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17.1-19). Como natural conseqüência, sob o mandado <strong>de</strong> Josafá o Rei<strong>no</strong> do Sul prosperou política e<br />
religiosamente.<br />
Existiam relações amistosas entre Israel e Judá. A aliança matrimonial entre a dinastia <strong>de</strong> Davi e<br />
Onri <strong>de</strong>ve ter-se realizado, verossimilmente, na primeira década do reinado <strong>de</strong> Josafá (cerca <strong>de</strong><br />
865 a.C.), já que Acazias, o filho <strong>de</strong>sta união, tinha vinte e dois a<strong>no</strong>s quando ascen<strong>de</strong>u ao tro<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />
Judá em 841 a.C. (2 Rs 8.26) 223 . Este nexo <strong>de</strong> união com a dinastia governante do Rei<strong>no</strong> do Norte,<br />
assegurou a Josafá do ataque e a invasão proce<strong>de</strong>nte do Norte.<br />
Aparentemente transcorreu mais <strong>de</strong> uma década do reinado <strong>de</strong> Josafá sem <strong>no</strong>tícias entre os<br />
primeiros dois versículos <strong>de</strong> 2 Cr 18. o a<strong>no</strong> era 853 a.C. Depois da batalha <strong>de</strong> Qarqar, na qual Acabe<br />
tinha participado na aliança síria, para opor-se à força expansiva dos assírios, acabe homenageou<br />
a Josafá muito suntuosamente em Samaria. Enquanto Acabe consi<strong>de</strong>rou a recuperação <strong>de</strong><br />
Ramote-Gilea<strong>de</strong>, que Ben-Hada<strong>de</strong>, o rei sírio, não lhe havia <strong>de</strong>volvido <strong>de</strong> acordo com o tratado <strong>de</strong><br />
Afeque, convidou a Josafá a unir-se a ele na batalha. O rei <strong>de</strong> Judá respon<strong>de</strong>u favoravelmente;<br />
porém insistiu em assegurar-se os serviços e o conselho <strong>de</strong> um verda<strong>de</strong>iro profeta. Micaías<br />
predisse que Acabe seria morto na batalha. Ao ter conhecimento daquilo, Acabe se disfarçou. Ao<br />
ser mortalmente ferido por uma flecha perdida, Josafá conseguiu escapar, voltando em paz a<br />
Jerusalém.<br />
Jeú confrontou a Josafá valentemente com as palavras do Senhor. Sua fraternização com a<br />
família real <strong>de</strong> Israel estava <strong>de</strong>sgostando o Senhor. O juízo divi<strong>no</strong> viria a seguir, sem dúvida. Para<br />
Jeú, isto foi um gran<strong>de</strong> ato <strong>de</strong> valor, já que seu pai, Hanani, tinha sido encarcerado por Asa por ter<br />
admoestado o rei. Concluindo sua mensagem, Jeú felicitou a Josafá por tirar do meio os aserins e<br />
submeter-se e buscar a Deus.<br />
Em contraste com Asa, seu pai, Josafá respon<strong>de</strong>u favoravelmente a esta admoestação.<br />
Pessoalmente foi por toda Judá, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Berseba até Efraim, para alentar o povo a voltar-se a<br />
Deus. completou esta reforma, <strong>no</strong>meando juízes em todas as cida<strong>de</strong>s fortificadas, admoestandoos<br />
a que julgassem com o temor <strong>de</strong> Deus, antes que com base em juízos particulares ou aceitando<br />
subor<strong>no</strong>s. Os casos em disputa <strong>de</strong>viam apelar-se a Jerusalém, on<strong>de</strong> os levitas, os sacerdotes e os<br />
cabeça <strong>de</strong> família importantes, tinham a seu cargo o ren<strong>de</strong>r justas <strong>de</strong>cisões 224 . Amarias, o chefe<br />
dos sacerdotes, era em última instancia responsável <strong>de</strong> todos os casos religiosos. As questões<br />
civis e crimi<strong>no</strong>sas estavam a cargo <strong>de</strong> Zebadias, o governador da casa <strong>de</strong> Judá.<br />
Pouco <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> tudo isto, Josafá se viu enfrentado a uma terrífica invasão proce<strong>de</strong>nte do<br />
su<strong>de</strong>ste. Um mensageiro informou que uma gran<strong>de</strong> multidão <strong>de</strong> amonitas e moabitas se dirigia a<br />
Judá, proce<strong>de</strong>ntes da terra do Edom, ao sul do Mar Morto. Se aquilo era o castigo implicado na<br />
predição <strong>de</strong> Jeú sobre a pen<strong>de</strong>nte ira <strong>de</strong> Deus, então se viu que Josafá tinha sabiamente<br />
preparado a seu povo 225 . Quando proclamou o jejum, o povo <strong>de</strong> todas as cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Judá<br />
respon<strong>de</strong>u imediatamente. Na <strong>no</strong>va corte do templo, o próprio rei conduziu a oração,<br />
reconhecendo que Deus lhes havia entregado a terra prometida, manifestando sua presença <strong>no</strong><br />
templo <strong>de</strong>dicado <strong>no</strong>s dias <strong>de</strong> Salomão, e prometido a liberação se se prostrassem humil<strong>de</strong>mente<br />
diante dEle. Nas simples palavras "não sabemos o que faremos; porém os <strong>no</strong>ssos olhos estão postos<br />
em ti", Josafá expressou sua fé em Deus, quando concluiu sua oração (2 Cr 20.12). Mediante<br />
Jaaziel, um levita dos filhos <strong>de</strong> Asa, a assembléia recebeu a certeza divina <strong>de</strong> que inclusive sem ter<br />
<strong>de</strong> lutar eles veriam uma gran<strong>de</strong> vitória. Em resposta, Josafá e seu povo se inclinaram e adoraram<br />
a Deus, enquanto os levitas, audivelmente, louvavam o Senhor.<br />
Na manhã seguinte, o rei conduziu seu povo pelo <strong>de</strong>serto <strong>de</strong> Tecoa e os alentou a exercer sua<br />
fé em Deus e <strong>no</strong>s profetas. Cantando louvores a Deus, o povo marchava contra o inimigo. As<br />
forças inimigas foram lançadas numa terrível confusão e se massacraram uns aos outros. O povo<br />
<strong>de</strong> Judá empregou três dias em recolher o botim e os <strong>de</strong>spojos <strong>de</strong> guerra. No quarto dia, Josafá<br />
223 Note-se que 2 Cr 22.2 dá sua ida<strong>de</strong> como <strong>de</strong> 42 a<strong>no</strong>s, porém, à luz <strong>de</strong> 2 Cr 21.20 e 2 Rs 8.17, o número 42 é um erro<br />
<strong>de</strong> transcrição.<br />
224 Para o fundo histórico <strong>de</strong>sta questão, ver Êx 18.21-22; Dt 1.13-17; 16.18-20.<br />
225 E<strong>de</strong>rshein interpreta isto como o juízo anunciado por Jeú. Ver "Bible History", Vol. VI, pp. 78.<br />
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