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a historia de israel no antigo testamento

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lugar <strong>no</strong> rei<strong>no</strong> 548 . Ouvindo a situação em que se encontra o rei, a rainha irrompe <strong>no</strong> banquete e o<br />

lembra <strong>de</strong> que há um homem em seu rei<strong>no</strong> ao qual Nabucodo<strong>no</strong>sor <strong>no</strong>meou como o chefe dos<br />

sábios da Babilônia 549 . Imediatamente, Daniel é levado ante Belsazar. Não importando-se da<br />

recompensa, Daniel assegura ao rei que ele interpretaria a mensagem da pare<strong>de</strong>. Em simples<br />

palavras, o lembra que Nabucodo<strong>no</strong>sor, a quem Deus tinha confiado um gran<strong>de</strong> rei<strong>no</strong>, foi<br />

reduzido a um estado <strong>de</strong> besta até reconhecer que o Altíssimo governa. O ainda que familiarizado<br />

com isso, Belsazar tinha falhado em honrar a Deus. a mão e sua escritura foram enviadas por<br />

Deus. a interpretação é bem clara. Deus termi<strong>no</strong>u o rei<strong>no</strong> e o dividiu entre os medos e os persas.<br />

No que diz respeito a Belsazar, já tinha sido pesado na balança e achado <strong>de</strong>ficiente.<br />

Por mandado real, foram concedidas a Daniel honras reais e foi aclamado como o terceiro <strong>no</strong><br />

rei<strong>no</strong>. Contudo, as últimas horas do rei<strong>no</strong> da Babilônia estavam se passando rapidamente.<br />

Naquela mesma <strong>no</strong>ite, Belsazar foi morto e a cida<strong>de</strong> da Babilônia ocupada pelos medo-persas<br />

(Dn 5.3-31)<br />

Os tempos dos medo-persas<br />

Os medo-persas conquistam e ocupam a gran<strong>de</strong> capital da Babilônia sem <strong>de</strong>sc. A finais <strong>de</strong><br />

outubro do 539, o próprio Ciro entra em triunfo e permanece na famosa cida<strong>de</strong> para celebrar o<br />

festival do A<strong>no</strong> Novo 550 . Dario, o medo, que conquistou Babilônia, aparentemente serviu às<br />

or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> Ciro. Já que não existe nem uma única tabuinha ou inscrição que tenha sido encontrada<br />

e que leve seu <strong>no</strong>me, se têm produzido numerosas teorias para sua i<strong>de</strong>ntificação.<br />

Baseado em fatos <strong>no</strong>vos, sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> com Gubaru, o governador da Babilônia sob Ciro,<br />

garante a conclusão <strong>de</strong> que Dario, o medo, po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como uma personagem histórica<br />

551 . De acordo com o relato <strong>de</strong> Daniel, Dario esteve a cargo da ocupação da Babilônia e foi o<br />

governante do rei<strong>no</strong> cal<strong>de</strong>u. Embora medo por nascimento, governa sob as leis dos medos e dos<br />

persas.<br />

As experiências pessoais <strong>de</strong> Daniel, registradas <strong>no</strong>s capítulos 6 e 9, se relacionam com o rei<strong>no</strong><br />

<strong>de</strong> Dario. O versículo final do capítulo 6 implica que, a continuação, Daniel esteve associado com<br />

Ciro. Sua final revelação está datada <strong>no</strong> terceiro a<strong>no</strong> <strong>de</strong> Ciro. Talvez por essa época, Dario tivesse<br />

morrido, ou Daniel tenha sido trasladado, <strong>de</strong> forma que fosse diretamente responsável a Ciro. Na<br />

crise da ocupação da Babilônia pelos invasores, Dario reconheceu imediatamente a Daniel,<br />

<strong>no</strong>meando-o como um dos três sátrapas ou presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> seu gover<strong>no</strong>. Com toda probabilida<strong>de</strong>,<br />

passou um certo tempo antes que os outros dois sátrapas agissem contra Daniel, numa tentativa<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>pô-lo do cargo (6.1-28). Enquanto isso, Daniel pô<strong>de</strong> haver tido a experiência registrada <strong>no</strong><br />

capítulo 9.<br />

O fato <strong>de</strong> que os medo-persas substituam os babilônicos como o reinado mais importante<br />

<strong>de</strong>pois Próximo Oriente, não surpreen<strong>de</strong> a Daniel. Já muito cedo em sua vida, <strong>no</strong> segundo a<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />

Nabucodo<strong>no</strong>sor, <strong>no</strong> 603 a.C., Daniel explicou claramente aos maiores reis da Babilônia que outros<br />

rei<strong>no</strong>s seguiriam <strong>no</strong> curso do tempo. durante o reinado <strong>de</strong> Belsazar, a i<strong>de</strong>ntificação do seguinte<br />

reinado foi revelada. Quando permaneceu diante do trêmulo rei, nas vésperas da queda da<br />

Babilônia, Daniel <strong>de</strong>clarou lisa e claramente que os medos e os persas ficariam com o rei<strong>no</strong>.<br />

Quando a crise já havia realmente acontecido, e a supremacia dos medo-persas foi<br />

estabelecida, Daniel ficou ansioso por conhecer que significação teria aquilo para seu próprio<br />

povo. lendo as profecias <strong>de</strong> Jeremias, observa cuidadosamente que tinha sido profetizado um<br />

548 Já que Belsazar foi co-regente com Nabônido, o terceiro lugar <strong>no</strong> rei<strong>no</strong> era o melhor que podia oferecer como recompensa.<br />

549 A rainha se refere a Nabucodo<strong>no</strong>sor como o "pai" <strong>de</strong> Belsazar, Dn 5.11. Na língua semítica esta palavra se usa com<br />

oito matizes diferentes. Aqui pô<strong>de</strong> ter sido usada como uma referência <strong>no</strong> sentido <strong>de</strong> antepassado. Ver o artigo "Daniel",<br />

por E. Young em The New Bible Commentary (F. Davidson, ed.), p. 674.<br />

550 Pritchard, Ancient Near Eastern Texts, pp. 315-316.<br />

551 John C. Whitcomb, Jr. Darius the Me<strong>de</strong> (Grand Rapids Eerdmans, 1959). Ver também seu exame das teorias alternadas<br />

à luz da evidência bíblica.<br />

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