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epresentava a nação inteira com quem se tinha realizado o pacto. Com este serviço <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação,<br />
os sacerdotes e os levitas iniciaram seus serviços regulares <strong>no</strong> santuário, segundo estava prescrito<br />
para eles na lei <strong>de</strong> Moisés.<br />
No mês seguinte, os ju<strong>de</strong>us observaram a Páscoa. Com as a<strong>de</strong>quadas cerimônias <strong>de</strong><br />
purificação, os sacerdotes e levitas foram preparados para oficiar na celebração <strong>de</strong>sta histórica<br />
observância. Os sacerdotes foram assim qualificados para aspergir o sangue, enquanto que os<br />
levitas matavam os cor<strong>de</strong>iros para a totalida<strong>de</strong> da congregação. Embora originalmente o cabeça<br />
<strong>de</strong> cada família mata o cor<strong>de</strong>iro da Páscoa (Êx 12.6), os levitas tinham sido <strong>de</strong>signados para esta<br />
obrigação para toda a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os dias <strong>de</strong> Josias (2 Cr 30.17), quando a maior parte do<br />
laicato não estava qualificada para fazê-lo. Deste modo, os levitas também aliviavam as<br />
extenuantes obrigações dos sacerdotes, ao oferecer os sacrifícios e aspergir o sangue (2 Cr 35.11-<br />
14).<br />
Os <strong>israel</strong>itas que ainda estavam vivendo na Palestina se uniram com os exilados que voltavam<br />
nesta alegre celebração. Separando-se das práticas pagas às quais tinham sucumbido, os <strong>israel</strong>itas<br />
re<strong>no</strong>varam sua aliança com o Deus ao qual davam culto <strong>no</strong> templo.<br />
A <strong>de</strong>dicação do templo e a observância da Páscoa na primavera do 515 a.C. marcaram uma crise<br />
histórica em Jerusalém. As esperanças dos <strong>de</strong>sterrados tinham-se realizado ao restabelecer o<br />
templo como um lugar <strong>de</strong> culto divi<strong>no</strong>. Ao mesmo tempo, eram lembrados, pela Páscoa, da<br />
re<strong>de</strong>nção da escravidão do Egito. Também gozaram, com a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> voltar à pátria,<br />
proce<strong>de</strong>ntes do exílio da Babilônia. Historicamente está i<strong>de</strong>ntificado com o reinado <strong>de</strong> Assuero ou<br />
Xerxes (485-465 a.C.), e está restringido ao bem-estar dos exilados que não voltaram a Jerusalém<br />
386 .<br />
Embora o <strong>no</strong>me <strong>de</strong> Deus não é mencionado <strong>no</strong> livro <strong>de</strong> Ester, a divina providência e o cuidado<br />
sobrenatural aparecem por toda parte. O jejum está reconhecido como uma prática religiosa. A<br />
festa do Purim, comemorando a libertação dos ju<strong>de</strong>us, encontra uma razoável explicação quando<br />
os acontecimentos <strong>no</strong> livro <strong>de</strong> Ester são reconhecidos como o fundo histórico. A referência a esta<br />
festa em 2 Mc 15.36 como o dia <strong>de</strong> Mardoqueo, indica que era observada <strong>no</strong> século II a.C. Nos dias<br />
<strong>de</strong> Josefo, o Purim era celebrado durante toda uma semana (Antiquities, XI, 6:13).<br />
O livro <strong>de</strong> Ester po<strong>de</strong> ser esquematizado da seguinte forma:<br />
I. Os ju<strong>de</strong>us na corte persa Et 1.1-2.23<br />
Vasti suprimida por Assuero Et 1.1-22<br />
Ester escolhida como rainha Et 2.1-18<br />
Mardoqueo salva a vida do rei Et 2.19-23<br />
II. A ameaça ao povo ju<strong>de</strong>u Et 3.1-5-.14<br />
O pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Hamã para <strong>de</strong>struir os ju<strong>de</strong>us Et 3.1-15<br />
Os ju<strong>de</strong>us temem o aniquilamento Et 4.1-3<br />
Mardoqueo alerta a Ester Et 4.4-17<br />
Ester arrisca a sua vida Et 5.1-14<br />
III. O triunfo dos ju<strong>de</strong>us Et 6.1-10.3<br />
Mardoqueo recebe honras reais Et 6.1-11<br />
Ester interce<strong>de</strong>: Hamã é enforcado Et 6.12-7.10<br />
Mardoqueo promovido Et 8.1-17<br />
Vingança dos ju<strong>de</strong>us Et 9.1-15<br />
A festa do Purim Et 9.16-32<br />
Mardoqueo continua em altas honras Et 10.1-3<br />
386 Para um breve tratamento da história <strong>de</strong> Ester, como edição histórica, ver o artigo intitulado "Esther", em Harper's<br />
Bible Dictionary, 9-174. Ira M. Price, "The Dramatic Story of Old Testamen"t (Nova York: Fleming H. Revell Company,<br />
1929), pp. 385-388, reconhece esta historicida<strong>de</strong>.<br />
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