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<strong>de</strong> Judá, conduziu as forças da Ásia Oci<strong>de</strong>ntal contra o po<strong>de</strong>roso avanço assírio 235 . Nas crônicas<br />
assírias, Menaém está citado como tendo sido reposto <strong>no</strong> tro<strong>no</strong> sobre a condição <strong>de</strong> que pagasse<br />
tributos 236 . Embora o tempo exato para este pagamento não possa ser estabelecido, Thiele<br />
avança a idéia em favor <strong>de</strong> que os começos da campanha <strong>no</strong> <strong>no</strong>roeste coincidissem com o fim do<br />
a<strong>no</strong> do reinado <strong>de</strong> Menaém 237 . Pacificado por estas concessões, Pul voltou à Assíria e Menaém<br />
morreu em paz, com seu filho ostentando a li<strong>de</strong>rança do Rei<strong>no</strong> do Norte.<br />
• Pecaías<br />
(741-739 a.C.). Pecaías seguiu a política <strong>de</strong> seu pai. Continuando na recolhida <strong>de</strong> tributos como<br />
vassalo da Assíria, Pecaías <strong>de</strong>ve ter achado uma forte resistência <strong>de</strong> seu próprio povo. Muito<br />
verossimilmente, Peca se ergueu como campeão em favor do movimento para rebelar-se contra a<br />
Assíria, e foi o responsável do assassinato <strong>de</strong> Pecaías.<br />
• Peca<br />
(739-731 a.C.). O reinado <strong>de</strong> oito a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Peca marcou um período tanto <strong>de</strong> crise nacional como<br />
internacional. Embora a Síria, com sua capital em Damasco, possa ter estado submetida à Israel<br />
<strong>no</strong>s dias <strong>de</strong> Jeroboão II, se assegurou a si mesmo sob o mando <strong>de</strong> um <strong>no</strong>vo rei, Rezim, durante<br />
este período <strong>de</strong> <strong>de</strong>clive <strong>de</strong> Israel. Tendo como inimigo comum os assírios, Peca se encontrou<br />
apoiado em sua política antiassíria por Rezim. Enquanto os assírios estavam principalmente<br />
ocupados com uma campanha militar em Urartu (737-735 a.C.), estes dois reis se propuseram<br />
tentar uma sólida aliança oci<strong>de</strong>ntal para enfrentar os assírios.<br />
Em Judá, a corrente pró-assíria aparentemente teve êxito (735 a.C.), colocando a Acaz ao<br />
frente do gover<strong>no</strong>, incluso ainda quando Jotão vivia ainda. Conseqüentemente, resistiu pressões<br />
<strong>de</strong> Israel e da Síria para cooperar com eles contra a Assíria. Em 734, Tiglate-Pileser III invadiu os<br />
filisteus. Acaz pô<strong>de</strong> ter apelado aos assírios para que o aliviassem da pressão filistéia (2 Cr 28.16-<br />
21), ou talvez já fosse tributário <strong>de</strong> Tiglate-Pileser. Unger sugere que foi durante esta invasão<br />
filistéia quando os assírios tomaram cida<strong>de</strong>s <strong>no</strong> Rei<strong>no</strong> do Norte (2 Rs 15.29) 238 . A pressão sírio<strong>israel</strong>ita<br />
sobre Judá termi<strong>no</strong>u em luta verda<strong>de</strong>ira, conhecida como a guerra Sírio-Efrainita (2 Rs<br />
16.5-9; 2 Cr 28.5-15; Is 7.1-8.8). Os exércitos sírios marcharam contra o Elate para recuperar esse<br />
porto <strong>de</strong> mar das mãos Judá para os edomitas, os que indubitavelmente apoiaram a coalizão<br />
contra a Assíria. Embora Jerusalém estava assediada e os cativos proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Judá eram<br />
levados a Samaria e a Damasco, o Rei<strong>no</strong> do Sul não estava subjugado nem obrigado nesta aliança<br />
antiassíria.<br />
Dois importantes acontecimentos afetaram a retirada das forças invasoras proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />
Judá. Quando os cativos eram levados à Samaria, um profeta chamado O<strong>de</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>clarou que aquilo<br />
era um juízo divi<strong>no</strong> sobre Judá e advertiu os <strong>israel</strong>itas da ira <strong>de</strong> Deus.<br />
Graças à pressão dos príncipes e <strong>de</strong> uma assembléia <strong>israel</strong>ita, os cativos foram <strong>de</strong>ixados em<br />
liberda<strong>de</strong> pelos oficiais do exército.<br />
Outro fato importante foi que Acaz recusou ce<strong>de</strong>r às <strong>de</strong>mandas sírio-efraimitas, apelando<br />
diretamente a Tiglate-Pileser em <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> auxílio. O rei assírio tinha formulado sem dúvida<br />
seus pla<strong>no</strong>s para subjugar a terra do oeste. Tal convite o estimulou para entrar logo em ação.<br />
Damasco se converteu <strong>no</strong> ponto focal do ataque nas campanhas <strong>de</strong> 733 e 732 a.C., e Tiglate-Pileser<br />
blasona ter tomado 591 cida<strong>de</strong>s nesta zona síria, seguido pela capitulação <strong>de</strong> Damasco, <strong>no</strong> 732.<br />
Síria ficou impotente para po<strong>de</strong>r intervir ou obstaculizar o avanço da Assíria para o oeste. Durante<br />
o século seguinte, Damasco e suas províncias, que por duzentos a<strong>no</strong>s tinham constituído o rei<strong>no</strong><br />
influente da Síria, ficaram submetidos ao controle da Assíria.<br />
235 Ver Wright, op. cit., p. 161.<br />
236 Ver Winton Thomas, "Documents from Old Testament Times" (Nova York: Nelson & ), 1958, pp. 53- 58.<br />
237 Thiele, op. cit., pp. 75-98.<br />
238 Unger, op. cit., p. 100.<br />
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