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a historia de israel no antigo testamento

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Jerusalém, estão ren<strong>de</strong>ndo culto a outros <strong>de</strong>uses 476 . É <strong>de</strong>masiado tar<strong>de</strong> para Judá, <strong>de</strong>sejar<br />

interce<strong>de</strong>r em seu <strong>no</strong>me. Entretanto, o povo encontra sua tranqüilida<strong>de</strong> <strong>no</strong> fato <strong>de</strong> que são os<br />

custódios da lei (8.8), e esperam que isto os salvará da con<strong>de</strong>nação predita. Porém ao profeta é<br />

lembrado que o terrível juízo é coisa certa.<br />

Sentindo-se esmagado em sua própria alma, Jeremias comprova que a colheita se passou, o<br />

verão termi<strong>no</strong>u e seu povo não será salvo. Queixando-se, <strong>de</strong>mando se é que não existe algum<br />

balsamo <strong>de</strong> Gilea<strong>de</strong> para curar seu povo. e então, chora dia e <strong>no</strong>ite por eles.<br />

Incluso embora o juízo vem sobre a nação, Deus lhe dá a segurança <strong>de</strong> que o indivíduo que não<br />

se glória em seu po<strong>de</strong>r ou em sua sabedoria, senão que conhece e compreen<strong>de</strong> o Senhor na<br />

formosa prática da bonda<strong>de</strong>, a justiça e a retidão na terra, é o que está conforme com o aviso <strong>de</strong><br />

Deus. Deus, como rei das nações, <strong>de</strong>ve ser temido (10).<br />

De <strong>no</strong>vo, Jeremias é comissionado para anunciar a maldição <strong>de</strong> Deus sobre o <strong>de</strong>sobediente (11).<br />

A obediência é a clave para sua relação na aliança com Deus <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o princípio <strong>de</strong> sua<br />

nacionalida<strong>de</strong> (Êx 19.5). A aliança em si mesma é ineficaz e inútil sem obediência. Com ídolos e<br />

altares tão numerosos como as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Israel e as ruas <strong>de</strong> Jerusalém, o povo tem merecido o<br />

juízo. Jeremias, <strong>no</strong>vamente, conhece a proibição <strong>de</strong> rogar por seu povo (11.14). ameaçado e<br />

advertido por seus próprios concidadãos <strong>de</strong> Anatote, sente-se totalmente <strong>de</strong>smoralizado a<br />

medida que vê a prosperida<strong>de</strong> da malda<strong>de</strong>. E ora, rogando sempre a Deus (12.1-4). Em resposta,<br />

Deus lhe requer que ultrapasse maiores dificulda<strong>de</strong>s e lhe assegura que a ira <strong>de</strong> Deus que<br />

consome está a ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>satar-se e mostrar-se por todo Israel.<br />

Dois símbolos <strong>de</strong>senham o juízo <strong>de</strong> Deus que pen<strong>de</strong> sobre Judá (13.1-14): Jeremias aparece em<br />

público com um <strong>no</strong>vo cinturão <strong>de</strong> linho. Com a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Deus, o leva até o Eufrates para escondêlo<br />

numa fenda <strong>de</strong> uma rocha 477 . Após um certo tempo, volta a tomar a prenda, que <strong>no</strong> Oriente é<br />

consi<strong>de</strong>rada como o ornamento mais íntimo e prezado <strong>de</strong> um homem. Está podre e totalmente<br />

inservível. Da mesma forma, Deus está planejando expor seu povo escolhido a juízo nas mãos das<br />

nações.<br />

Os recipientes, sejam botijas <strong>de</strong> argila ou <strong>de</strong> peles <strong>de</strong> animais, cheios <strong>de</strong> vinho, também são<br />

simbólicos. Os reis, profetas, sacerdotes e cidadãos estarão também cheios <strong>de</strong> vinho e <strong>de</strong><br />

borracheiras, que a sabedoria se <strong>de</strong>svanecerá em estupefação e <strong>de</strong>samparo em épocas <strong>de</strong> crise. O<br />

obvio resultado será a ruína do rei<strong>no</strong> 478 . Conforme o profeta vê aproximar-se a con<strong>de</strong>nação que<br />

pen<strong>de</strong> sobre Judá, comprova que seu povo é indiferente e continua <strong>de</strong>sobediente e rebel<strong>de</strong> (13.15-<br />

27). Ele vê sua tristeza, expressada em amargas lágrimas, quando seu povo vá ao cativeiro. É<br />

lembrado que o povo sofrerá por seus próprios pecados. Esqueceram <strong>de</strong> Deus. Como um<br />

leopardo é incapaz <strong>de</strong> mudar as manchas <strong>de</strong> sua pele, assim Israel não po<strong>de</strong> mudar seus malvados<br />

caminhos.<br />

Uma grave seca traz sofrimento a seu povo, assim como aos animais (14.1ss).<br />

Jeremias encontra-se profundamente comovido. De <strong>no</strong>vo interce<strong>de</strong> por Judá, confessando<br />

seus pecados. Uma vez mais, Deus lhe lembra que não <strong>de</strong>ve interce<strong>de</strong>r, já que nem com jejuns<br />

nem com ofertas evitará o juízo que se aproxima. Jeremias apela então a Deus para que salve seu<br />

povo, já que são os falsos profetas os responsáveis em fazê-los errar. Quando eleva a Deus a<br />

lamurienta questão a respeito da total repulsa <strong>de</strong> Judá, esperando que Deus escute seu rogo<br />

476 Para uma discussão sobre a idolatria durante o tempo <strong>de</strong> Manassés, a qual Josias tratou <strong>de</strong> eliminar mas que retor<strong>no</strong>u<br />

após sua morte, ver W. L. Reed. The Asherah in the Old Testament (Ft. Worth, Texas: Texas Christian University Press,<br />

1949). Também os comentarios por Laetsch e por Leslie a referências da Escritura.<br />

477 P. Volz, Jeremías, p. 149, interpreta isto como uma parábola. H. Schmidt, L. M. Crossen Propheten, 2.a ed., pp. 219-<br />

220, sugere uma i<strong>de</strong>ntificação local, enquanto que W. Rudolph, Jeremías (Tübingen. 1947), como referência, interpreta<br />

isto como uma visão. Peake, Jeremiah, II, p. 193, Leslie, op. cít., p. 86 y Laetsch, op. cit., pp. 136-137, consi<strong>de</strong>ram isto<br />

como uma experiência real na qual o profeta foi duas vezes ao Eufrates, perto <strong>de</strong> Carquemis. Caiger, op. cit., pp. 192-<br />

193, consi<strong>de</strong>ra a Jeremias como um homem <strong>de</strong> médios, que tinha gran<strong>de</strong>s proprieda<strong>de</strong>s e dinheiro como recursos, e que<br />

inclusive pô<strong>de</strong> ter visitado a corte da Babilônia na época <strong>de</strong> Nabopolassar.<br />

478 Embora Leslie op. cit., p. 228, data isto perto do fim do reinado <strong>de</strong> Ze<strong>de</strong>quias, a atitu<strong>de</strong> do povo em ig<strong>no</strong>rá-lo pô<strong>de</strong> ter<br />

sido mais apropriada em tempos <strong>de</strong> Josias, já que parecia mais ridículo pensar num governante bêbado <strong>no</strong>s dias <strong>de</strong> Josias<br />

que em épocas subseqüentes.<br />

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