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a historia de israel no antigo testamento

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Como guia para ulterior consi<strong>de</strong>ração da mensagem <strong>de</strong> Habacuque, po<strong>de</strong> ver-se a seguinte<br />

perspectiva:<br />

I. Por que Deus permite a violência? Hq 1.1-4<br />

II. Deus levanta os cal<strong>de</strong>us para castigar Judá Hq 1.5-11<br />

III. Por que <strong>de</strong>veriam os malvados castigar os justos? Hq 1.12-2.1<br />

IV. A vida justa pela fé e a esperança Hq 2.2-4<br />

V. Denúncia da injustiça Hq 2.5-20<br />

VI. Um salmo <strong>de</strong> louvor 597 Hq 3.1-19<br />

Habacuque se sente turvado pelos males que prevalecem em sua geração. Impera a injustiça, a<br />

violência e a <strong>de</strong>struição continuam, a Torá é ig<strong>no</strong>rada, e a respeito disto o profeta apela<br />

impacientemente a Deus; porém, nada muda. Por quanto tempo ig<strong>no</strong>rará Deus sua oração e<br />

tolerará tais condições?<br />

A resposta <strong>de</strong> Deus está em marcha; os ru<strong>de</strong>s e impetuosos cal<strong>de</strong>us estão se aproximando.<br />

Rápidos em seu avanço, espalham o terror com a captura <strong>de</strong> <strong>no</strong>vas terras, a <strong>de</strong>struição das<br />

fortalezas e a supressão dos reis. Deus está permitindo a esses ferozes conquistadores que levem<br />

a justiça a Judá (1.5-11).<br />

Utiliza Deus os malvados para castigar os infiéis em Judá? É que não são os ofensores entre o<br />

povo <strong>de</strong> Deus —não importa o quão culpáveis sejam— ainda melhores que os brutos idólatras<br />

proce<strong>de</strong>ntes da Babilônia? Habacuque imagina se a revelada natureza <strong>de</strong> Deus como santa e justa<br />

e as atuais condições dos pagãos invasores, garantem realmente a acusação <strong>de</strong> que Deus permita<br />

isso. turvado e perplexo porque Deus tem or<strong>de</strong>nado aos cal<strong>de</strong>us que executem seu juízo,<br />

Habacuque espera impaciente a resposta (1.12-2.1).<br />

O profeta é convidado a registrar a revelação. Esta divina mensagem é tão significativa que<br />

<strong>de</strong>veria ser preservada para futuras consi<strong>de</strong>rações. A predição é certeira em seu cumprimento,<br />

embora o tempo não tenha chegado ainda. Simples e, contudo, profundo, é o básico princípio<br />

aqui expressado: o justo <strong>de</strong>verá viver em sua fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> 598 . Por contraste, a nação opressora será<br />

<strong>de</strong>pois visitada com a maldição. A fé em Deus é a pedra <strong>de</strong> toque da perseverança numa vida <strong>de</strong><br />

fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>.<br />

Olhando em volta, Habacuque vê uma vívida <strong>de</strong>monstração dos males que prevalecem. Ele<br />

enumera aqueles que são soberbos e seguros em suas formas <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r:<br />

1) Os agressores injustos (2.6-8)<br />

2) Aqueles que justificam suas más ações (2.9-11)<br />

3) Os que <strong>de</strong>rramam sangue para proveito pessoal (2.12-14)<br />

4) Aqueles que <strong>de</strong>cepcionam seus vizinhos (2.15-17)<br />

5) Aqueles que confiam <strong>no</strong>s ídolos (2.18-19)<br />

Observando agudamente aquelas múltiplas manifestações <strong>de</strong> presunção a respeito <strong>de</strong>le,<br />

Habacuque encontra alívio na realização <strong>de</strong> que o Senhor está em seu santo templo.<br />

Imediatamente será pronunciado o solene aviso <strong>de</strong> que toda a terra <strong>de</strong>veria guardar silêncio<br />

diante dEle.<br />

Esses pensamentos evocam um salmo <strong>de</strong> louvor dos lábios do profeta. Conhecidas para ele são<br />

as gran<strong>de</strong>s obras <strong>de</strong> Deus em épocas passadas. Com uma chamada para que Deus se lembre <strong>de</strong><br />

sua misericórdia em sua ira, Habacuque implora dEle que fala <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo conhecer seus po<strong>de</strong>rosos<br />

feitos. Deus manifestou sua glória e utilizou a natureza para levar a salvação a seu povo <strong>de</strong> Israel<br />

597 Para discussão sobre Habacuque 3, como uma unida<strong>de</strong> separada, ver Pfeiffer, op. cit., pp. 597-600. O comentário dos<br />

rolos do Mar Morto discute somente os dois primeiros capítulos. Para um tratamento por W. F. Albright, que consi<strong>de</strong>ra a<br />

totalida<strong>de</strong> do livro como "substancialmente o trabalho <strong>de</strong> um simples autor", ver seu artigo "The Psalm of Habatkuk", en<br />

Studies in Old Testament Prophecy, H. H. Rowley ed., pp. 1-18.<br />

598 O pro<strong>no</strong>me hebraico é ambíguo. A LXX lê "por minha fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>", sugerindo que os justos viverão porque Deus tem<br />

essa divina faculda<strong>de</strong>. O uso <strong>no</strong> Novo Testamento reduz "fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>" a "fé". Comparar Rm 1.17, Gl 3.11, Hb 10.38. (N. da<br />

T.: a ACF e a PJFA portuguesas mencionam "fé", enquanto a NVI utiliza "fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>").<br />

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