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a historia de israel no antigo testamento

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ei<strong>no</strong> <strong>de</strong> Judá finalmente capitulou. Ze<strong>de</strong>quias tentou escapar, mas foi capturado em Jericó e<br />

levado a Ribla on<strong>de</strong> seus filhos foram mortos diante <strong>de</strong>le. Após ter sido cegado, foi levado a<br />

Babilônia, on<strong>de</strong> morreu. O 15 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 586 a.C. começou a <strong>de</strong>struição final <strong>de</strong> Jerusalém <strong>no</strong>s<br />

tempos do Antigo Testamento 300 . Deserta <strong>de</strong> sua população mediante o exílio, a capital <strong>de</strong> Judá<br />

foi abandonada, convertida num montão <strong>de</strong> ruínas. Assim acabou o gover<strong>no</strong> davídico <strong>de</strong> Judá <strong>no</strong>s<br />

dias <strong>de</strong> Nabucodo<strong>no</strong>sor.<br />

Outra tabuinha do Museu Britânico que parece ser um texto religioso e não uma parte da série<br />

das Crônicas Babilônicas, informa <strong>de</strong> uma campanha <strong>de</strong> Nabucodo<strong>no</strong>sor em seu trigésimo sétimo<br />

a<strong>no</strong> <strong>de</strong> reinado (568-67) contra o Faraó Amassis 301 . Parece que Apries, o rei do Egito, tinha sido<br />

<strong>de</strong>rrotado por Nabucodo<strong>no</strong>sor <strong>no</strong> 572 e substituído <strong>no</strong> tro<strong>no</strong> por Amassis. Quando o último se<br />

rebelou <strong>no</strong> 568-67, Nabucodo<strong>no</strong>sor marchou com seu exército contra o Egito.<br />

O extenso programa <strong>de</strong> construções <strong>de</strong> Nabucodo<strong>no</strong>sor é bem conhecido pelas inscrições<br />

proce<strong>de</strong>ntes do Pai rei 302 . Tendo herdado um rei<strong>no</strong> firmemente estabelecido, Nabucodo<strong>no</strong>sor<br />

durante seu longo reinado <strong>de</strong>dicou intensos esforços para a construção <strong>de</strong> diversos projetos na<br />

Babilônia. A beleza e a majesta<strong>de</strong> da real cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Babilônia não foi ultrapassada <strong>no</strong>s tempos<br />

<strong>antigo</strong>s. A arrogante afirmação <strong>de</strong> Nabucodo<strong>no</strong>sor <strong>de</strong> que ele tivesse construído aquela gran<strong>de</strong><br />

cida<strong>de</strong> por seu po<strong>de</strong>r e para sua glória, está reconhecida como historicamente precisa (Dn 4.30)<br />

303 . Babilônia estava <strong>de</strong>fensivamente fortificada por um fosso e uma muralha dupla. Em toda a<br />

cida<strong>de</strong>, um vasto sistema <strong>de</strong> ruas e canais foi construído para facilitar o transporte. Junto com a<br />

ampla rua processional, e <strong>no</strong> palácio, havia leões, touros e dragões feitos <strong>de</strong> pedras <strong>de</strong> cores<br />

esmaltados. A porta <strong>de</strong> Ishtar marcava a impressionante entrada à rua. Os tijolos utilizados em<br />

construções ordinárias levavam a marca impressa com o <strong>no</strong>me Nabucodo<strong>no</strong>sor. A este famoso rei<br />

se credita a existência <strong>de</strong> quase vinte templos na Babilônia e Borsipa 304 . A mais sobressalente<br />

empresa na área do templo foi a reconstrução do zigurate. Os jardins pen<strong>de</strong>ntes construídos por<br />

Nabucodo<strong>no</strong>sor para comprazer sua rainha meda, foram consi<strong>de</strong>rados pelos gregos como uma<br />

das sete maravilhas do mundo.<br />

O estudo <strong>de</strong> umas trezentas tabuinhas cuneiformes achadas num edifício abobadado perto da<br />

porta <strong>de</strong> Ishtar, <strong>de</strong>u como resultado a i<strong>de</strong>ntificação dos ju<strong>de</strong>us na terra do exílio durante o reinado<br />

<strong>de</strong> Nabucodo<strong>no</strong>sor 305 . Nestas tabuinhas, datadas em 595-570 a.C., estão a<strong>no</strong>tadas as rações<br />

<strong>de</strong>signadas aos cativos proce<strong>de</strong>ntes do Egito, Filistéia, Fenícia, Ásia Me<strong>no</strong>r, Pérsia e Judá. O mais<br />

significativo é a menção <strong>de</strong> Jeoiaquim com seus cinco filhos ou príncipes. Resulta claro <strong>de</strong> tais<br />

documentos que os babilônicos, assim como os ju<strong>de</strong>us, reconheceram a Joaquim como her<strong>de</strong>iro<br />

só tro<strong>no</strong> ju<strong>de</strong>u.<br />

A glória do rei<strong>no</strong> babilônico começou a <strong>de</strong>svanecer-se com a morte <strong>de</strong> Nabucodo<strong>no</strong>sor em 562<br />

a.C. Seus triunfos tinham ampliado o peque<strong>no</strong> rei<strong>no</strong> da Babilônia, esten<strong>de</strong>ndo-o <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Próximo<br />

Oriente, <strong>de</strong> Susã até o Mediterrâneo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Golfo Pérsico até o alto Tigre e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as montanhas<br />

<strong>de</strong> Taurus até a primeira cachoeira <strong>no</strong> Egito. Como construtor aventureiro, fez da cida<strong>de</strong> da<br />

Babilônia a mais potente fortaleza conhecida <strong>no</strong> mundo, enfeitada com um esplendor e uma<br />

beleza inigualados. O po<strong>de</strong>rio e o gênio que caracterizaram seu reinado <strong>de</strong> 43 a<strong>no</strong>s, nunca foram<br />

alcançados por nenhum <strong>de</strong> seus sucessores.<br />

• Awel-Marduc<br />

300 E. R. Thiele "The Mysterious Number of the Hebrew Kings", p. 165.<br />

301 Estas tabuinhas do Museu Britânico números 33041 e 33053, foram primeiramente publicadas por T. G. Pinches em<br />

1878. Estão reproduzidas por Wiseman em op. cit.,sobre as laminas XX-XXI. Note-se a discussão e bibliografia em p. 94.<br />

302 Começando em 1899, a Deutsch Orientgesellschaft, sob a direção <strong>de</strong> Robert Kol<strong>de</strong>wey, se escavou completamente a<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Babilônia. Ver Kol<strong>de</strong>wey. Das wie<strong>de</strong>r erste hen<strong>de</strong> Babylon (4.a edic., Leipzig, 1925).<br />

303 Tack Finegan, "Light frorn the Anclent Past" (Princeton, 1959), p. 224.<br />

304 R. Kolclcwcy. Das Ishtar-Tor in Babylon (1918).<br />

305 Ersnt F. Weidmer, en "Mélanges Suríens á Monsieur Rene Dussaud 11" (1939), pp. 923-927. A referência na p. 935<br />

aos prisioneiros <strong>de</strong> Pirindi e Hume retidos na Babilônia, po<strong>de</strong> indicar que Nabucodo<strong>no</strong>sor tinha conquistado a Cilícia entre<br />

o 595 e o 570 a.C.<br />

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