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VIII. Esperanças para a restauração Ez 33.1-39.29<br />
A atalaia com uma <strong>no</strong>va comissão Ez 33.1-33<br />
Os pastores <strong>de</strong> <strong>israel</strong>itas Ez 34.1-31<br />
Contraste entre Edom e Israel Ez 35.1-36.38<br />
Promessa <strong>de</strong> restauração e triunfo Ez 37.1-39.29<br />
A mensagem <strong>de</strong> Ezequiel está ligada aos tempos em que ele vive. Des<strong>de</strong> a época <strong>de</strong> seu<br />
chamamento, <strong>no</strong> 593 a.C., tem conduzido, pela palavra e pela ação simbólica, o <strong>de</strong>sti<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />
Jerusalém. Durante o cerco <strong>de</strong> Jerusalém foi-lhe dada uma mensagem concernente ao lugar das<br />
nações estrangeiras na eco<strong>no</strong>mia do Deus <strong>de</strong> Israel. Com a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Jerusalém cumprida,<br />
Ezequiel, uma vez mais, dirige sua atenção às esperanças nacionais <strong>de</strong> Israel.<br />
Um fugitivo proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Jerusalém informa a Ezequiel e aos exilados, em janeiro <strong>de</strong> 585 a.C.,<br />
que a cida<strong>de</strong> capitulou verda<strong>de</strong>iramente diante do exército da Babilônia. sem dúvida, os informes<br />
oficiais na Babilônia tinham anunciado previamente a conquista <strong>de</strong> Judá.<br />
Provavelmente, a data marcada (33.21-22) esteja intimamente relacionada com a totalida<strong>de</strong> do<br />
conteúdo <strong>de</strong>ste capítulo 522 . Deus, que tinha previamente revelado a Ezequiel o fato da queda <strong>de</strong><br />
Jerusalém na véspera da chegada <strong>de</strong>ste mensageiro, o convida então a falar <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo. esta<br />
terminação <strong>de</strong> seu período <strong>de</strong> sur<strong>de</strong>z é um sinal da divina confirmação (24.27). Deus já havia<br />
condicionado a Ezequiel ao lembrá-lo <strong>de</strong> que ele era uma atalaia da casa <strong>de</strong> Israel (33.1-20).<br />
Dirigindo-se <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo a ele como "filho do homem", ele é o responsável <strong>de</strong> advertir seu próprio<br />
povo.<br />
Após a chegada do fugitivo, Ezequiel é preparado para a mensagem <strong>de</strong> transição (33.24- 33). O<br />
restante não arrependido que está na Palestina, transfere então sua confiança <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o templo<br />
<strong>de</strong>struído ao fato <strong>de</strong> que eles são a semente <strong>de</strong> Abraão 523 . Com Jerusalém em ruínas,<br />
seguramente nenhum dos que se encontram entre o auditório <strong>de</strong> Ezequiel é o bastante estúpido<br />
para pensar que po<strong>de</strong> tentar uma rebelião com êxito frente a Nabucodo<strong>no</strong>sor. Ezequiel é<br />
advertido que o povo será o bastante curioso para escutar sua mensagem; porém não o<br />
obe<strong>de</strong>cerá.<br />
O tema da esperança começa com uma discussão dos pastores <strong>de</strong> Israel (34-1.31).<br />
Em contraste com os falsos pastores, que estão con<strong>de</strong>nados por seu egoísmo, Deus aparece<br />
<strong>de</strong>scrito como o verda<strong>de</strong>iro Pastor <strong>de</strong> Israel 524 . Olhando <strong>no</strong> futuro distante dos <strong>israel</strong>itas, é-lhe<br />
assegurado sua restauração nacional. Fazendo uma aliança <strong>de</strong> paz com eles, Deus os<br />
restabelecerá em sua própria terra para gozar das bênçãos sem limites sob o mando do pastor<br />
i<strong>de</strong>ntificado como "meu servo Davi" 525 . Já que a história não tem dados do cumprimento <strong>de</strong>sta<br />
promessa para Israel, parece razoável antecipar esta realização <strong>no</strong> futuro.<br />
A tese da restauração <strong>de</strong> Israel está <strong>de</strong>senvolvida em 35.1-36.38, em contraste com a antítese<br />
da <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Edom. Edom ou monte Seir está carregado com os <strong>de</strong>litos <strong>de</strong> inimiza<strong>de</strong>, ódio<br />
sangrento, avi<strong>de</strong>z e cobiça da terra <strong>de</strong> Israel, e incluso <strong>de</strong> blasfêmia contra Deus 526 . Edom,<br />
incluindo todas as nações (36.5), está já marcada para sua <strong>de</strong>vastação. Em contraste, os <strong>israel</strong>itas<br />
serão reunidos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> todas as nações e mais uma vez gozarão do favor <strong>de</strong> Deus em sua própria<br />
522 Ellison, op. cít., p. 118, escreve "décimo primeiro" em 33.21, sobre a base <strong>de</strong> Hebreus 8ss., alguns manuscritos da<br />
LXX e a siríaca, i<strong>de</strong>ntificando esta data com agosto do 586 a.C. Ver também Doe<strong>de</strong>rlein e Hitzig em seus comentários à<br />
referência. G. A. Cuuke en ICC op. cit. assume um duplo sistema <strong>de</strong> datas. De acordo com Thiele em seu completo estudo<br />
da cro<strong>no</strong>logia, The Mysterious Numbers of the Hebrew Kings, p. 161-166, e a carta da página 74-75, Ze<strong>de</strong>quias fugiu <strong>de</strong><br />
Jerusalém <strong>no</strong> 19 <strong>de</strong> julho do 586, e a <strong>de</strong>struição final <strong>de</strong> Jerusalém começou o 15 <strong>de</strong> agosto do 586. embora <strong>no</strong>rmalmente<br />
era uma jornada <strong>de</strong> três meses <strong>de</strong> duração, este fugitivo particular chegou ao exílio em janeiro do 585 a.C.<br />
523 Ver Jr 40-43 sobre a atitu<strong>de</strong> do resto em não querer seguir a advertência <strong>de</strong> Jeremias.<br />
524 "Pastor", aqui é utilizado metaforicamente com o significado <strong>de</strong> "rei", <strong>de</strong> acordo com Ellison op. cit., p. 121. Ver Salmo<br />
23, para o perfeito pastor. Também João 10.<br />
525 Ver Ellison op. cit., pp. 119-122, para um sumário dos governantes <strong>de</strong> Israel pertencentes à linhagem <strong>de</strong> Davi que<br />
jamais foram reconhecidos como reis.<br />
526 Esaú e seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, conhecidos como edomitas, se estabeleceram <strong>no</strong> Monte Seir, ao sul do Mar Morto (Gn 36).<br />
Note-se a contínua animosida<strong>de</strong> <strong>no</strong> Antigo Testamento entre Israel e Edom (ver Nm 21, etc.).<br />
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