren<strong>de</strong>u ato <strong>de</strong><br />

submissão e lealda<strong>de</strong> ao rei assírio.<br />

Acaz se encontrou com Tiglate-Pileser em Damasco e lhe <strong>de</strong>u segurida<strong>de</strong>s da vassalagem <strong>de</strong><br />

Judá. Tão impressionado estava Acaz que or<strong>de</strong><strong>no</strong>u a Urias, o sacerdote, duplicar o altar <strong>de</strong><br />

Damasco <strong>no</strong> templo <strong>de</strong> Jerusalém. A seu retor<strong>no</strong> o próprio rei assumiu a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> conduzir o<br />

culto pagão, atraindo para si a con<strong>de</strong>nação sobre sua própria cabeça.<br />

Em todo seu reinado, Acaz manteve uma política pró-assíria. Conforme mudavam os<br />

governantes na assíria e o Rei<strong>no</strong> do Norte se encaminhava para seu fim com a rebelião <strong>de</strong> Oséias,<br />

Acaz conduziu sua nação com êxito através das crises internacionais. E ainda quando Judá tinha<br />

perdido o direito <strong>de</strong> sua liberda<strong>de</strong> e pagava pesados tributos à Assíria, a prosperida<strong>de</strong> econômica<br />

prevaleceu como tinha sido estabelecida sob a sã política <strong>de</strong> Uzias. A riqueza estava me<strong>no</strong>s<br />

concentrada que <strong>no</strong> Rei<strong>no</strong> do Norte, on<strong>de</strong> tinha sido <strong>de</strong> exclusivo uso da aristocracia. Enquanto<br />

que os <strong>de</strong>vastadores exércitos não turvaram o status quo, Judá pô<strong>de</strong> permitir-se o pagar uma<br />

consi<strong>de</strong>rável leva a Assíria.<br />

Inclusive com o gran<strong>de</strong> profeta Isaias como contemporâneo, Acaz promoveu o mais<br />

aborrecível dos usos e práticas idolátricos. De acordo com os costumes pagãos, fez que seu filho<br />

caminhasse sobre o fogo. Não só tomou muito do tesouro do templo para enfrentar as <strong>de</strong>mandas<br />

do rei assírio, senão que também introduziu cultos estranhos <strong>no</strong> mesmíssimo lugar aon<strong>de</strong><br />

somente Deus <strong>de</strong>via ser adorado. Por isso, na era <strong>de</strong> maravilhar-se que incorre-se na ira <strong>de</strong> Deus.<br />

Ezequias – Um rei justo<br />

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