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Além disso, Esdras recebeu po<strong>de</strong>res para confiscar as proprieda<strong>de</strong>s e encarcerar ou executar a<br />
qualquer dos que não estiverem conformes.<br />
Artaxerxes fez um generoso apoio financeiro, aprovisionando a missão <strong>de</strong> Esdras.<br />
Generosas contribuições reais, ofertas feitas por livre vonta<strong>de</strong> pelos próprios exilados e vasos<br />
sagrados, foram entregues a Esdras para o templo <strong>de</strong> Jerusalém. Artaxerxes tinha tal confiança<br />
em Esdras que lhe entregou um cheque em branco contra o tesouro real para qualquer coisa que<br />
estimasse necessária <strong>no</strong> serviço do templo. Os governadores provinciais situados além do<br />
Eufrates receberam a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> subministrara Esdras em dinheiro e alimentos, sob advertência <strong>de</strong><br />
que a família real cairia sob o castigo da ira divina do Deus <strong>de</strong> Israel. Para maior vantagem ainda,<br />
todos aqueles que estivessem <strong>de</strong>dicados ao serviço do templo —cantores, servos, porteiros,<br />
guardiões e sacerdotes—, ficaram isentos <strong>de</strong> tributos.<br />
Reconhecendo o favor <strong>de</strong> Deus e alentado pelo cordial e generoso apoio <strong>de</strong> Artaxerxes, Esdras,<br />
reuniu os chefes <strong>de</strong> Israel sobre as margens do rio Aava <strong>no</strong> primeiro dia <strong>de</strong> Nisã 393 . Quando Esdras<br />
percebeu que os levitas estavam ausentes, <strong>no</strong>meou uma <strong>de</strong>legação para chamar a Ido em Casifia<br />
394 . Em resposta, 40 levitas e 220 servos do templo se reuniram à emigração.<br />
Ante o grupo expedicionário <strong>de</strong> 1800 homens e suas famílias, Esdras confessou candidamente<br />
que estava envergonhado <strong>de</strong> pedir ao rei a proteção da policia. Jejuando e orando, apelou a Deus<br />
para sua divina proteção, ao começar a longa e traiçoeira viagem <strong>de</strong> quase 160 km, até Jerusalém.<br />
A marcha começou <strong>no</strong> décimo segundo dia <strong>de</strong> Nisã. Três meses e meio mais tar<strong>de</strong>, <strong>no</strong> primeiro<br />
dia <strong>de</strong> Ab, chegaram a Jerusalém. Após que os sacerdotes e levitas comprovaram os tesouros e os<br />
vasos sagrados proce<strong>de</strong>ntes da Babilônia <strong>no</strong> templo, os exilados que tinham retornado ao lar<br />
pátrio apresentaram elaboradas ofertas <strong>no</strong> átrio. A seu <strong>de</strong>vido tempo, os sátrapas e governadores<br />
<strong>de</strong> toda a Síria e Palestina asseguraram a Esdras o aporte <strong>de</strong> sua ajuda e apoio para o estado<br />
ju<strong>de</strong>u.<br />
A reforma em Jerusalém<br />
Um comitê local <strong>de</strong> oficiais informou a Esdras que os <strong>israel</strong>itas eram culpados <strong>de</strong> ter-se casado<br />
com habitantes pagãos. Entre os participantes havia inclusive chefes religiosos e civis. Esdras não<br />
se <strong>de</strong>sgarrou suas vestes em sinal <strong>de</strong> seu profundo <strong>de</strong>sgosto, também arrancou seus cabelos para<br />
expressar sua indignação moral e sua ira. Surpreendido e aturdido, sentou-se <strong>no</strong> átrio do templo,<br />
enquanto o povo temia as conseqüências que se amontoavam em sua volta. Ao tempo do<br />
sacrifício do entar<strong>de</strong>cer, Esdras se levantou <strong>de</strong> seu jejum e, com as vestes rasgadas, se ajoelhou<br />
em oração, confessando audivelmente o pecado <strong>de</strong> Israel.<br />
Uma gran<strong>de</strong> multidão se uniu a Esdras enquanto orava e chorava publicamente. Secanias,<br />
falando pelo povo, sugeriu que existia a esperança para eles numa <strong>no</strong>va aliança, e assegurou a<br />
Esdras todo seu apoio para suprimir todos os males sociais. Imediatamente, Esdras emitiu um<br />
juramento <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> dos chefes do povo.<br />
Retirando-se à câmara <strong>de</strong> Joanã pela <strong>no</strong>ite 395 , Esdras continuou jejuando, orando e levando<br />
luto pelos pecados <strong>de</strong> seu povo. mediante uma proclama por todo o país, o povo foi citado com<br />
urgência, sob pena <strong>de</strong> excomunhão e perda dos direitos <strong>de</strong> suas proprieda<strong>de</strong>s, a reunir-se em<br />
Jerusalém <strong>no</strong> termo <strong>de</strong> três dias. No vigésimo dia do mês <strong>de</strong> Kislev, se reuniram na praça<br />
quadrada diante do templo.<br />
Esdras se dirigiu à trêmula congregação e lhe fez saber da gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua ofensa.<br />
393 Aava era ou bem um rio ou um canal na Babilônia, sem dúvida perto do Eufrates, que nunca tem sido especificamente<br />
i<strong>de</strong>ntificado em tempos mo<strong>de</strong>r<strong>no</strong>s.<br />
394 Casifia, muito provavelmente era um centro <strong>de</strong> ju<strong>de</strong>us exilados, talvez na vizinhança <strong>de</strong> Babilônia; porém, não tem<br />
sido i<strong>de</strong>ntificada <strong>no</strong> presente.<br />
395 Keil, em su Commentary sobre Esdras 10:6, concorda que nada ulterior é conhecido a respeito <strong>de</strong> Joanã, o filho <strong>de</strong><br />
Eliasibe, já que ambos <strong>no</strong>mes eram completamente comuns. Esta câmara po<strong>de</strong> ter sido citada após que Eliasibe a mencio<strong>no</strong>u<br />
em 1 Cr 24.12. aqueles que datam Esdras num período mais tardio, i<strong>de</strong>ntificam esta referência com Eliasibe, que<br />
serviu como sumo sacerdote <strong>no</strong> 432, quando Neemias voltou por segunda vez a Jerusalém, e a Joanã, que suce<strong>de</strong>u a seu<br />
pai como sacerdote. Ver Albright, The Biblical Períod, p. 64, <strong>no</strong>ta 133.<br />
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