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O estabelecimento em Jerusalém<br />
Por volta do sétimo mês do a<strong>no</strong> <strong>de</strong> seu retor<strong>no</strong>, o povo estava suficientemente bem assentado<br />
nas redon<strong>de</strong>zas <strong>de</strong> Jerusalém, como para reunir-se em massa e construir o altar do Deus <strong>de</strong> Israel,<br />
e restabelecer os sacrifícios <strong>de</strong> fogo, tal como estava prescrito por Moisés (Êx 29.38ss). No<br />
décimo quinto dia <strong>de</strong>sse mês, observaram a Festa dos Tabernáculos <strong>de</strong> acordo com os<br />
requerimentos escritos (Lv 23.34ss). Com aquelas impressionantes festivida<strong>de</strong>s, se restaurou o<br />
culto em Jerusalém, <strong>de</strong> forma tal que a lua <strong>no</strong>va e outras festas se seguiram a seu <strong>de</strong>vido tempo e<br />
na época propícia. Com a restauração do culto, o povo proporcio<strong>no</strong>u dinheiro e alimento para os<br />
pedreiros e marceneiros, que negociaram com os fenícios, a fim <strong>de</strong> obter materiais <strong>de</strong> construção<br />
<strong>de</strong> acordo com a permissão outorgada por Ciro.<br />
A construção do tempo começou <strong>no</strong> segundo mês do seguinte a<strong>no</strong>, sob a supervisão <strong>de</strong><br />
Zorobabel e Josué. Os levitas <strong>de</strong> vinte a<strong>no</strong>s e mais velhos, serviram como capatazes. Os<br />
fundamentos do templo foram colocados durante uma apropriada cerimônia com os sacerdotes<br />
vestidos com a<strong>de</strong>quados ornamentos e soando as trombetas. Segundo as diretivas dadas por<br />
Davi, rei <strong>de</strong> Israel, os filhos <strong>de</strong> Asafe ofereceram louvores acompanhados por címbalos.<br />
Aparentemente houve um canto <strong>de</strong> antífonas 377 , on<strong>de</strong> um coro cantava "Louvai a Deus porque<br />
é bom", enquanto que outro respondia com "E sua misericórdia permanece para sempre" 378 . A<br />
partir dali a multidão reunida em assembléia se uniu num louvor <strong>de</strong> triunfo.<br />
Mas nem todos gritavam <strong>de</strong> alegria; a gente velha que ainda podia lembrar a glória e a beleza<br />
do templo <strong>de</strong> Salomão chorava amargamente dolorida.<br />
Quando os oficiais <strong>de</strong> Samaria ouviram dizer que se estava reconstruindo o templo, tentaram<br />
interferir, já que aparentemente consi<strong>de</strong>ravam a Judá como parte da província.<br />
Reclamaram que eles tinham rendido culto ao mesmo Deus sempre, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos <strong>de</strong> Esar-<br />
Hadom (681-668 a.C.), que os havia situado na Palestina, e solicitaram <strong>de</strong> Zorobabel e dos outros<br />
chefes que lhes permitissem tomar parte na construção do templo. Quando sua solicitu<strong>de</strong> foi<br />
<strong>de</strong>negada, se voltaram abertamente hostis, e adotaram uma política <strong>de</strong> frustração e <strong>de</strong> <strong>de</strong>salento<br />
sobre a colônia que lutava entre si. E obstaculizaram o trabalho <strong>no</strong> templo por todo o resto do<br />
reinado <strong>de</strong> Ciro e o <strong>de</strong> Cambisses, inclusive até o segundo a<strong>no</strong> do reinado <strong>de</strong> Dario (520 a.C.).<br />
Inserto na narrativa <strong>de</strong> Esdras, nesta questão, está o informe da subseqüente oposição. Esdras<br />
4.6-23 é o relato da interferência inimiga durante os dias <strong>de</strong> Assuero ou Xerxes (485-465 a.C.) e o<br />
reinado <strong>de</strong> Artaxerxes (464-424). Os forasteiros, assentados nas cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Samaria, apelaram a<br />
Artaxerxes para pesquisar os registros históricos concernentes às rebeliões que tinham<br />
acontecido em Jerusalém em tempos passados. Como resultado, se produziu um édito real dando<br />
po<strong>de</strong>res aos samarita<strong>no</strong>s para <strong>de</strong>ter os ju<strong>de</strong>us em seus esforços para reconstruírem a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Jerusalém. Devido a que Neemias chegou a Jerusalém <strong>no</strong> 444 a.C., autorizado por Artaxerxes para<br />
reconstruir as muralhas, resulta verossímil que este <strong>de</strong>creto que favorecia os da Samaria fosse<br />
emitido <strong>no</strong>s primeiros a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> seu reinado, presumivelmente com anteriorida<strong>de</strong> à chegada <strong>de</strong><br />
Esdras <strong>no</strong> 475 a.C. 379<br />
O <strong>no</strong>vo templo<br />
No a<strong>no</strong> segundo <strong>de</strong> Dario (520 a.C.), os ju<strong>de</strong>us acabaram o trabalho <strong>no</strong> templo.<br />
Ageu, com a mensagem <strong>de</strong> Deus para a ocasião, comoveu a gente e os chefes, lembrando-lhes<br />
que tinham ficado tão absortos em reconstruírem suas próprias casas que tinham <strong>de</strong>scuidado o<br />
377 Antífona: versículo, ou parte <strong>de</strong>le, que se canta ou reza antes <strong>de</strong> um salmo, repetindo-se <strong>no</strong> final por completo. (N. da<br />
T., fonte: Enciclopédia Encarta <strong>de</strong> Microsoft).<br />
378 Embora Keil, em Commentary sobre Esdras 3:11, sustenta que o texto não requer esta interpretação, menciona a<br />
Clericus e outros que a favorecem.<br />
379 Para uma completa discussão a respeito da data <strong>de</strong>sta oposição, ver a publicação <strong>de</strong> H. H. Rowley titulada "A missão<br />
<strong>de</strong> Neemias e seu transfundo", aparecida <strong>no</strong> Bulletin of the John Rylands Library, n.° 2 (março, 1955), 528-561. Ele data<br />
esta oposição pouco antes do retor<strong>no</strong> <strong>de</strong> Neemias <strong>no</strong> 444 e o subseqüente regresso <strong>de</strong> Esdras à chegada <strong>de</strong> Neemias.<br />
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