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a historia de israel no antigo testamento

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pelo oeste até Cartago e ao sul da Núbia e a Etiópia, a base <strong>de</strong> forças militares, porém neste<br />

propósito fracassou por completo.<br />

Deixando o Egito sob o mando <strong>de</strong> Arian<strong>de</strong>s como sátrapa, Cambisses empreen<strong>de</strong>u o regresso à<br />

Pérsia. Perto <strong>de</strong> monte Carmelo, lhe chegaram <strong>no</strong>tícias <strong>de</strong> que um usurpador, <strong>de</strong> <strong>no</strong>me Gaumata,<br />

tinha-se apo<strong>de</strong>rado do tro<strong>no</strong> da Pérsia. A afirmação <strong>de</strong> Gaumata <strong>de</strong> ser Emerdis, outro filho <strong>de</strong><br />

Ciro a quem Cambisses tinha previamente executado 335 , perturbou tão gran<strong>de</strong>mente a Cambisses<br />

que se suicidou. Por oito meses, Gaumata susteve as ré<strong>de</strong>as do rei<strong>no</strong> e do gover<strong>no</strong>.<br />

O fim <strong>de</strong> seu curto reinado precipitou as revoltas em várias províncias.<br />

• Dario I<br />

(522-486 a.C.). Dario I, também conhecido como Dario o Gran<strong>de</strong>, salvou o Império Persa<br />

naquele tempo <strong>de</strong> crise. Tendo servido <strong>no</strong> exército sob o mando <strong>de</strong> Ciro, se converteu <strong>no</strong> braço<br />

direito <strong>de</strong> Cambisses <strong>no</strong> Egito. Quando o reinado <strong>de</strong>ste último termi<strong>no</strong>u bruscamente <strong>no</strong> caminho<br />

do Egito para a Pérsia, Dario se precipitou para o leste. Executou a Gaumata em setembro do 522<br />

a.C. e se firmou <strong>no</strong> tro<strong>no</strong>. Três meses mais tar<strong>de</strong>, a Babilônia rebelada ficou sob seu domínio 336 .<br />

Após dois a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> dura luta, dissipou toda oposição na Armênia e na Média.<br />

Dario voltou ao Egito como rei <strong>no</strong> 519-18 337 . Não é conhecido o contato que teve com os ju<strong>de</strong>us<br />

estabelecidos em Jerusalém. No princípio <strong>de</strong> seu reinado, garantiu a permissão para a construção<br />

do templo (Esdras 6.1; Ageu 1.1). Já que foi completado <strong>no</strong> 515 a.C., parece razoável assumir que o<br />

avanço persa através da Palestina não afetou a situação dos assuntos <strong>de</strong> Jerusalém 338 . No Egito,<br />

Dario ocupou Mênfis sem muita oposição e reinstalou a Arian<strong>de</strong>s como sátrapa.<br />

No 523, Dario pessoalmente marchou com seus exércitos para o oeste, através do Bósforo e do<br />

Danúbio, para encontrar-se com os escitas, que vinham das estepes da Rússia 339 . Esta aventura<br />

não teve êxito; contudo, retor<strong>no</strong>u para agregar a Trácia a seu império, permanecendo um a<strong>no</strong> em<br />

Sardis. Isto iniciou uma série <strong>de</strong> compromissos com os gregos. O controle persa das colônias<br />

gregas <strong>de</strong>u lugar a um conflito que finalmente se converteu num <strong>de</strong>sastre para os persas. O<br />

avanço para o oeste dos persas foi bruscamente <strong>de</strong>tido numa crucial <strong>de</strong>rrota em Maratona, <strong>no</strong><br />

490 a.C.<br />

Dario tinha conseguido êxitos suprimindo rebeliões, porém on<strong>de</strong> foi mesmo um gênio, foi na<br />

administração. O <strong>de</strong>monstrou organizando seu vasto império em vinte satrapados 340 . Para<br />

reforçar o império interiormente, promulgou leis <strong>no</strong> <strong>no</strong>me <strong>de</strong> Auramazda, o <strong>de</strong>us zoroástrico<br />

simbolizado pelo disco alado. Dario intitulou seu livro <strong>de</strong> leis "A Or<strong>de</strong>nança das Boas Normativas".<br />

Seus estatutos mostram a <strong>de</strong>pendência da anterior codificação mesopotâmica, especialmente a<br />

<strong>de</strong> Hamurabi 341 . Para a distribuição a seu povo, as leis foram escritas em aramaico e em<br />

pergaminho.<br />

Um século mais tar<strong>de</strong>, Platão reconheceu a Dario como o maior legislador da Pérsia.<br />

Um excepcional talento para a arquitetura, estimulou a Dario a empreen<strong>de</strong>r a construção <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s e suntuosos edifícios nas cida<strong>de</strong>s capitais e outras partes. Acmeta, que tinha sido a capital<br />

meda em tempos passados, se converteu então <strong>no</strong> lugar favorito real <strong>de</strong> verão, enquanto que<br />

Susã serviu por eleição como residência <strong>de</strong> inver<strong>no</strong>.<br />

Persépole, a 40 km ao sudoeste <strong>de</strong> Passarga<strong>de</strong>, foi convertida na cida<strong>de</strong> mais importante <strong>de</strong><br />

todo o Império Persa. Dario preparou um túmulo na rocha, elaboradamente construído para si<br />

335 Rogers, op. cit., p. 71.<br />

336 Para outros dados, ver Parker y Dubbcrstein, op. cit, p. 13.<br />

337 Ver R. A. Parker "Darius and His Egyptian Campaign", American Journal, Language and Literatura LVIII (1941), 373 ff.<br />

338 Olmstead, op. cit., p. 142, utiliza o argumento do silêncio para assumir que Zereutubel se rebelou e foi executado, já<br />

que não está subseqüentemente mencionado em nenhum registro. Albright, The Biblical Períod, p. 50, afirma que não há<br />

razão para supor que fosse <strong>de</strong>sleal a Dario.<br />

339 Ver Rogers, op. cit., p. 118.<br />

340 Para ulterior discussão, ver "Cambridge Ancíent History", IV, 194 y ss.<br />

341 Para uma comparação das leis <strong>de</strong> Dario e do código <strong>de</strong> Hamurabi, ver Olmstead, op. cit., pp. 119- 134.<br />

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