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ma<strong>de</strong>ira do jugo, porém Deus as têm substituído por barras <strong>de</strong> ferro, que serão a escravidão <strong>de</strong><br />
todas as nações.<br />
Hananias é advertido que por sua falsa profecia morrerá antes que acabe o a<strong>no</strong>. No sétimo mês<br />
daquele mesmo a<strong>no</strong>, o funeral <strong>de</strong> Hananias, sem dúvida foi a pública confirmação da veracida<strong>de</strong><br />
da mensagem <strong>de</strong> Jeremias.<br />
Inclusive os chefes que estão entre os exilados causam a Jeremias problemas sem fim. Sua<br />
preocupação pelos cativos da Babilônia está expressada numa carta enviada com Elasa e<br />
Gemarias 483 . Estes proeminentes cidadãos <strong>de</strong> Jerusalém foram enviados por Ze<strong>de</strong>quias a<br />
Nabucodo<strong>no</strong>sor, sem dúvida, para assegurar a lealda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Judá, incluso enquanto a rebelião<br />
estava sendo planejada em Jerusalém. Em sua carta, Jeremias adverte aos exilados que não<br />
acreditem <strong>no</strong>s falsos profetas que predicam um retor<strong>no</strong> em breve. Os lembra que o cativeiro<br />
durará setenta a<strong>no</strong>s. incluso prediz que Ze<strong>de</strong>quias e Acabe, dois os falsos profetas, serão<br />
arrestados e executados por Nabucodo<strong>no</strong>sor.<br />
A carta <strong>de</strong> Jeremias inicia uma ulterior correspondência (29.24-32). Semaías, um dos lí<strong>de</strong>res na<br />
Babilônia que está planejando um rápido retor<strong>no</strong> a Jerusalém, escreve a Sofonias, o sacerdote,<br />
administrador do templo. Repreen<strong>de</strong> a Sofonias por não censurar a Jeremias, e lhe adverte que<br />
confine o profeta <strong>no</strong> cepo por escrever aos exilados. Quando Jeremias ouve a leitura <strong>de</strong>ssa carta,<br />
<strong>de</strong>nuncia a Semaías e indica que nenhum <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes participará das bênçãos da<br />
restauração.<br />
III. A promessa da restauração Jr 30.1-33.26<br />
O restante é restaurado. Uma <strong>no</strong>va aliança Jr 30.1-31.40<br />
A compra <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s por Jeremias Jr 32.1-44<br />
Cumprimento da aliança davídica Jr 33.1-26<br />
Jeremias, especificamente, assegura a Israel sua restauração. Os exilados serão <strong>de</strong>volvidos a<br />
sua própria terra para servirem a Deus sob um governante <strong>de</strong>signado como "Davi seu rei" (30.9).<br />
Quando Deus <strong>de</strong>strua todas as nações, Israel será restaurada após um período <strong>de</strong> castigo.<br />
Deus, que em espalhado Israel, levará <strong>de</strong> volta a Sião tanto a Judá como a Israel, numa <strong>no</strong>va<br />
aliança (31.31).<br />
Nesta <strong>no</strong>va relação, a lei será inscrita em seus corações e todos conhecerão a Deus com a<br />
certeza <strong>de</strong> que seus pecados têm sido perdoados. Tão certo como as luminárias dos céus estão<br />
em seus orbes fixados, assim é certa a promessa da restauração <strong>de</strong> Deus para sua nação, Israel.<br />
As futuras esperanças <strong>de</strong> restauração estão mais realisticamente impressas sobre Jeremias (32)<br />
durante o assédio <strong>de</strong> Babilônia a Jerusalém <strong>no</strong> 587 a.C. Enquanto está confinado <strong>no</strong> átrio da<br />
guarda, ele é divinamente instruído para adquirir uma parcela <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> em Anatote,<br />
proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> seu primo Hanameel. Quando este último aparece com a oferta, Jeremias compra<br />
logo o campo. Com meticuloso cuidado, o dinheiro é pesado, o documento da compra se faz por<br />
duplicado, é assinado e selado com testemunhas. Baruque, então, escreve instruções <strong>de</strong> colocar o<br />
original e a cópia em vasos <strong>de</strong> barro para maior segurida<strong>de</strong> 484 . Às testemunhas e aos<br />
observadores, esta transação <strong>de</strong>ve ter-lhes parecido a coisa mais ridícula. Quem po<strong>de</strong>ria será tão<br />
ingênuo como para comprar uma proprieda<strong>de</strong> quando a cida<strong>de</strong> estava a ponto <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>struída?<br />
Mais surpreen<strong>de</strong>nte é o fato <strong>de</strong> que Jeremias, que por quarenta a<strong>no</strong>s tinha profetizado a<br />
capitulação do gover<strong>no</strong> <strong>de</strong> Judá, adquirisse então o título <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma parcela <strong>de</strong><br />
terre<strong>no</strong>. Este ato profético tinha uma gran<strong>de</strong> significação: está <strong>de</strong> acordo com a simples promessa<br />
483 Ver Leslie, op. cit., p. 209. Elasa era o filho <strong>de</strong> Safã, secretário <strong>de</strong> Josias <strong>no</strong> estado. O irmão <strong>de</strong> Elasa, Gemarias, estava<br />
a cargo da câmara do átrio <strong>de</strong> cima <strong>no</strong> Templo on<strong>de</strong> Baruque leu a mensagem <strong>de</strong> Jeremias publicamente (36.10). o<br />
outro representante enviado por Ze<strong>de</strong>quias foi Gemarias, o filho <strong>de</strong> Hilquias, o sacerdote do reinado <strong>de</strong> Josias.<br />
484 Para uma <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong>scrição do costume <strong>de</strong> escrever em duplicado os convênios <strong>no</strong> século IV a.C., <strong>de</strong> acordo com os<br />
papiros <strong>de</strong> Elefantina, ver Volz, op. cit., e E. Sellin, Kommenlar zuñí Alten Testament, pp. 306 e ss. também está citado<br />
em Laetsch op. cit., p. 261.<br />
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