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• CAPÍTULO 16: A BOA MÃO DE DEUS<br />
Com a crise internacional do 539 a.C., mediante a qual a Pérsia ganhou a supremacia sobre a<br />
Babilônia, <strong>de</strong>u a oportunida<strong>de</strong> aos ju<strong>de</strong>us para voltar a estabelecer-se em Jerusalém. Porém na<br />
época, muitos dos exilados estavam tão confortavelmente situados junto às águas da Babilônia,<br />
que ig<strong>no</strong>raram o <strong>de</strong>creto que lhes permitia retornar à Palestina. Conseqüentemente, a terra do<br />
exílio continuou sendo o lar dos ju<strong>de</strong>us para as gerações que haveriam <strong>de</strong> vir.<br />
As fontes bíblicas tratam em primeiro lugar com os exilados que retornaram a seu lar pátrio. As<br />
memórias <strong>de</strong> Esdras e Neemias, embora breves e seletivas, apresentam os fatos essenciais que<br />
concernem ao bem-estar do restaurado estado ju<strong>de</strong>u em Jerusalém. Ester, o único livro do Antigo<br />
Testamento <strong>de</strong>dicado em exclusivida<strong>de</strong> aos que não voltaram, também pertence a este período.<br />
Com objeto <strong>de</strong> manter uma seqüência histórica, o presente estudo trata a história <strong>de</strong> Ester junto<br />
com Esdras e Neemias. Cro<strong>no</strong>logicamente, esta matéria se divi<strong>de</strong> em quatro períodos:<br />
1) Jerusalém restabelecida Esdras 1-6 (por volta <strong>de</strong> 539-515 a.C.)<br />
2) Ester a rainha Ester 1-10 (por volta <strong>de</strong> 483)<br />
3) Esdras o reformador Esdras 7-10 (por volta <strong>de</strong> 457)<br />
4) Neemias o governador Neemias 1.13 (por volta <strong>de</strong> 444)<br />
Jerusalém restabelecida<br />
De face à oposição e aos sofrimentos da Judéia, os ju<strong>de</strong>us que voltaram não estiveram logo em<br />
condições imediatamente <strong>de</strong> completar a construção do templo. Aproximadamente vinte e três<br />
a<strong>no</strong>s se passaram antes que lograssem seu primeiro objetivo. O relato, segundo dado em Esdras,<br />
po<strong>de</strong> ser convenientemente subdividido como se segue:<br />
I. Retor<strong>no</strong> da Babilônia a Jerusalém Ed 1.1-2-70<br />
O édito <strong>de</strong> Ciro Ed 1.1-4<br />
A preparação Ed 1.5-11<br />
A lista <strong>de</strong> emigrantes Ed 2.1-70<br />
II. O estabelecimento em Jerusalém Ed 3.1-4.24<br />
A ereção do altar: o culto instituído Ed 3.1-3<br />
A observância das Festas do Tabernáculo Ed 3.4-7<br />
A colocação dos fundamentos do Templo Ed 3.8-13<br />
Terminação da construção Ed 4.1-24<br />
(Oposição em tempos posteriores) Ed 4.6-23<br />
III. O <strong>no</strong>vo Templo Ed 5.1-6.22<br />
Os lí<strong>de</strong>res entram em ação Ed 5.1-2<br />
Chamamento a Dario Ed 5.3-17<br />
O <strong>de</strong>creto real Ed 6.1-12<br />
O Templo completado Ed 6.13-15<br />
O Templo <strong>de</strong>dicado Ed 6.16-18<br />
Instituição das Festas Ed 6.19-22<br />
O retor<strong>no</strong> da Babilônia<br />
Quando Ciro entrou na cida<strong>de</strong> da Babilônia <strong>no</strong> 539, afirmou que tinha sido enviado por<br />
Merodaque, o chefe dos <strong>de</strong>uses babilônicos, quem buscava um príncipe justo<br />
370 .<br />
Conseqüentemente, a ocupação da Babilônia aconteceu sem nenhuma batalha, nem a <strong>de</strong>struição<br />
da cida<strong>de</strong>.<br />
370 Parker y Dubberstein, "Babylonian Chro<strong>no</strong>logy", 626 a. C., a 45 d. C., p. 11. Robert W. Rogers, "Cuneiform Parallels to<br />
the Old Testament" (New York), 1912, p. 381.<br />
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