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Em relação com a aliança, o amor <strong>de</strong> Israel por Deus tinha vacilado constantemente.<br />
Repetidamente, Deus havia tratado <strong>de</strong> fazer voltar seu povo <strong>de</strong> seus caminhos errados, ao<br />
enviar os profetas para chamar sua atenção. Em outras ocasiões, Ele a tinha visitado com<br />
calamida<strong>de</strong>s e juízos. Ainda persistia em substituir as ofertas pelo verda<strong>de</strong>iro amor e a lealda<strong>de</strong>.<br />
Quando Deus tiver revivido a Israel após seu castigo, que acharia? Ações más, enga<strong>no</strong>, roubo,<br />
bebedices —tudo isso era nauseabundo para Deus, como um bolo a meio cozer. Ninguém em<br />
Israel buscava realmente a Deus. Efraim era <strong>de</strong>masiado orgulhosa. Agindo como uma pomba<br />
facilmente enganada, os oficiais buscavam a segura ajuda do Egito ou da Assíria pela diplomacia,<br />
esperando assim fugir do juízo <strong>de</strong> Deus. em vez <strong>de</strong> confiar em Deus, continuavam manifestando<br />
sua <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> Baal. que podia fazer Deus, senão executar a sentença contra o povo infiel e<br />
ingrato!<br />
Outra acusação contra Israel era que os reis tinham sido entronizados sem a aprovação <strong>de</strong><br />
Deus. Fazendo ídolos, o povo tinha-se afastado e <strong>de</strong>sprezado o Decálogo, que claramente limitava<br />
seu pacto e lealda<strong>de</strong> a Deus, quem os libertou da escravidão do Egito 583 . Além disso tudo, a<br />
multiplicação <strong>de</strong> altares e sacrifícios não resultava agradável a Deus, entretanto que não estava<br />
acompanhada das <strong>de</strong>vidas atitu<strong>de</strong>s. A hipocrisia religiosa <strong>de</strong> Israel era patente para Deus <strong>no</strong>s dias<br />
<strong>de</strong> Oséias. A causa <strong>de</strong> sua evi<strong>de</strong>nte malda<strong>de</strong>, a morte e a <strong>de</strong>struição aguardavam a todo Israel. O<br />
rei seria completamente <strong>de</strong>stronado na terminação do rei<strong>no</strong> (8.1-10.15).<br />
Como po<strong>de</strong>riam o eter<strong>no</strong> amor <strong>de</strong> Deus e sua justiça para com o Israel rebel<strong>de</strong> serem<br />
resolvidos? Po<strong>de</strong>ria Deus abandonar por completo e esquecer-se <strong>de</strong> seu povo? A solução a este<br />
problema se dá em 11.1-14.9. Israel era o filho <strong>de</strong> Deus 584 . No Egito, Deus tinha confirmado sua<br />
aliança com os <strong>israel</strong>itas e os havia redimido <strong>de</strong> sua escravidão. Como um pai cria com carinho a<br />
seu filho vacilante, o provê em todas suas necessida<strong>de</strong>s e lhe outorga seu amor sem medida,<br />
assim Deus tinha-se cuidado continuamente <strong>de</strong> Israel. Agora, o povo tinha pecado e estava na<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receber a correspon<strong>de</strong>nte disciplina o castigo <strong>de</strong>veria chegar, mas não voltariam<br />
ao Egito. Assíria era <strong>de</strong>signada como a terra do exílio 585 . Ainda lutando com o problema do amor<br />
compassivo para com um filho <strong>de</strong>scaminhado e contumaz, a mensagem profética faz uma<br />
transição <strong>de</strong>s<strong>de</strong> uma ameaça a uma promessa pela questão <strong>de</strong> "Como po<strong>de</strong>rei abandonar-te, oh,<br />
Efraim?". O problema é resolvido ao enviar a Israel ao exílio com a segurida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que retornará.<br />
Tanto Judá como Efraim são culpáveis <strong>de</strong> confiar <strong>no</strong> Egito e na Assíria, procurando ajuda. Israel<br />
tem provocado a ira <strong>de</strong> Deus e se convertido em repreensão para Ele. Por um tempo, irá à nação<br />
como um leão <strong>de</strong>vorador para executar a sentença <strong>de</strong>cretada sobre ela. Isto não po<strong>de</strong> ser<br />
alterado, porém <strong>no</strong> futuro, Deus será sua ajuda. Esta promessa proporciona a Israel consolo, e<br />
será como uma baliza durante os escuros dias do exílio.<br />
Para seu povo, Oséias dá uma simples fórmula para que volte a Deus: abandonar os ídolos,<br />
transferir sua fé e confiança da Assíria a Deus, e confessar suas iniqüida<strong>de</strong>s. Somente em Deus<br />
acharão a misericórdia os que estão abandonados pelo Pai (14.1-4).<br />
A última esperança é a restauração <strong>de</strong> Israel. O dia chegará em que os ídolos serão<br />
abandonados e a <strong>de</strong>voção para Deus terá uma plenitu<strong>de</strong> piedosa. Restaurada em sua própria<br />
terra, Israel gozará mais uma vez da prosperida<strong>de</strong> material e das bênçãos divinas.<br />
583 Ver as advertências dadas por Moisés em Dt 28.15-68.<br />
584 Aqui Deus é representado como um pai que tem compaixão e que ama seu filho, enquanto previamente a aliança entre<br />
Deus e Israel está figuradamente expressada por um laço matrimonial.<br />
569 Compárese la versión Cipria<strong>no</strong> <strong>de</strong> Valera (1960) y KSV en Os. 11:5. La primera sigue el texto hebreo,<br />
diciendo «No volverá a tierra <strong>de</strong> Egipto». La última, omite el «<strong>no</strong>» siguiendo el texto griego.<br />
585 Compare-se a versão Cipria<strong>no</strong> <strong>de</strong> Valera (1960) e a KSV em os 11.5. A primeira segue o texto hebraico, dizendo "Não<br />
voltará à terra do Egito". A última omite o "não", seguindo o texto grego.<br />
(Nas versões portuguesas, figura: "Acaso não voltarão ao Egito...?" na NVI [interrogativo], e "Não voltará para a terra do<br />
Egito" [negativo], nas versões ACF e PJFA. - N. da T.)<br />
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