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Aqueles que estiveram sujeitos a realida<strong>de</strong> do exílio, foram cientes <strong>de</strong> seu passado pecado pelo<br />
qual estavam sofrendo <strong>de</strong> acordo com as advertências do profeta Isaias. Para inspirar a fé e<br />
assegurar a tranqüilida<strong>de</strong>, Isaias carrega a ênfase sobre os atributos e características <strong>de</strong> Deus.<br />
O capítulo <strong>de</strong> apertura apresenta esta promessa <strong>de</strong> liberação com um magnífico estilo.<br />
Enquanto sofre <strong>no</strong> exílio, Israel recebe a segurida<strong>de</strong> da paz e o perdão por sua iniqüida<strong>de</strong> em<br />
preparação para a revelação da glória <strong>de</strong> Deus, que será mostrada ante todo o gênero huma<strong>no</strong>,<br />
segundo Deus estabelecer seu gover<strong>no</strong> em Sião. Onipotente, eter<strong>no</strong> e infinito em sabedoria, Deus<br />
criou todas as coisas, dirige e controla todas as nações e tem um perfeito conhecimento e<br />
compreensão <strong>de</strong> Israel em seus sofrimentos. Aqueles que esperam em Deus, prosperarão. A fé <strong>no</strong><br />
Onipotente, que não po<strong>de</strong> ser comparado aos ídolos, proporciona paz e esperança.<br />
Este gráfico retrato dos infinitos recursos <strong>de</strong> Deus é um apropriado prelúdio ao majestoso<br />
<strong>de</strong>senvolvimento do tema da liberação. As freqüentes referências a Deus ao longo dos seguintes<br />
capítulos, estão baseadas na certeza <strong>de</strong> que Ele não tem limitações <strong>no</strong> cumprimento <strong>de</strong> suas<br />
promessas feitas a seu povo. em toda a passagem, os pla<strong>no</strong>s e propósitos <strong>de</strong> Deus estão<br />
intercalados com a segurida<strong>de</strong> da liberação. As palavras <strong>de</strong> tranqüilida<strong>de</strong> têm um seguro<br />
fundamento. O Senhor Deus <strong>de</strong> Israel é único, incomparavelmente gran<strong>de</strong>, e transcen<strong>de</strong> em todas<br />
as obras <strong>de</strong> suas mãos. Com freqüência, se apresentam contrastes entre Deus e os pagãos,<br />
<strong>de</strong>senhados vividamente. Confiar num <strong>de</strong>us feito pelo homem (46.5-13) é ironicamente ridículo<br />
em contraste com a fé <strong>no</strong> único Deus <strong>de</strong> Israel 466 . O tema do servo é fascinante é intrigantemente<br />
interessante. A palavra "servo" está repetida vinte vezes, apresentada <strong>no</strong> 41.8 e mencionada<br />
finalmente <strong>no</strong> 53.11. A i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do servo po<strong>de</strong> ser ambígua em alguns aspectos. Em um número<br />
<strong>de</strong> usos, o servo é i<strong>de</strong>ntificado com o contexto. Para uma introdutória consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong>sta<br />
passagem, <strong>no</strong>te-se que o servo po<strong>de</strong> referir-se a Israel ou ao servo i<strong>de</strong>al que tem um papel<br />
significativo na liberação prometida.<br />
O uso inicial da palavra "servo" está especificamente i<strong>de</strong>ntificado com Israel (41.8-9).<br />
Deus escolheu a Israel quando chamou a Abraão e assegurou a seu povo que seriam<br />
restaurados e exaltados à categoria <strong>de</strong> nação, por acima <strong>de</strong> todas as outras nações. Contudo,<br />
Israel como servo <strong>de</strong> Deus se mostra cego, surdo e <strong>de</strong>sobediente (42.19). Isto já estava indicado<br />
para Isaias em seu chamamento, <strong>de</strong> forma tal que o juízo foi anunciado sobre a Judá pecadora (1-<br />
6).<br />
Já que Deus criou e escolheu esta nação, não a abandonará (44.1-2,21). A libertação do exílio é<br />
assegurada. Jerusalém será restaurada <strong>no</strong>s dias <strong>de</strong> Ciro. Israel será <strong>de</strong>volvido do cativeiro da<br />
Babilônia (48.20).<br />
No princípio <strong>de</strong>sta passagem, o servo i<strong>de</strong>al está i<strong>de</strong>ntificado como um indivíduo mediante o<br />
qual Deus trará justiça às nações (42.1-4). Este servo, também escolhido por Deus, será dotado<br />
pelo Senhor com o Espírito, <strong>de</strong> tal forma que não falhará em cumprir o propósito <strong>de</strong> estabelecer a<br />
justiça na terra e esten<strong>de</strong>r Sua lei em terras distantes (Is 2.1-5 e 11.1-16). Em contraste com a nação<br />
que foi escolhida, mas que falhou, o servo i<strong>de</strong>al cumprirá o propósito <strong>de</strong> Deus.<br />
Israel, em seu fracasso, se encontra na necessida<strong>de</strong> da salvação. Deverá prover-se à expiação<br />
pelo pecado <strong>de</strong> Israel, o qual Deus prometeu apagar. Para lograr isto, o servo i<strong>de</strong>al (49.1-6) tem<br />
sido escolhido, não só para levar a salvação a Israel, senão para ser a luz dos gentios. Por último,<br />
este servo terá todas as nações prostradas diante <strong>de</strong>le (49.7, 23). Antes que isto seja cumprido,<br />
porém, é necessário fazer um sacrifício pelo pecado. Este servo que <strong>de</strong>ve ser exaltado (52.13),<br />
<strong>de</strong>ve primeiramente realizar expiação pelo pecado, mediante o sofrimento e a morte. Assim, o<br />
servo i<strong>de</strong>al está i<strong>de</strong>ntificado com o servo do sofrimento.<br />
O servo do sofrimento está dramaticamente retratado em 52-.13; 53.12. Basicamente<br />
significativo é o fato <strong>de</strong> que este servo é i<strong>no</strong>cente e justo. Em contraste com Israel, que sofreu<br />
pelo seu pecado em medida dupla (40.2), este servo sofre somente pelo pecado dos outros.<br />
466 O <strong>no</strong>me <strong>de</strong> Jeová ou "Senhor" se dá 421 vezes em Isaias. 228 vezes em 1-39 e 193 em 40-60. para discussão sobre o<br />
particular, ver R. D. Wilson.<br />
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