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juízo po<strong>de</strong>ria ser dificilmente restringido a Edom. Muitas outras nações foram culpáveis <strong>de</strong><br />
ofen<strong>de</strong>rem a Sião.<br />
A glória <strong>de</strong> Sião, como está <strong>de</strong>senhada em 35, permite um esperançador contraste com os<br />
horríveis juízos <strong>de</strong> Deus sobre as nações pecadoras. Os que restem voltarão à terra prometida,<br />
que tem sido transformada <strong>de</strong> um <strong>de</strong>serto num país <strong>de</strong> abundância. Deus tem remido seus justos<br />
das garras dos opressores e os retornará a Sião para que gozem <strong>de</strong> uma felicida<strong>de</strong> imperecível.<br />
Sião triunfará sobre todas as nações.<br />
VI. O juízo <strong>de</strong> Jerusalém <strong>de</strong>morado Is 36.1-39.8<br />
Miraculosa liberação da Assíria Is 36.10-37.38<br />
A recuperação <strong>de</strong> Ezequias e salmo <strong>de</strong> louvor Is 38.1-22<br />
Predição do cativeiro da Babilônia Is 39.1-8<br />
Estes capítulos 462 têm sido várias vezes etiquetados com o <strong>no</strong>me <strong>de</strong> "O livro <strong>de</strong> Ezequias". O<br />
rei <strong>de</strong> Judá é confrontado com o ultimado <strong>de</strong> ren<strong>de</strong>r Jerusalém aos assírios.<br />
Oralmente assim como por escrito, Senaqueribe, trata <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconcertar a Ezequias e seu povo,<br />
acossando-os a respeito <strong>de</strong> confiarem <strong>no</strong> Egito ou em Deus para sua libertação. Sarcasticamente,<br />
o rei assírio oferece a Ezequias dois mil cavalos se ele tem cavalheiros para montá-los.<br />
Fazendo uma lista com a série <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s conquistadas cujos <strong>de</strong>uses não ajudaram em nada,<br />
Senaqueribe afirma que ele está enviado por Deus, e que a oração pelo restante <strong>de</strong> Judá é ridícula.<br />
Ezequias se refugia na oração, esten<strong>de</strong>ndo literalmente a carta diante <strong>de</strong>le, conforme apela a<br />
Deus para sua libertação 463 . Isaias anuncia <strong>de</strong>cididamente e com valentia a segurida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Jerusalém. Inclusive quando a presença dos assírios tenha entorpecido a ceifa das safras para sua<br />
próxima colheita, os invasores serão expulsos a tempo para ceifar o que tenha crescido da<br />
semeadura.<br />
A terrível doença <strong>de</strong> Ezequias acontece, aparentemente, durante este período <strong>de</strong> pressão<br />
internacional. Quando Isaias o adverte que se prepare para a morte, Ezequias ora seriamente,<br />
recebendo a segurida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parte <strong>de</strong> Isaias <strong>de</strong> que sua vida será estendida a quinze a<strong>no</strong>s mais. A<br />
liberação da ameaça assíria chega simultaneamente. O sinal confirmatório é o miraculoso retor<strong>no</strong><br />
da sombra sobre o relógio <strong>de</strong> sol que Acaz tinha obtido provavelmente da Assíria, mediante seus<br />
contatos pessoais com Tiglate-Pileser 464 . Em sinal <strong>de</strong> gratidão por sua liberação pessoal e a<br />
recuperação <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong>, Ezequias respon<strong>de</strong> com um salmo <strong>de</strong> louvor.<br />
As felicitações por seu restabelecimento lhe chegam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua embaixada na Babilônia,<br />
enviadas por Merodaque-Baladã. A cordial recepção <strong>de</strong> Ezequias dos babilônicos é a ocasião para<br />
uma significativa predição. A indagação <strong>de</strong> Isaias implica esperanças <strong>de</strong> que os babilônicos<br />
ajudariam a Judá a <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>r-se da supremacia assíria. Em simples, embora firmes palavras, o<br />
profeta adverte a Ezequias que os tesouros serão levados à Babilônia e que seus filhos servirão<br />
como eunucos <strong>no</strong>s palácios babilônicos. Inclusive <strong>no</strong> apogeu do po<strong>de</strong>r da Assíria, Isaias prediz o<br />
cativeiro da Babilônia para Judá, 75 a<strong>no</strong>s antes dos dias da supremacia da Babilônia.<br />
Ainda que a situação internacional (por volta do 700 a.C.) possa ter garantido um prognóstico<br />
da capitulação <strong>de</strong> Judá ao po<strong>de</strong>r da assembléia, Isaias especificamente prediz o exílio <strong>de</strong> Judá na<br />
Babilônia. Seu cumprimento não está datado além da <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> que aconteceria<br />
subseqüentemente ao reinado <strong>de</strong> Ezequias.<br />
VII. A promessa da divina liberação Is 40.1-56.8<br />
462 Embora Kissane, op. cit. Vol. I, p. 395, mantém a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Isaias, os capítulos 35-39 foram originalmente compilados<br />
pelo autor <strong>de</strong> Reis. Ele a<strong>no</strong>ta a J. Benbauer, Commentarius in Isaiam Prophetam, ed. F. Zorrell, 1922 e N. Schlogl,<br />
Das <strong>de</strong>s Propheten Jesaía (Viena, 1915), como os eruditos que apóiam a origem <strong>de</strong>stes capítulos como <strong>de</strong> Isaias, que são<br />
sobre Ezequias, mais tar<strong>de</strong> incorporados em 2 Reis.<br />
463 Para uma provável seqüência cro<strong>no</strong>lógica dos acontecimentos registrados aqui, ver páginas 208-210.<br />
464 Ver Kissane, op. cít., e como referência, Is 38.7-8.<br />
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