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a historia de israel no antigo testamento

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seus pecados. Naquele tempo, o povo já tinha sido testemunha da queda da Assíria e esta<br />

passagem lhes assegurava que Babilônia seria igualmente julgada.<br />

Embora a Babilônia esteja especificamente mencionada, o rei da Babilônia não está<br />

i<strong>de</strong>ntificado. Os comentários diferem amplamente em relacionar isto a vários rei<strong>no</strong>s e numerosos<br />

reis da Babilônia ou da Assíria. O princípio básico, vonta<strong>de</strong>, é que qualquer nação ou indivíduo que<br />

se exalte a si mesmo por acima <strong>de</strong> Deus será <strong>de</strong>stronado mas cedo ou mais tar<strong>de</strong> pelo Senhor dos<br />

Exércitos. As dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> relacionar os <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong>sta passagem com a Babilônia,<br />

historicamente, e a falta <strong>de</strong> acordo em i<strong>de</strong>ntificar este rei na história, po<strong>de</strong> sugerir que o que se<br />

implica é muito mais que um po<strong>de</strong>r temporal ou um governante <strong>de</strong>terminado. Este rei arrogante<br />

po<strong>de</strong> representar as forças do mal que se opõem a Deus, aparentes na raça humana <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

queda do homem (Gn 3). Este po<strong>de</strong>r do mal implicará a indivíduos ou nações em oposição ao<br />

Onipotente até o juízo final, quando Deus atue <strong>de</strong> uma vez por todas. A <strong>de</strong>struição da nação do<br />

mal, representada por Babilônia, é igualada com a sorte corrida por Sodoma e Gomorra, que<br />

nunca voltaram a ser repovoadas. A <strong>de</strong>posição do tira<strong>no</strong> ou do malvado, representado pelo rei da<br />

Babilônia, indica que todos aqueles que estão associados com ele serão <strong>de</strong>struídos, suprimindo<br />

assim toda oposição. A finalida<strong>de</strong> da <strong>de</strong>struição é significativa.<br />

Em contraste, o tema da restauração <strong>de</strong> Israel e das esperanças <strong>de</strong> seu rei<strong>no</strong>, aparece por toda<br />

esta passagem. A segurida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que Israel terá um rei<strong>no</strong> universal com Sião como capital,<br />

apresentada em 2, era o tema principal em 7-12, on<strong>de</strong> uma ênfase especial se coloca sobre o<br />

governante justo. Nestes capítulos, o tema das últimas esperanças <strong>de</strong> Israel não se esquece. É o<br />

Senhor dos Exércitos quem <strong>de</strong>cretou a queda da Babilônia (21.10). Israel é ainda a herança <strong>de</strong> Deus<br />

(19.25), embora <strong>de</strong>va ser temporalmente julgada. Não somente será restaurada a nação <strong>de</strong> Israel<br />

(14.1-2), senão que permitirá aos estrangeiros que se refugiem nela. Sião foi fundada pelo Senhor<br />

(14.32), e será o recipiente das ofertas (18.7). ao tempo que outras nações e reis são julgados, um<br />

governante justo será estabelecido sobre o tro<strong>no</strong> <strong>de</strong> Davi (16.5). tais foram as promessas sem<br />

paralelo <strong>de</strong> restauração repetidamente dadas a Israel para tranqüilida<strong>de</strong> e esperança <strong>no</strong>s períodos<br />

em que os <strong>israel</strong>itas foram submetidos aos juízos <strong>de</strong> Deus.<br />

IV. Israel numa posição mundial Is 24.1-27.13<br />

A <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Jerusalém<br />

Is 41.1-13a<br />

O restante justo e o malvado informe ao Senhor<br />

dos Exércitos em Sião<br />

Is 24.13b-23<br />

Canto <strong>de</strong> louvor pelos remidos Is 25.1-26.6<br />

Oração do restante na tribulação Is 26.7-19<br />

Segurida<strong>de</strong> <strong>de</strong> liberação e retor<strong>no</strong> a monte Sião Is 26.20-27.13<br />

Nestes capítulos, o restante se converte <strong>no</strong> ponto focal <strong>de</strong> interesse. Por toda a extensão dos<br />

períodos <strong>de</strong> juízo, um restante fiel recebe a certeza <strong>de</strong> sobrevivência e se promete a restauração;<br />

po<strong>de</strong>rá uma vez mais gozar das bênçãos <strong>de</strong> Deus sob o governante justo, sobre monte Sião.<br />

As mensagens <strong>de</strong> Isaias foram com freqüência relacionadas com acontecimentos<br />

contemporâneos. A con<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Jerusalém tinha sido claramente anunciada em seu capítulo<br />

<strong>de</strong> apertura, e repetida enfaticamente em subseqüentes mensagens. Em 24.1-13a, Isaias <strong>de</strong>senha a<br />

ruína que espera a amada cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Judá. Jerusalém será <strong>de</strong>solada e suas portas reduzidas a<br />

ruínas.<br />

Isto virou realida<strong>de</strong> <strong>no</strong> 586 a.C.<br />

O restante, contudo, é reunido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> distantes terras da costa e dos confins da terra (24.13ss),<br />

enquanto que o malvado é castigado pelo Senhor dos Exércitos. As maravilhas do céu que contêm<br />

o sol e a lua estão associadas aqui, igual que em outras passagens, com este gran<strong>de</strong> juízo que<br />

acontece assim que o Senhor reine em Sião 457 . O contexto <strong>de</strong>sta passagem parece indicar um<br />

457 Comparar Is 13.10; 34.4; Jl 2.10-11; Mt 24-29-30; At 2.19-20, e numerosas outras passagens.<br />

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