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Ezequias 253 começou seu reinado <strong>no</strong> 716 a.C. Seu gover<strong>no</strong> <strong>de</strong> vinte e <strong>no</strong>ve a<strong>no</strong>s marca uma era<br />
sobressalente em matéria religiosa <strong>de</strong> Judá. Embora bloqueado pelos assírios, Ezequias<br />
sobreviveu ao crucial ataque sobre Jerusalém, executado <strong>no</strong> 701 a.C. Durante a última década <strong>de</strong><br />
seu reinado, Manassés esteve associado com Ezequias como co-regente. Em adição ao que relata<br />
2 Reis 18-20 e 2 Crônicas 29-32, existe uma pertinente informação em Isaias 36-39, a respeito da<br />
vida <strong>de</strong> Ezequias.<br />
Numa drástica reação à <strong>de</strong>liberada idolatria <strong>de</strong> seu pai, Ezequias começou seu reinado com a<br />
maior e mais extensa reforma da história do Rei<strong>no</strong> do Sul. Como um jovem <strong>de</strong> vinte e cinco a<strong>no</strong>s,<br />
tinha sido testemunha da gradual <strong>de</strong>sintegração do Rei<strong>no</strong> do Norte e da conquista assíria da<br />
Samaria, somente a uns 64 km, aproximadamente, do <strong>no</strong>rte <strong>de</strong> Jerusalém. Com a certeira<br />
constatação <strong>de</strong> que o cativeiro <strong>de</strong> Israel era a conseqüência <strong>de</strong> uma aliança rompida e da<br />
<strong>de</strong>sobediência a Deus (2 Rs 18.9-12), Ezequias colocou toda sua confiança <strong>no</strong> Deus <strong>de</strong> Israel.<br />
Durante os primeiros a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> seu gover<strong>no</strong>, realizou uma efetiva reforma, não somente em<br />
Judá, senão em partes <strong>de</strong> Israel. Devido a que Judá já era um vassalo da Assíria, Ezequias<br />
reconheceu a soberania <strong>de</strong> Sargão II (721-705 a.C.). Embora as tropas assírias fossem enviadas<br />
para Asdo<strong>de</strong> <strong>no</strong> 711 a.C., o rei <strong>de</strong> Judá não teve serias interferências <strong>de</strong> parte da Assíria.<br />
Ezequias imediatamente voltou a abrir as portas do templo. Os levitas foram chamados para<br />
reparar e limpar o lugar do culto. O que tinha sido utilizado para os ídolos, foi suprimido e lançado<br />
ao rio Cedrom, enquanto que os vasos sagrados que tinham sido profanados por Acaz, foram<br />
santificados. Em <strong>de</strong>zesseis dias, o templo ficou pronto para o culto.<br />
Ezequias e os oficiais <strong>de</strong> Jerusalém iniciaram os sacrifícios <strong>no</strong> templo. Grupos musicais com suas<br />
harpas, címbalos e liras participaram, como tinha sido o costume em tempos <strong>de</strong> Davi. Os cantos<br />
litúrgicos foram acompanhados com a apresentação <strong>de</strong> holocaustos. Os cantores louvavam a<br />
Deus nas palavras <strong>de</strong> Davi e Asafe, enquanto o povo rendia culto.<br />
Numa tentativa <strong>de</strong> cicatrizar a brecha que tinha separado Judá e Israel <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a morte <strong>de</strong><br />
Salomão, o rei enviou cartas por todo o país, convidando a todos a virem a Jerusalém para<br />
celebrar a Páscoa judaica. Embora alguns ig<strong>no</strong>rassem o chamamento <strong>de</strong> Ezequias, muitos, porém,<br />
acudiram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Aser, Manassés, Efraim e Issacar, assim como <strong>de</strong> Judá, para celebrar as festas<br />
sagradas. Reunido em conselho com aqueles que iniciaram o culto <strong>no</strong> templo, Ezequias anunciou<br />
a celebração da Páscoa um mês mais tar<strong>de</strong> do que estava prescrito, para dar tempo a uma<br />
a<strong>de</strong>quada celebração. Por outra parte, a observância foi executada <strong>de</strong> acordo com a lei <strong>de</strong> Moisés.<br />
O ter posposto a data foi mais uma medida conciliatória para ganhar a participação das tribos do<br />
<strong>no</strong>rte que tinham seguido a observância da data instituída por Jeroboão (1 Rs 12.32). quando<br />
alguns sacerdotes chegaram sem a a<strong>de</strong>quada santificação, Ezequias orou por sua limpeza. Uma<br />
gran<strong>de</strong> congregação se reuniu em assembléia em Jerusalém para participar na reforma<br />
executada. Os altares <strong>de</strong> toda a capital foram arrancados e lançados <strong>no</strong> vale do Cedrom para sua<br />
<strong>de</strong>struição. Conduzido por sacerdotes e levitas, o povo ofereceu sacrifícios, cantando<br />
jubilosamente, alegrando-se ante o Senhor. Em nenhuma época, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a <strong>de</strong>dicação do Templo,<br />
tinha visto Jerusalém tão gozosa celebração.<br />
Des<strong>de</strong> Jerusalém, a reforma se esten<strong>de</strong>u por todo Judá, Benjamim, Efraim e Manassés.<br />
Ezequias inclusive tinha quebrado a serpente <strong>de</strong> bronze que Moisés tinha feito (Nm 21.4-9),<br />
porque o povo estava utilizando-a como objeto <strong>de</strong> culto. Inspirado pelo exemplo do rei e <strong>de</strong> sua<br />
li<strong>de</strong>rança, o povo se <strong>de</strong>dicou a <strong>de</strong>molir os "lugares altos", as colunas, os aserins e os altares<br />
pagãos existentes em todo Israel.<br />
Em Jerusalém, Ezequias organizou os sacerdotes e levitas para os serviços regulares. O dízimo<br />
foi restituído para ajudar os que <strong>de</strong>dicavam sua vida à lei do Senhor. Se fizeram pla<strong>no</strong> para a<br />
observância regular das festas e das estações, segundo estava prescrito na lei escrita (2 Cr 31.2ss).<br />
253 Adotando a data <strong>de</strong> 716-715 a.C. como o começo do reinado <strong>de</strong> Ezequias, a cro<strong>no</strong>logia bíblica sincroniza com a cro<strong>no</strong>logia<br />
da Síria, Assíria, Babilônia e Egito. Thiele discute o problema relacionado com este período realmente difícil, em op.<br />
cít, pp 99-152. 2 Rs 17.1 e 18.1, 9 e 10, representam um ajustado sincronismo, embora esta não seja a solução final,<br />
parece ser a mais satisfatória.<br />
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