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As relações comerciais se expandiram. Floresceu o comércio internacional além <strong>de</strong> tudo o<br />
conhecido por Israel <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os dias <strong>de</strong> Salomão. Nesta era <strong>de</strong> êxito econômico e expansão<br />
territorial, Samaria se fortificou contra qualquer invasão estrangeira 557 . Com a Síria como estadotampão,<br />
os <strong>israel</strong>itas esqueceram complacentemente o perigo que representava a Assíria. Embora<br />
Judá começou a mostrar sinais <strong>de</strong> um reavivamento político e econômico, o Rei<strong>no</strong> do Sul era<br />
ainda pouco forte e estava comparativamente adormecido, ao tempo que Jeroboão continuava<br />
governando na Samaria.<br />
Com Israel em seu apogeu, dois profetas fizeram sua aparição: Amós e Oséias. Cada um <strong>de</strong>les,<br />
por tur<strong>no</strong>, tratou <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar os cidadãos <strong>de</strong> Israel <strong>de</strong> seu letargo, porém nenhum <strong>de</strong>les<br />
conseguiu que o povo voltasse <strong>de</strong> sua apostasia.<br />
Jonas – A missão <strong>de</strong> Nínive 558<br />
Jn 1.1-4.11<br />
Jonas teve uma mensagem popular para predicar em Israel. Em épocas <strong>de</strong> opressão, a<br />
promessa <strong>de</strong> dias prósperos foi muito bem acolhida. Sem dúvida, o cumprimento <strong>de</strong> única<br />
predição, na extensão do território <strong>de</strong> Israel sob Jeroboão, aumentou sua popularida<strong>de</strong> em seu lar<br />
pátrio.<br />
Não há indicação <strong>de</strong> que tivesse uma mensagem <strong>de</strong> advertência ou <strong>de</strong> juízo para liberar seu<br />
próprio povo (2 Rs 14.25).<br />
O sermão <strong>de</strong> Jonas aos ninivitas não foi senão adulação. O juízo e a con<strong>de</strong>nação para esta<br />
cida<strong>de</strong> estrangeira está resumido <strong>no</strong> tema: "Daqui a quarenta dias Nínive será <strong>de</strong>struída". Quando<br />
finalmente ele completou esta afirmação, registrou suas experiências <strong>no</strong> livro que leva seu <strong>no</strong>me.<br />
Observe-se a seguinte breve analise:<br />
I. A viagem <strong>de</strong> Jonas para o oeste, num itinerário<br />
<strong>de</strong> ida e volta Jn 1.1-2.10<br />
II. Uma missão <strong>de</strong> predicação com êxito Jn 3.1-10<br />
III. A lição para Jonas Jn 4.1-11<br />
Jonas foi divinamente comissionado para ir a Nínive, uma <strong>de</strong>sagradável missão para um<br />
<strong>israel</strong>ita. Durante os tempos <strong>de</strong> Jeú, Israel tinha pagado tributo ao rei assírio Salmaneser III. Jonas<br />
conhecia o sofrimento a qual a Síria estava sujeita, repelindo os ataques recentes dos assírios. Por<br />
que <strong>de</strong>veria expor-se a tão perigosa missão? As atrocida<strong>de</strong>s dos assírios, que mais tar<strong>de</strong><br />
aterrorizaram as nações em sua missão a Tiglate-Pileser III, po<strong>de</strong>m ter sido praticadas naquele<br />
tempo. <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ponto <strong>de</strong> vista huma<strong>no</strong>, Assíria era o último lugar que um <strong>israel</strong>ita teria escolhido<br />
para uma aventura missionária.<br />
Jonas começou sua viagem numa direção oposta. Em Jope, abordou um barco que se dirigia ao<br />
Mediterrâneo oci<strong>de</strong>ntal, ao porto <strong>de</strong> Târsis. Em rota para seu <strong>de</strong>sti<strong>no</strong>, uma tormenta <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
magnitu<strong>de</strong> encheu <strong>de</strong> alarme os corações da tripulação, ainda que o mal tempo não fosse coisa<br />
<strong>de</strong>sconhecida para eles. Enquanto Jonas dormia, os marinheiros atacados <strong>de</strong> pânico esvaziaram o<br />
barco e apelaram a seus <strong>de</strong>uses. Jonas foi convidado a levantar-se e a unir-se a suas orações<br />
pagãs. Os passageiros restantes <strong>de</strong>cidiram que Jonas era o responsável <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>sgraça.<br />
Temerosos da ira divina, o lançaram pela borda. Imediatamente cessou a tormenta e prevaleceu<br />
557 Ver André Parrot, Samaría, the capital of Kingdom of Israel (Londres: SMC Press, 1958).<br />
558 Correntemente, um tratamento popular do livro <strong>de</strong> Jonas é para compreendê-lo como um conto curto para propaganda<br />
religiosa, talvez <strong>no</strong> século IV a.C. Ver B. W. An<strong>de</strong>rson, Un<strong>de</strong>rstanding the Old Testament (Englewoods Cliffs, 1957), pp.<br />
503-504. Para um tratamento mais elaborado, ver R. H. Pfeiffer, Introduction to the Old Testament, p. 587ss. Aage Bentzen,<br />
Introduction to the Old Testament, Vol. II (2.a ed., 1952), pp. 144-147 e ss. o consi<strong>de</strong>ram, com Bewer, como una<br />
parábola. Para uma <strong>de</strong>fesa do livro <strong>de</strong> Jonas como registro histórico, ver A. Ch. Aal<strong>de</strong>rs, The problem of the Book of Jonah<br />
(Londres: Tyndale Press, 1948) e E. J. Young, An Introduction to the Old Testament, pp. 254-258. Para uma representativa<br />
interpretação histórica, ver Frank E. Gaebelein, The Servant and the Dove (Nova York: Our Hope Press, 1946), pp.<br />
143. Keil e Delitzsch, Commentary on the Minar Prophets, Vol. I., pp. 379-417. The Minar Prophets, Vol. I, (Nova York:<br />
Funk and Wagnalls, 1885), pp. 371-427.<br />
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