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a historia de israel no antigo testamento

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o povo respon<strong>de</strong>u tão generosamente a Ezequias que suas contribuições foram suficientes para<br />

manter os sacerdotes e levitas <strong>de</strong>dicados ao serviço do Senhor. A reforma executada por Ezequias<br />

teve um êxito rotundo e <strong>de</strong>finitivo, respon<strong>de</strong>ndo assim a seu intento <strong>de</strong> conformar as práticas<br />

religiosas <strong>de</strong> seu povo com a lei e os mandamentos <strong>de</strong> Deus.<br />

Em todo este sistema <strong>de</strong> reforma religiosa não se faz menção <strong>de</strong> Isaias. Tampouco o profeta se<br />

refere a reforma <strong>de</strong> Ezequias em seu livro. Embora Acaz tinha <strong>de</strong>safiado a Israel, é razoável<br />

assumir que Ezequias e Isaias cooperaram por completo em restaurar o culto <strong>de</strong> Deus. Uma única<br />

referência a Sargão, rei da Assíria (Is 20.1) mostra a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Israel nesta época.<br />

Além disso, a conquista <strong>de</strong> Asdo<strong>de</strong> pelos assírios é a ocasião para Isaias pronunciar sua<br />

advertência profética <strong>de</strong> que era inútil para Judá <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do Egito para sua liberação.<br />

Afortunadamente, Ezequias não chegou a ver-se envolvido na rebelião <strong>de</strong> Asdo<strong>de</strong>, e assim<br />

evitou o ataque a Jerusalém.<br />

Com a morte <strong>de</strong> Sargão II (705), a revolução explodiu em muitos lugares do império assírio. No<br />

702, Merodaque-Baladã foi subjugado, <strong>de</strong>stronado da coroa da Babilônia, e substituído por Bel-<br />

Libni, um nativo cal<strong>de</strong>u que provavelmente era membro da mesma família real. No Egito, surgiu o<br />

nacionalismo, sob a enérgica ação governante <strong>de</strong> Sabako, um rei etíope que tinha fundado a<br />

Dinastia XXV (cerca <strong>de</strong> 710 a.C.). com outras nações <strong>no</strong> Crescente Fértil rebeladas contra ele,<br />

Senaqueribe, filho <strong>de</strong> Sargão, voltou seus exércitos para o oeste. Após submeter a Fenícia e<br />

outras resistências costeiras, os exércitos assírios ocuparam triunfalmente a área dos filisteus <strong>no</strong><br />

701 a.C.<br />

Ezequias tinha participado do ataque assírio. Seguindo sua gran<strong>de</strong> reforma religiosa, se<br />

concentrou num programa <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, em conselho com seus mais importantes oficiais do<br />

gover<strong>no</strong>. Foram reforçadas as fortificações existentes ao redor <strong>de</strong> Jerusalém. Os artesãos<br />

produziram escudos e armas, enquanto que os comandantes <strong>de</strong> combate organizavam as forças<br />

<strong>de</strong> luta. Para assegurar a Jerusalém um a<strong>de</strong>quado subministro <strong>de</strong> água durante um assedio<br />

prolongado, Ezequias construiu um túnel que conectava com o estanque <strong>de</strong> Siloé e os mananciais<br />

<strong>de</strong> Giom. Através <strong>de</strong> 542 m <strong>de</strong> rocha sólida, os engenheiros ju<strong>de</strong>us canalizaram água fresca e<br />

potável <strong>no</strong> tanque <strong>de</strong> Siloé, também construído durante esta época. Des<strong>de</strong> seu <strong>de</strong>scobrimento<br />

em 1880, quando as inscrições em seus muros foram <strong>de</strong>cifradas, o túnel <strong>de</strong> Siloé tem constituído<br />

uma atração turística 254 . O estanque <strong>de</strong> Siloé, situado ao sul <strong>de</strong> Jerusalém, se protegeu com uma<br />

extensão da muralha para <strong>de</strong>ixar encerrada esta vital fonte <strong>de</strong> elemento líquido. Quando chegou<br />

o momento <strong>de</strong> que os exércitos assírios marchavam sobre Jerusalém, outras fontes foram<br />

fechadas para que o inimigo não pu<strong>de</strong>sse utilizá-las.<br />

Embora Ezequias fez o que estava em seu po<strong>de</strong>r ao preparar-se para o ataque assírio, não<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>u por completo dos recursos huma<strong>no</strong>s. Antes, quando o povo se congregou em<br />

assembléia na praça da cida<strong>de</strong>, Ezequias o havia alentado, expressando valentemente sua<br />

confiança em Deus. "Com ele está o braço <strong>de</strong> carne, mas co<strong>no</strong>sco o SENHOR <strong>no</strong>sso Deus, para <strong>no</strong>s<br />

ajudar, e para guerrear por nós" (2 Cr 32.8).<br />

A ameaça <strong>de</strong> Senaqueribe ao rei<strong>no</strong> <strong>de</strong> Judá se fez realida<strong>de</strong> o 701 a.C. Já que o relato bíblico (2<br />

Reis 18-20, 2 Crônicas 32; Isaias 36-39) se refere a Tiraca, que chegou a ser co-regente do Egito <strong>no</strong><br />

689 a.C., parece verossímil que este rei assírio realizasse outro intento para submeter a Ezequias,<br />

aproximadamente nem 688 a.C. Num recente estudo, a integração do secular e do bíblico<br />

proporciona a seguinte seqüência <strong>de</strong> acontecimentos 255 :<br />

254 No relativo a esta inscrição, ver Pritchard, "Ancient Near Eastern Texts", p. 32.<br />

255 Para uma <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong>lineação da interpretação <strong>de</strong>stas duas campanhas, ver o livro <strong>de</strong> Stanley M. Horton, "haiah's<br />

Greatest Years" (tese não publicada, Central Baptist Seminary, Kansas City, Kansas), maio <strong>de</strong> 1959.<br />

Recente informação cro<strong>no</strong>lógica indica que Sabako começou seu reinado cerca do 708 a.C. Shebitko, associado com Sabako<br />

em 699 a.C., começou seu reinado por volta do 697 a.C. Tiraca, nascido por volta do 709, foi associado com Shebitko<br />

em 689, e começou a reinar em 684 a.C. Comparar M. F. Laming Macadam, "The Temple of Kawa", Vol. I: "The Inscriptions"<br />

(Londres: Geofrey Comberlege on behalf of the Grifñth Institute Ashmolean Museum, Oxford University Press),<br />

1949. Ver também W. A. Albright, "New Light from Egypt on the Chro<strong>no</strong>logy and History of Israel and Judah", em Bulletin<br />

of the American Schools of Oriental Research, n° 130, abril, 1853, pp. 4-11, e "Further Light on Syncronisms Between<br />

Egvpt and Asia in the Period 935-685 a. C.", BASOR, n° 141, fevereiro, 1856, pp. 23-27.<br />

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