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sagrados contem e possam ser aplicados para a totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste período 261 . Por essa época, era<br />
politicamente seguro para Josias o suprimir qualquer prática religiosa que estiver associada com a<br />
vassalagem <strong>de</strong> Judá para a Assíria.<br />
Foram necessárias drásticas medidas para suprimir a idolatria do país. Após uma estimação <strong>de</strong><br />
doze a<strong>no</strong>s das condições reinantes, Josias afirmou com valentia sua real autorida<strong>de</strong> e aboliu as<br />
práticas pagas por todo Judá, tanto como nas tribos do <strong>no</strong>rte. Os altares <strong>de</strong> Baal foram<br />
<strong>de</strong>rrubados, os aserins <strong>de</strong>struídos e os vasos sagrados aplicados ao culto do ídolo, retirados.<br />
No templo, on<strong>de</strong> as mulheres teciam véus para Asera, se eliminaram também os lugares <strong>de</strong><br />
culto à prostituição. Os cavalos, que tinham sido <strong>de</strong>dicados ao Sol, foram tirados da entrada do<br />
templo e 108 carros foram <strong>de</strong>struídos pelo fogo. A horrível prática do sacrifício <strong>de</strong> crianças foi<br />
bruscamente abolida <strong>de</strong> raiz. Os altares erigidos por Manassés <strong>no</strong> átrio do templo foram<br />
esmagados e os restos, espalhados pelo vale do Cedrom. Inclusive alguns dos "lugares altos"<br />
erigidos por Salomão e que tiveram um uso corrente, foram <strong>de</strong>smanchados por Josias e tirados <strong>de</strong><br />
seu emprazamento.<br />
Os sacerdotes <strong>de</strong>dicados ao culto do ídolo foram suprimidos em seu ofício por real <strong>de</strong>creto, já<br />
que tinham atuado somente por <strong>no</strong>meação dos anteriores reis. Ao <strong>de</strong>pô-los, a queima <strong>de</strong> incenso<br />
a Baal, ao sol, à lua e às estrelas cessou por completo.<br />
Josias aproveitou o valor <strong>de</strong> todo aquilo em benefício dos ingressos do templo.<br />
Em Betel, o altar que tinha sido erigido por Jeroboão I, também foi <strong>de</strong>smanchado por Josias.<br />
Durante quase 300 a<strong>no</strong>s, este tinha sido o "lugar alto" público para as práticas idolátricas<br />
introduzidas pelo primeiro governante do Rei<strong>no</strong> do Norte. Este altar foi pulverizado e a imagem<br />
<strong>de</strong> Asera, que provavelmente tinha substituído o bezerro <strong>de</strong> ouro, foi queimada 262 . Quando os<br />
ossos do adjunto cemitério foram recolhidos para a pública purificação daquele "lugar alto",<br />
Josias comprou a existência do monumento ao profeta <strong>de</strong> Judá que tão valentemente tinha<br />
<strong>de</strong>nunciado a João Batista (1 Reis 13). Sendo informado que o homem <strong>de</strong> Deus estava sepultado<br />
ali, Josias or<strong>de</strong><strong>no</strong>u que aquele túmulo não fosse aberto.<br />
Por todas as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Samaria (<strong>no</strong> Rei<strong>no</strong> do Norte) a reforma esteve à or<strong>de</strong>m do dia. Os<br />
"lugares altos" foram suprimidos e sem sacerdotes foram arrestados por seu idolátrico ministério.<br />
O construtivo aspecto <strong>de</strong>sta reforma chegou a seu topo na reparação do templo <strong>de</strong> Jerusalém.<br />
Com as contribuições <strong>de</strong> Judá e das tribos do <strong>no</strong>rte, os levitas foram encarregados da supervisão<br />
<strong>de</strong> tal projeto. Des<strong>de</strong> os tempos <strong>de</strong> Joás —dois séculos atrás—, o templo tinha estado sujeito a<br />
longos períodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scuido, especialmente durante o reinado <strong>de</strong> Manassés.<br />
Quando Hilquias, o sumo sacerdote, começou a arrecadar fundos para a distribuição aos<br />
trabalhadores, achou o livro da lei. Hilquias o entregou a Safã, secretário do rei. O exami<strong>no</strong>u e<br />
logo o leu a Josias. O rei ficou terrivelmente turbado quando comprovou que o povo <strong>de</strong> Judá não<br />
tinha observado a lei. Imediatamente, Hilquias e os oficiais do gover<strong>no</strong> receberam or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong><br />
comunicá-lo a todos. Hulda, a profetisa resi<strong>de</strong>nte em Jerusalém, teve uma oportuna mensagem,<br />
clara e simples para todos eles: os castigos e juízos pela idolatria são inevitáveis. Jerusalém não<br />
escaparia à ira <strong>de</strong> Deus. Josias, porém, seria absolvido da angústia da <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Jerusalém, já<br />
que tinha respondido com arrependimento ao livro da lei.<br />
Sob a li<strong>de</strong>rança do rei, os anciãos <strong>de</strong> Judá, sacerdotes, levitas e o povo <strong>de</strong> Jerusalém, se<br />
reuniram para a pública leitura do livro <strong>no</strong>vamente achado. Num solene pacto, o rei Josias,<br />
apoiado pelo povo, prometeu que se <strong>de</strong>dicaria por completo à total obediência da lei.<br />
De imediato se realizaram pla<strong>no</strong>s para a fiel observância da Páscoa. Foram <strong>no</strong>meados<br />
sacerdotes para o serviço do templo, que foi restabelecido a seguir. Foi dada uma cuidadosa<br />
atenção à pauta <strong>de</strong> organização para os levitas, como estava or<strong>de</strong>nado por Davi e Salomão.<br />
O ritual da Páscoa se realizou com gran<strong>de</strong> cuidado, para conformá-lo todo com o que estava<br />
"escrito <strong>no</strong> livro <strong>de</strong> Moisés" (2 Cr 35.12). Em sua conformida<strong>de</strong> com a lei e a extensa participação da<br />
261 Ver C. F. Keil, em seu comentário sobre 2 Cr 34.<br />
262 Note-se o cumprimento da predição feita pelo profeta sem <strong>no</strong>me <strong>de</strong> Judá, em 1 Rs 13.1-3.<br />
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