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a historia de israel no antigo testamento

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período <strong>de</strong> cativeiro que duraria setenta a<strong>no</strong>s 552 . Embora não faz menção disso, Daniel pô<strong>de</strong><br />

também ter lido a respeito <strong>de</strong> Ciro <strong>no</strong> livro <strong>de</strong> Isaias (44.28-45.1), on<strong>de</strong> Ciro é i<strong>de</strong>ntificado como o<br />

pastor a quem Deus usaria para libertar seu povo e fazê-lo regressar a Jerusalém. Ciro já tinha<br />

estado na cena internacional durante várias décadas. Po<strong>de</strong>ria ser possível que os ju<strong>de</strong>us<br />

recebessem então permissão por voltarem? Aparentemente o édito para seu retor<strong>no</strong> ainda não<br />

tinha sido ditado nem publicado.<br />

Daniel estava muito familiarizado com as predições dadas por Jeremias. Quase setenta a<strong>no</strong>s<br />

tinham se passado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o primeiro grupo <strong>de</strong> ju<strong>de</strong>us, incluindo a ele mesmo, tinha sido<br />

levado ao exílio <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Jerusalém, <strong>no</strong> 605 a.C. Comprovando que o tempo <strong>de</strong> seu cumprimento era<br />

iminente, Daniel ora confessando os pecados <strong>de</strong> Israel e reconhecendo que Deus é justo em todos<br />

seus juízos.<br />

Gabriel ilumina a Daniel <strong>no</strong> concernente ao futuro <strong>de</strong> Israel. Uma relação geral da sucessão dos<br />

impérios do mundo já lhe fora dada. Aqui, a atenção é focalizada sobre a nação <strong>de</strong> Israel, <strong>no</strong> pla<strong>no</strong><br />

<strong>de</strong> Deus. setenta semanas representam o período <strong>no</strong> qual Israel verá o cumprimento das<br />

promessas <strong>de</strong> Deus 553 . Os acontecimentos atribuídos a este período para o povo <strong>de</strong> Daniel e sua<br />

sagrada cida<strong>de</strong>, foram como se segue:<br />

1) Acabar com a transgressão<br />

2) Acabar com os pecados<br />

3) Fazer uma reconciliação pela iniqüida<strong>de</strong><br />

4) Aportar uma justiça que perdure para sempre<br />

5) Fechar a visão e a profecia<br />

6) Ungir o mais santo<br />

Dividindo o período total em unida<strong>de</strong>s me<strong>no</strong>res, uma era <strong>de</strong> sete mais sessenta e duas<br />

semanas, permite a aparição e a separação <strong>de</strong> um indivíduo i<strong>de</strong>ntificado como "o ungido". A<br />

cida<strong>de</strong> e o santuário estão para serem <strong>de</strong>struídos por um povo do qual surgirá um príncipe que<br />

fará uma aliança com muitos por uma semana. Esta aliança leva à consi<strong>de</strong>ração da semana<br />

septuagésima como o tempo e a duração <strong>de</strong> sua relação. Contudo, em meio <strong>de</strong>sta semana, o<br />

príncipe quebrantara a aliança, sendo a causa do sacrifício e trazendo a <strong>de</strong>solação até que o<br />

<strong>de</strong>struidor seja consumado.<br />

Sem levar em conta as variadas interpretações <strong>de</strong>sta explicação, em certa forma ambígua,<br />

como está exemplificada em numerosos escritos sobre estas profecias, o próprio Daniel recebe a<br />

certeza <strong>de</strong> que sua nação, pela qual ele está em oração constante, tem um lugar <strong>de</strong>finido <strong>no</strong> pla<strong>no</strong><br />

<strong>de</strong> Deus. Sem dúvida, Daniel se sente gran<strong>de</strong>mente alentado quando Ciro, pouco <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter<br />

subjugado a Babilônia, emite uma proclama alentando os ju<strong>de</strong>us a que retornem a seu lar pátrio.<br />

Quando Ciro organiza seu rei<strong>no</strong>, Daniel serve como um dos três sátrapas. Des<strong>de</strong> muito tempo<br />

atrás se tinha distinguido como um sábio administrador, <strong>de</strong> modo tal que seus outros dois colegas<br />

ficaram com inveja. Sem terem achado nenhuma irregularida<strong>de</strong> em seus <strong>de</strong>veres oficiais, o<br />

incriminaram por suas práticas religiosas, até o extremo <strong>de</strong> lançá-lo na cova dos leões. Quando<br />

Dario encontrou a Dn, sem o me<strong>no</strong>r da<strong>no</strong>, entre as feras, reconheceu em público, numa proclama<br />

a tal efeito, que Deus tinha libertado a Daniel —o Deus vivente que faz sinais e maravilhas <strong>no</strong>s<br />

céus e na terra como o governante <strong>de</strong> um rei<strong>no</strong> que não tem fim.<br />

A revelação final <strong>de</strong> Daniel (10.1-12.13) está datada <strong>no</strong> terceiro a<strong>no</strong> <strong>de</strong> Ciro. Por então, o homem<br />

<strong>de</strong> estado e profeta já estava bem estabelecido <strong>no</strong> gover<strong>no</strong> medo-persa. Se Daniel tinha me<strong>no</strong>s <strong>de</strong><br />

vinte a<strong>no</strong>s quando foi feito cativo, andaria então por volta dos oitenta.<br />

Des<strong>de</strong> o ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> sua ida<strong>de</strong>, pelas responsabilida<strong>de</strong>s oficiais <strong>no</strong> gover<strong>no</strong>, não resulta<br />

verossímil que consi<strong>de</strong>rasse seriamente participar do êxodo que organizaria o povo ju<strong>de</strong>u para<br />

552 Comparar Jr 25.11 e 29.10 com Dn 9.1-2.<br />

553 Para um resumo da evidência <strong>de</strong> que cada uma <strong>de</strong>ssas setenta semanas se refere a um período <strong>de</strong> sete a<strong>no</strong>s, ver Alva<br />

J. McClain, Daniel's Prophecy of the Seventy Weeks (Grand Rapids: Zon<strong>de</strong>rvan, 1940). Para uma discussão da profecia<br />

das setenta semanas (Dn 9.24-27), ver Culver, op. cít., pp. 135-160.. Para uma representativa interpretação amilenar,<br />

ver E. J. Young, The Prophecy of Daniel, como referência.<br />

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