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que lhe fornecessem <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção para as muralhas e das portas da cida<strong>de</strong>, assim<br />
como para sua casa particular.<br />
A missão em Jerusalém<br />
Achegada <strong>de</strong> Neemias a Jerusalém, completada com os oficiais do exército e com cavalaria,<br />
alarmou os governadores circundantes. Acompanhado por um peque<strong>no</strong> comitê, Neemias logo fez<br />
um pla<strong>no</strong> para recorrer a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>no</strong>ite, inspecionando a condição das muralhas. Uma vez ali,<br />
reuniu o povo e o enfrentou com o propósito <strong>de</strong> reconstruí-las.<br />
Entusiasticamente, achou o mais caloroso apoio por parte <strong>de</strong> todos. como eficiente<br />
organizador, Neemias <strong>de</strong>sig<strong>no</strong>u ao povo as diferentes portas e seções das muralhas <strong>de</strong> Jerusalém<br />
(3.1-32).<br />
Tão súbita e intensa ativida<strong>de</strong> fez surgir a oposição das províncias circundantes.<br />
Chefes influentes, tais como Sambalate, o horonita, Tobias o amonita e Gesem o árabe,<br />
culparam os ju<strong>de</strong>us com a rebelião, assim que começou o trabalho 400 . Quando comprovaram que<br />
o projeto <strong>de</strong> reparação ia <strong>de</strong>senvolvendo-se com gran<strong>de</strong> rapi<strong>de</strong>z, se enfureceram até o ponto <strong>de</strong><br />
organizar uma resistência. Sambalate e Tobias, ajudados pelos árabes, os amonitas e os asdoditas,<br />
fizeram pla<strong>no</strong> para atacar a Jerusalém.<br />
Por aquele tempo, a muralha estava completada até a meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua altura. Neemias não só<br />
orou, senão que <strong>no</strong>meou guardas, dia e <strong>no</strong>ite. A todo o longo da parte mais baixa da muralha, o<br />
<strong>de</strong>ver da guarda foi confiado a várias famílias. Com a comprobação <strong>de</strong> que os inimigos estavam<br />
fracassados em seu projeto, por este eficiente e eficaz sistema da guarda, os ju<strong>de</strong>us reuniram seus<br />
esforços para a construção. Uma meta<strong>de</strong> do povo continuou com as reparações com a espada<br />
disposta, enquanto que a outra meta<strong>de</strong> permanecia em guarda permanente. Além disso tudo, ao<br />
toque da trombeta, todos os que estavam sob or<strong>de</strong>ns se apressavam em acudir imediatamente<br />
até o ponto do perigo, para resistir o ataque inimigo. Não se permitiu a nenhum dos trabalhadores<br />
sair <strong>de</strong> Jerusalém. Trabalharam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o amanhecer até o crepúsculo e permaneciam <strong>de</strong> guarda<br />
durante a <strong>no</strong>ite.<br />
O esforço intensivo para completar a reparação das muralhas, foi especialmente difícil para as<br />
classes mais pobres do povo. Eco<strong>no</strong>micamente encontraram <strong>de</strong>masiado duro pagar tributos e<br />
impostos, interesses, e socorrer às famílias enquanto ajudavam a reconstruir as muralhas. Alguns<br />
inclusive se encararam com o propósito <strong>de</strong> fazer escravos a seus filhos em lugar <strong>de</strong> aumentarem<br />
suas dívidas. Imediatamente, Neemias convocou uma assembléia pública e exigiu uma promessa<br />
dos agressores <strong>de</strong> <strong>de</strong>volver ao povo necessitado o que tinham tomado <strong>de</strong>les. Os pagamentos com<br />
interesses foram cancelados. Como administrador, o próprio Neemias <strong>de</strong>u o exemplo.<br />
Deixou <strong>de</strong> perceber do povo seus direitos <strong>de</strong> gover<strong>no</strong> em alimentos e em dinheiro durante os<br />
doze a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> seu primeiro período, como tinham feito seus antecessores. Além disso, 150 ju<strong>de</strong>us e<br />
oficiais que visitavam Jerusalém foram hospe<strong>de</strong>s da mesa <strong>de</strong> Neemias gratuitamente. Nem ele<br />
nem seus servos adquiriram hipotecas sobre a terra por empréstimos <strong>de</strong> dinheiro e grão, ao<br />
ajudar o necessitado. Desta forma, Neemias resolveu efetivamente a crise econômica durante os<br />
dias cruciais da reparação.<br />
Quando os inimigos dos ju<strong>de</strong>us ouviram que as muralhas estavam quase completas, a <strong>de</strong>speito<br />
da oposição que haviam oferecido, esboçaram pla<strong>no</strong>s para enganar Neemias.<br />
Quatro vezes, Sambalate e Gesem o convidaram a encontrar-se com eles num dos povoados do<br />
vale <strong>de</strong> O<strong>no</strong>. Suspeitando suas más intenções, Neemias <strong>de</strong>cli<strong>no</strong>u os convites, dando a razoável<br />
escusa <strong>de</strong> que estava <strong>de</strong>masiado ocupado. A quinta tentativa foi uma carta aberta <strong>de</strong> Sambalate,<br />
acusando Neemias <strong>de</strong> preparar pla<strong>no</strong>s para rebelião e <strong>de</strong> ter pessoal ambição <strong>de</strong> ser rei. Com a<br />
400 Sambalate é mencionado <strong>no</strong>s Aramaic Papyri escritos pelos ju<strong>de</strong>us na Elefantina, os que apelaram ao filho <strong>de</strong> Sambalate<br />
em <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> ajuda <strong>no</strong> 407 a.C. Isto faz a Sambalate contemporâneo <strong>de</strong> Neemias. Ver Cowley, op. cít. O <strong>no</strong>me <strong>de</strong><br />
Tobias, esculpido numa rocha em escritura aramaica, perto <strong>de</strong> Amam, Jordânia, situa a data comércio anteriorida<strong>de</strong> ao<br />
400 a.C. Isto po<strong>de</strong> referir-se realmente a Tobias, o inimigo <strong>de</strong> Neemias. Ver Albright, Archaeology OF Palestine and the<br />
Bible, pp. 171-22.<br />
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