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distantes do império, levando à prática o exílio. As repetidas mortes <strong>de</strong> palácio, a invasão assíria,<br />
os pesados tributos e contribuições, as vacilantes alianças com estrangeiros e, finalmente, a<br />
queda da Samaria, figuraram <strong>no</strong>s turbulentos tempos do ministério <strong>de</strong> Oséias.<br />
Passando tudo ao longo das tribulações e problemas dos cambiantes tempos, Oséias fielmente<br />
serviu a sua geração como porta-voz <strong>de</strong> Deus. não se dão <strong>de</strong>talhes a respeito <strong>de</strong> seu chamamento<br />
ao ministério profético, além do fato <strong>de</strong> que o Senhor falou com ele. Oséias foi compelido a<br />
<strong>de</strong>screver o fato <strong>de</strong> que Deus ainda amava a um Israel que tinha voltado a seus <strong>antigo</strong>s pecados.<br />
Pacientemente, rogou a seu povo que se arrepen<strong>de</strong>sse, enquanto via o rei<strong>no</strong> <strong>de</strong>slizar-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
posição arrogante que tinha com Jeroboão II, ao nível <strong>de</strong> uma província assíria ocupada.<br />
Durante seu longo ministério, Oséias partilhou o empenho <strong>de</strong> seu povo num rei<strong>no</strong> titubeante.<br />
Com compaixão e amor por seus concidadãos, manifestou uma sensitiva resposta às necessida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> Israel em sua pecadora condição. Além <strong>de</strong> sua experiência pessoal, expressou num tom <strong>de</strong><br />
tristeza o amor <strong>de</strong> Deus por um povo que tinha falhado em respon<strong>de</strong>r a sua bonda<strong>de</strong>.<br />
Não se dão datas específicas <strong>no</strong> livro <strong>de</strong> Oséias. Já que Jeroboão e Uzias são mencionados <strong>no</strong><br />
versículo inicial, é geralmente conveniado que Oséias começou seu ministério por volta do 760<br />
a.C., <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s do reinado <strong>de</strong> Jeroboão 575 . Certamente, suas predição concernente à<br />
dinastia <strong>de</strong> Jeú <strong>no</strong> primeiro capítulo e possivelmente as sucessivas mensagens <strong>no</strong>s primeiros três<br />
capítulos do livro, foram publicamente dados antes da morte <strong>de</strong> Jeroboão. É razoável associar as<br />
mensagens dos capítulos 4-14 com os acontecimentos que espalharam as gran<strong>de</strong>s sombras da<br />
dominação assíria sobre a terra da Palestina. Para uma analise completa <strong>de</strong> sua mensagem, como<br />
está registrada <strong>no</strong> livro que leva seu <strong>no</strong>me, po<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar-se a seguinte perspectiva:<br />
I. O matrimônio <strong>de</strong> Oséias e sua aplicação a Israel Os 1.1-3.5<br />
II. As acusações <strong>de</strong> Deus contra Efraim Os 4.1-6.3<br />
III. A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong> castigar Efraim Os 6.4-10.15<br />
IV. A resolução <strong>de</strong> Deus <strong>no</strong>s juízos e misericórdia Os 11.1-14.9<br />
Única entre os profetas foi a experiência matrimonial <strong>de</strong> Oséias. Sob divina compulsão, Oséias<br />
casou com Gomer. No curso do tempo, lhe nasceram três filhos, Jizreel, Lo-Ruama e Lo-Ami, esta<br />
relação <strong>de</strong> família se converteu na base para várias mensagens que Oséias entregou a seu povo<br />
na primeira década <strong>de</strong> seu ministério.<br />
A brevida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Oséias <strong>no</strong> informe <strong>de</strong> seu matrimônio e a vida <strong>de</strong> família, <strong>de</strong>ixa um número<br />
pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> problemas 576 . A <strong>de</strong>speito disso, o leitor não po<strong>de</strong> falhar em ver a progressiva<br />
revelação da mensagem <strong>de</strong> Deus através <strong>de</strong> Oséias. Com o nascimento <strong>de</strong> cada filho, a<br />
advertência do juízo pen<strong>de</strong>nte era apresentada com maior força e exata clareza.<br />
O <strong>no</strong>me "Jizreel" remove numerosas lembranças <strong>de</strong> triste memória nas mentes dos <strong>israel</strong>itas.<br />
Como cida<strong>de</strong> real <strong>de</strong> Israel, estava associada com o assassinato <strong>de</strong> Nabote por Jezabel.<br />
Correntemente, isso lembrava os <strong>israel</strong>itas que a po<strong>de</strong>rosa dinastia reinante <strong>de</strong> Jeú marcou seu<br />
caminho para o tro<strong>no</strong> com um excessivo <strong>de</strong>rramamento <strong>de</strong> sangue em Jizreel (2 Reis 9-10).<br />
Desta forma, Oséias advertiu a sua geração que o Rei<strong>no</strong> do Norte estava perto <strong>de</strong> seu fim.<br />
Seu po<strong>de</strong>r seria <strong>de</strong>struído e ficaria quebrado <strong>no</strong> vale <strong>de</strong> Jizreel.<br />
Outra advertência chegou a Israel com o nascimento da filha <strong>de</strong> Oséias, Lo-Ruama. O<br />
significado "não compa<strong>de</strong>cida" levou aos <strong>israel</strong>itas a mensagem <strong>de</strong> que Deus retiraria sua<br />
misericórdia. Já não os perdoaria totalmente. Subseqüentemente, o nascimento do terceiro filho<br />
trouxe o anúncio <strong>de</strong> que Deus estava fazendo mais severas suas relações com Israel. Na aliança<br />
existia um mútuo laço <strong>de</strong> união entre Deus e seu povo. Então Oséias <strong>de</strong>u a <strong>no</strong>tícia a Israel <strong>de</strong> que<br />
575 Certamente, um período <strong>de</strong> três a <strong>de</strong>z a<strong>no</strong>s <strong>de</strong>ve ser concedido para o matrimônio <strong>de</strong> Oséias e o nascimento <strong>de</strong> seus<br />
três filhos. Não se indica que quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong>sse período foi contemporâneo <strong>de</strong> Jeroboão. Com a data terminal <strong>de</strong><br />
Jeroboão como o 753 a.C., pareceria razoável datar o começo do ministério <strong>de</strong> Oséias aproximadamente <strong>no</strong> 760 a.C.<br />
576 As duas básicas interpretações <strong>de</strong>sta passagem são a literal e a alegórica. Para um breve sumário, ver Bentzen op. cit.,<br />
pp. 131-133; para uma extensa interpretação, ver os comentários gerais.<br />
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