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a historia de israel no antigo testamento

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• CAPÍTULO 23: AS NAÇÕES ESTRANGEIRAS NAS PROFECIAS<br />

Três profetas me<strong>no</strong>res <strong>de</strong>dicam sua atenção sobre uma nação estrangeira cada um: Obadias<br />

sobre Edom, Naum sobre Assíria e Habacuque sobre Caldéia. Diferentemente <strong>de</strong> Isaias, Amós e<br />

outros profetas, os autores <strong>de</strong>stes oráculos apenas se referem a outras nações. Oferecem alento<br />

ou acusam seu próprio povo somente em forma <strong>de</strong> contraste ou comparação.<br />

Os três livros não proporcionam informação que possa satisfazer a curiosida<strong>de</strong> concernente à<br />

vida pessoal dos profetas. Ao mesmo tempo, as limitadas referências à acontecimentos<br />

contemporâneos fazem impossível datar com certeza suas respectivas carreiras.<br />

Conseqüentemente, existem problemas em relacionar esses homens com os tempos em que<br />

viveram.<br />

Obadias – O orgulho <strong>de</strong> Edom<br />

Ob 1-21<br />

O livro mais reduzido do Antigo Testamento é o <strong>de</strong> Obadias. Não temos médios <strong>de</strong> saber nada<br />

a respeito do profeta, aparte <strong>de</strong> seu <strong>no</strong>me, e não há base para i<strong>de</strong>ntificá-lo com qualquer outra<br />

pessoa que leve esse <strong>no</strong>me. As datas sugeridas para o ministério <strong>de</strong> Obadias, baseadas <strong>no</strong><br />

conteúdo <strong>de</strong> seu oráculo, vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o tempo <strong>de</strong> Amós até a última parte dos tempos <strong>de</strong> Jeremias<br />

586 . A profecia se divi<strong>de</strong> em quatro seções:<br />

I. A segura posição do Edom Ob 1-9<br />

II. As <strong>de</strong>sgraças <strong>de</strong> Jerusalém Ob 10-14<br />

III. O <strong>de</strong>sti<strong>no</strong> <strong>de</strong> Edom Ob 15-16<br />

IV. o triunfo <strong>de</strong> Israel sobre Edom Ob 17-21<br />

Edom é orgulhoso. Seguro em sua inexpugnável fortaleza rochosa, os edomitas refletem a<br />

atitu<strong>de</strong> daqueles que estão por acima do perigo da invasão e da conquista. Não só se vangloriam<br />

<strong>de</strong> sua segurida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sua fortaleza natural, senão que, além disso, são orgulhosos e<br />

soberbos em sua pretendida sabedoria. Embora comprazidos em sua crença <strong>de</strong> que nada lhes<br />

acontecerá, a divina humilhação pen<strong>de</strong> sobre eles. Os ladrões somente po<strong>de</strong>m roubar o suficiente<br />

para eles, e os vindimadores <strong>de</strong>ixam algumas uvas, porém Edom aguarda a pilhagem pelos<br />

confe<strong>de</strong>rados que, sem dúvida, conhecem bastante a respeito dos tesouros que têm escondidos.<br />

Decepcionados por aliados e amigos, os edomitas chegarão a comprovar que nem sua sabedoria<br />

nem seu po<strong>de</strong>r po<strong>de</strong>m salvá-los (versículos 1-9).<br />

Está justificado o juízo sobre Edom? Os cargos contra ele estão claramente estabelecidos e<br />

<strong>de</strong>clarados. No dia da calamida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jerusalém 587 , os edomitas se recriaram <strong>no</strong> mal alheio e até<br />

tinham entregado fugitivos ao inimigo, sendo culpados <strong>de</strong> flagrante injustiça (versículos 10-14).<br />

O dia do Senhor será um dia <strong>de</strong> ren<strong>de</strong>r contas para todas as nações. Obadias, porém, está<br />

especialmente preocupado com Edom e sua relação com o estado e a situação final <strong>de</strong> Judá.<br />

Edom será julgada por suas ações. Beberá do copo do furor e se <strong>de</strong>svanecerá como se nunca<br />

tivesse existido (versículos 15-16).<br />

586 Para uma data precoce para Obadias, ver E. B. Pusey, The Mi<strong>no</strong>r Prophets, 1, PP. J43-369, e C. F. Keil, The Twelve<br />

Mi<strong>no</strong>r Prophets, I, pp. 337-378. Para umadiscussao da data posterior ao 600 a.C., ver R. H. Pfeiffer, Introduction to the<br />

Old Testament, pp. 584, 586 e Aage Bentzen, Introduction to the Old Testament, II, pp. 143-144. O último permite consi<strong>de</strong>rar<br />

uma data que chega até o 312 a.C., quando Petra estava sob o controle árabe, <strong>de</strong> acordo com Diodoro Siculus.<br />

587 Notem-se as numerosas vezes em que Jerusalém esteve sujeita às invasões <strong>no</strong> Antigo Testamento:<br />

1) 1 Reis 14.25-26 – Sisaque <strong>no</strong>s dias <strong>de</strong> Roboão<br />

2) 2 Crônicas 21.16-17 - Os filisteus e árabes em tempos <strong>de</strong> Jorão<br />

3) 2 Reis 14.13-14 – Joás com Israel, em tempos <strong>de</strong> Amasias<br />

4) 2 Reis 24.1 y ss – Nabucodo<strong>no</strong>sor <strong>no</strong> 605-586.<br />

Keil, op. cit., e outros, datam Obadias <strong>no</strong> reinado <strong>de</strong> Jorão. D. W. B. Robinson, "New Bible Commentary", p. 170, e outros,<br />

datam Obadias após a queda <strong>de</strong> Jerusalém.<br />

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