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Hada<strong>de</strong>, o edomita, foi um lí<strong>de</strong>r que se opus a Salomão. Na conquista do Edom por Joabe,<br />
hada<strong>de</strong>, que era um membro da família real, tinha sido resgatado por servos e levado ao Egito<br />
quando criança. Ali casou com uma irmã da rainha do Egito, e gozou do favor e dos privilégios da<br />
corte real. Depois da morte <strong>de</strong> Joabe e Davi, voltou ao Edom e com o passar do tempo se fez o<br />
suficientemente forte como para ser uma ameaça para Salomão em seus últimos a<strong>no</strong>s (1 Rs 11.14-<br />
23). A posição <strong>de</strong> Salomão como "rei do cobre" ficou precária, igual que o lucrativo negócio da<br />
Arábia e o comércio sobre o Mar Vermelho.<br />
Rezom 181 <strong>de</strong> Damasco significou talvez uma ameaça maior (1 Rs 11.23-25). A formação <strong>de</strong> um<br />
rei<strong>no</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte arameu ou sírio constituiu uma séria ameaça política que implicava<br />
conseqüências comerciais. Embora Davi tivesse conquistado Hamate, quando o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Hada<strong>de</strong>ezer<br />
foi quebrado, Salomão o achou necessário para suprimir uma rebelião ali e construir cida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> armazenamento (2 Cr 8.3-4). Inclusive controlou Tifsa, sobre o Eufrates (1 Rs 4.24), que era<br />
extremamente importante para o domínio das rotas do comércio. <strong>no</strong> curso do reinado <strong>de</strong><br />
Salomão, Rezom esteve em condições <strong>de</strong> estabelecer-se por si mesmo em Damasco, aon<strong>de</strong><br />
chegou a ser o maior dos constantes perigos para a paz e a prosperida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Israel <strong>no</strong>s últimos<br />
a<strong>no</strong>s do reinado <strong>de</strong> Salomão.<br />
Conforme mudavam as coisas, um dos homens do próprio Salomão, Jeroboão, filho <strong>de</strong> Nabate,<br />
<strong>de</strong>monstrou ser o fator real <strong>de</strong>vastador em Israel. Sendo um homem verda<strong>de</strong>iramente capaz,<br />
tinha sido colocado ao mando dos trabalhos forçados que reparavam muralhas <strong>de</strong> Jerusalém, e<br />
construiu Milo. Utilizou aquela oportunida<strong>de</strong> para sua própria vantagem política e para ganhar<br />
seguidores. Um dia Aías, o profeta, o encontrou e rasgou seu manto <strong>no</strong>vo em doze pedaços,<br />
entregando-lhe <strong>de</strong>z <strong>de</strong>les. Mediante este ato simbólico, informou a Jeroboão que o rei<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />
Salomão seria dividido, não sobrando senão duas tribos para a dinastia davídica, enquanto que as<br />
outras <strong>de</strong>z constituiriam um <strong>no</strong>vo rei<strong>no</strong>. Sob a condição <strong>de</strong> sua obediência <strong>de</strong> todo coração,<br />
Jeroboão recebeu a certeza <strong>de</strong> que seu rei<strong>no</strong> ficaria permanentemente estabelecido, como o <strong>de</strong><br />
Davi.<br />
Aparentemente, Jeroboão não quis esperar os acontecimentos, o que implicava abertamente<br />
sua oposição ao rei. Por todas as coisas, Salomão suspeitou uma insurreição e buscou a Jeroboão<br />
para matá-lo. Em conseqüência, Jeroboão fugiu ao Egito, on<strong>de</strong> encontrou asilo com Sisaque, até a<br />
morte <strong>de</strong> Salomão.<br />
Inclusive quando o rei<strong>no</strong> se susteve e não foi dividido até <strong>de</strong>pois se sua morte, Salomão esteve<br />
sujeito à angústia <strong>de</strong> uma rebelião interna e da secessão <strong>de</strong> várias partes <strong>de</strong> seu rei<strong>no</strong>.<br />
Como resultado <strong>de</strong> seu falho pessoal em obe<strong>de</strong>cer e servir a Deus <strong>de</strong> todo coração, o bemestar<br />
geral e a prosperida<strong>de</strong> pacífica do rei<strong>no</strong> ficaram seriamente ameaçados e em constante<br />
perigo.<br />
181 Unger, "Israel and the Arameans", pp. 51-55.<br />
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