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a historia de israel no antigo testamento

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escreveu a Jerusalém para incitar a Sofonias e seus sacerdotes colegas a enfrentar-se com<br />

Jeremias e encarcerá-lo.<br />

Outras passagens refletem a oposição proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> outros profetas cujos <strong>no</strong>mes não se<br />

citam.<br />

Inclusive a gente da mesma cida<strong>de</strong> se levanta contra Jeremias. Isto se vê nas breves referências<br />

<strong>de</strong> 11.21-23. Os cidadãos <strong>de</strong> Anatote ameaçaram com matá-lo se não cessava <strong>de</strong> profetizar <strong>no</strong><br />

<strong>no</strong>me do Senhor.<br />

Seus inimigos se encontravam igualmente entre os governantes. Bem lembrado entre as<br />

experiências <strong>de</strong> Jeremias está seu encontro com Jeoiaquim. Um dia, Jeremias enviou seu escriba<br />

Baruque ao templo a ler publicamente a mensagem do juízo do Senhor, com a admoestação <strong>de</strong><br />

arrepen<strong>de</strong>r-se.<br />

Alarmados, alguns dos chefes políticos informaram daquilo a Jeoiaquim; ainda que avisaram a<br />

Jeremias e a Baruque para que se escon<strong>de</strong>ssem. Quando o rolo foi lido diante <strong>de</strong> Jeoiaquim, este<br />

<strong>de</strong>sprezou e <strong>de</strong>safiou a mensagem, queimando o rolo <strong>no</strong> braseiro e or<strong>de</strong>nando em vão o arresto<br />

do profeta e seu escriba.<br />

Jeremias sofreu as conseqüências doutor uma vacilante política sob o fraco gover<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

Ze<strong>de</strong>quias. Isto chegou a ser especialmente crucial para o profeta <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s finais do reinado <strong>de</strong><br />

Ze<strong>de</strong>quias. Quando o assédio dos babilônicos foi temporalmente levantado, Jeremias foi<br />

arrestado a sua saída <strong>de</strong> Jerusalém, com o cargo <strong>de</strong> simpatizar com a Babilônia, e foi espancado e<br />

encarcerado. Quando acabou o assédio, Ze<strong>de</strong>quias procurou o conselho do profeta. Em resposta<br />

à repulsa <strong>de</strong> Jeremias, o rei o con<strong>de</strong><strong>no</strong>u a ficar preso <strong>no</strong> átrio da guarda. Sob pressão, Ze<strong>de</strong>quias<br />

<strong>de</strong> <strong>no</strong>vo abando<strong>no</strong>u o profeta a mercê <strong>de</strong> seus colegas políticos, os que lançaram o profeta numa<br />

cisterna, on<strong>de</strong> o <strong>de</strong>ixaram para que se afogasse na lama. Ebe<strong>de</strong>-Meleque, um eunuco etíope,<br />

resgatou Jeremias e o <strong>de</strong>volveu só átrio da guarda, on<strong>de</strong> Ze<strong>de</strong>quias teve outra entrevista com ele<br />

antes da queda <strong>de</strong> Jerusalém.<br />

Inclusive <strong>de</strong>pois da <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Jerusalém, Jeremias é frustrado com freqüência em seu<br />

intento <strong>de</strong> ajudar seu povo (42.1-43.7). Quando os chefes <strong>de</strong>salentados e apátridas apelaram<br />

finalmente a ele para assegurar a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus sobre eles, Jeremias esperou a guia do Senhor.<br />

Porém quando os informou <strong>de</strong> que <strong>de</strong>veriam permanecer na Palestina com o objeto <strong>de</strong> gozar das<br />

bênçãos <strong>de</strong> Deus, o povo <strong>de</strong>liberadamente <strong>de</strong>sobe<strong>de</strong>ceu, emigrando para o Egito, e levando o<br />

ancião profeta com eles.<br />

Jeremias teve relativamente poucos amigos durante os dias <strong>de</strong> Jeoiaquim e Ze<strong>de</strong>quias. O mais<br />

leal e <strong>de</strong>voto foi Baruque, que serviu ao profeta como secretário. Baruque registrou por escrito as<br />

mensagens do profeta, e as leu <strong>no</strong> átrio do templo (36.6). O serviu também como administrador,<br />

enquanto Jeremias esteve na prisão (32.9-14), e finalmente acompanhou seu mestre ao Egito.<br />

Entre os chefes da comunida<strong>de</strong> que salvaram Jeremias da execução diante das <strong>de</strong>mandas dos<br />

sacerdotes e dos profetas (26.16-24), estavam os príncipes conduzidos por Aicão.<br />

Durante o assédio a Jerusalém, quando Jeremias foi abandonado para morrer <strong>no</strong> poço, Ebe<strong>de</strong>-<br />

Meleque <strong>de</strong>monstrou ser um verda<strong>de</strong>iro amigo na necessida<strong>de</strong>. Ze<strong>de</strong>quias respon<strong>de</strong>u com<br />

bastante interesse pessoal para garantir ao profeta segurança <strong>no</strong> átrio da guarda durante o que<br />

restou do assédio a Jerusalém.<br />

Passando através <strong>de</strong> tempos <strong>de</strong> oposição e <strong>de</strong> sofrimentos, Jeremias experimentou um<br />

profundo conflito interior. Uma dor penetrante feriu sua alma ao comprovar que seu povo,<br />

endurecido <strong>de</strong> coração, era indiferente a suas advertências e avisos, e que estaria sujeito aos<br />

severos juízos <strong>de</strong> Deus. esta foi a causa <strong>de</strong> seu chorar dia e <strong>no</strong>ite, não pelo sofrimento pessoal que<br />

<strong>de</strong>veu suportar (9.1). Conseqüentemente, o apelativo <strong>de</strong> "profeta chorão" para Jeremias <strong>de</strong><strong>no</strong>ta<br />

força e valor, e a férrea vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> encarar-se com as amargas realida<strong>de</strong>s do juízo que pendia<br />

sobre seu povo.<br />

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