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a historia de israel no antigo testamento

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(556-539 a.C.). Quando Nabônido começou a reinar, afirmou que era o verda<strong>de</strong>iro sucessor do<br />

tro<strong>no</strong> da Babilônia 316 . Meradoque foi só <strong>de</strong>vidamente reconhecido <strong>no</strong> festival do A<strong>no</strong> Novo do 31<br />

<strong>de</strong> março do 555 a.C., com Nabônido participando não só como rei, senão também<br />

proporcionando elaborados presentes para o templo <strong>de</strong> Esagila 317 .<br />

O interesse religioso do <strong>no</strong>vo rei não teve raízes na Babilônia, mas <strong>no</strong> Harã, on<strong>de</strong> seus pais<br />

<strong>de</strong>votamente prestavam culto ao <strong>de</strong>us-lua Sin. Des<strong>de</strong> a <strong>de</strong>struição do templo <strong>de</strong> Sin <strong>no</strong> Harã <strong>no</strong><br />

610 a.C., que foi cuidadosamente atribuído a Me<strong>de</strong>s, este culto não voltou a ser restaurado.<br />

Nabônido fez convenientemente um tratado com Ciro, quem se rebelou contra os medos, <strong>de</strong> tal<br />

forma que o governante da Babilônia pô<strong>de</strong> restaurar o culto <strong>de</strong> Sin em Harã. Concentrou-se em<br />

seu interesse religioso com tal <strong>de</strong>voção, que por vários a<strong>no</strong>s suspen<strong>de</strong>u as celebrações do A<strong>no</strong><br />

Novo na Babilônia, falhando em aparecer na procissão <strong>de</strong> Merodaque 318 . Este culto ritual anual<br />

sempre tinha levado um lucrativo aporte <strong>de</strong> negócios e comércio para os homens <strong>de</strong> negócios da<br />

Babilônia. Assim, a suspensão durante vários a<strong>no</strong>s ofen<strong>de</strong>u não só aos sacerdotes, senão aos<br />

gran<strong>de</strong>s comerciantes naquela gran<strong>de</strong> cida<strong>de</strong>. o resultado foi e <strong>no</strong> 548 a.C., Nabônido se viu<br />

obrigado a <strong>de</strong>legar sua autorida<strong>de</strong> em Belsazar e retirar-se à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tema na Arábia. Aí<br />

Nabônido manifestou um interesse <strong>no</strong> negócio das caravanas, assim como na promoção do culto<br />

ao <strong>de</strong>us-lua 319 . Embora Nabônido <strong>de</strong>scartou a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Babilônia, tentou manter o império. No<br />

554 enviou exércitos a Hume e às montanhas <strong>de</strong> Amanus, e para o sul através da Síria, e a final do<br />

a<strong>no</strong> 553 tinha matado o rei do Edom. Dali avançou para Tema, on<strong>de</strong> construiu um palácio. Algum<br />

tempo <strong>de</strong>pois, Belsazar recebeu o controla da Babilônia, já que a crônica para cada a<strong>no</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

549 ao 545 a.C. começa com a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> que o rei estava em Tema 320 .<br />

Enquanto isso, Ciro tinha avançado para a Média. Por volta do 550 tinha ganhado a partida e<br />

conquistado Acmeta, reclamando o gover<strong>no</strong> da Média sobre a Assíria e além do Crescente Fértil.<br />

Três a<strong>no</strong>s mais tar<strong>de</strong>, marchou com seu exército através das portas da Cilícia a Capadócia, on<strong>de</strong> se<br />

enfrentou com Creso da Lídia numa batalha in<strong>de</strong>cisa. Embora o equilíbrio <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r tinha sido<br />

suficientemente perturbado quando Ciro venceu os medos que Nabônido da Babilônia, Amassis<br />

do Egito e Creso tinham formado uma aliança, nenhum <strong>de</strong>stes últimos aliados estava ali para<br />

ajudar 321 . Creso se retirou a Sardis, esperando que na seguinte primavera receberia suficiente<br />

apoio para arrasar o inimigo. Ainda em ple<strong>no</strong> inver<strong>no</strong>, Ciro avançou ao oeste para Sardis num<br />

movimento <strong>de</strong> surpresa e capturou a Creso na queda do 547 a.C. Com o maior inimigo do oeste<br />

<strong>de</strong>rrotado, Ciro voltou à Pérsia.<br />

Sem dúvida, estes acontecimentos perturbaram gravemente a Nabônido e retor<strong>no</strong>u a<br />

Babilônia. Por volta do 546 a.C. o festival anual do A<strong>no</strong> Novo não tinha acontecido durante um<br />

bom número <strong>de</strong> a<strong>no</strong>s <strong>de</strong>vido à ausência do rei; tinha prevalecido a falta <strong>de</strong> gover<strong>no</strong> e os <strong>de</strong>sfalcos<br />

e o povo estava submetido a injustiças econômicas 322 . Nos a<strong>no</strong>s seguintes, conforme Ciro ia<br />

esten<strong>de</strong>ndo seu império <strong>no</strong> território do Irã, cida<strong>de</strong>s tais como Susã, sob a li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> Gobrias, se<br />

rebelaram contra a aliança babilônica com Ciro. Em seu <strong>de</strong>sespero, Nabônido resgatou alguns<br />

<strong>de</strong>uses em tais cida<strong>de</strong>s e os levou à Babilônia.<br />

316 S. Langton, Die neubabylonischen Konigsinchirften (1912), Nabonid, n.° 8.<br />

317 A. T. Olmstead, History of the Persian Empire (University of Chicago Press, 1948;, p. 35.<br />

318 De acordo com a crônica <strong>de</strong> Nabônido, o rei estava em Tema durante o sétimo e o undécimo a<strong>no</strong>s, e assim não pô<strong>de</strong><br />

observar-se o culto e o festival. Esta crônica foi publicada primeiro por T. G. Pinches, Translactions of the Biblical Society<br />

of Archaeology VIl (Lortdon, 1882X) pp. 139 e ss., por Sidney Smith. Babylcnian Histórica. "Texts Relating to the Downfall<br />

of Babylon" (Londres, 1924), pp. 110 e ss., e por A. Leo Oppenheim en "Ancient Near Eastern Texts", ed. por P. Pritchard<br />

(Princeton, 1950), pp. 305 y ss.<br />

319 O trafico das caravanas está mencionado em Jó 6.19 e Is 21.4. Note-se também a referência a Tema em Gn 25.15.<br />

320 R. P. Dougherty, "Nabonidus and Belshazzfir" (Londres: H. Milford, Oxford University Press, 1929), pp. 114 y ss.<br />

321 A. T. Olmstead, History of the Persian Empire (Chicago, 1948), pp. 34 y ss.<br />

322 Dougherty, Records from Erech, Time of Nabonidus (Yale Oriental Series Babylonian Texts, Vol. 6, 1930; Yale University<br />

Press), n.° 154.<br />

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