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Tendo <strong>de</strong>senvolvido o tema da liberação tão a<strong>de</strong>quadamente, Isaias reverte às condições<br />
contemporâneas <strong>de</strong> seu povo. A glória <strong>de</strong> Sião em seu último estado, tem significação somente<br />
como o indivíduo tem a certeza da participação , daqui a comparação entre o justo e o injusto.<br />
Nos capítulos <strong>de</strong> apertura, se põem <strong>de</strong> manifesto <strong>de</strong> forma aguda as distinções (56.9-59.21)<br />
entre as práticas religiosas como as observava Isaias e os requerimentos <strong>de</strong> Deus. A fenda entre o<br />
disposto por Deus e o que fazem os homens é tão obvia, que esta passagem representa um<br />
chamamento ao indivíduo para que se afaste da prática corriqueira e se conforme aos<br />
requerimentos da verda<strong>de</strong>ira religião.<br />
A idolatria e a opressão do pobre prevalecem entre o laicato assim como entre os chefes, os<br />
que estão consi<strong>de</strong>rados como guardiões cegos (56.9-57.13). Simultaneamente, oram e jejuam,<br />
esperando que Deus os favoreça com juízos justos (58.1-5). O pecado e a iniqüida<strong>de</strong> na forma <strong>de</strong><br />
injustiça social, opressão, atos <strong>de</strong> violência e <strong>de</strong>rramamento <strong>de</strong> sangue continua em aberta prática<br />
(59.1-8). Deus está <strong>de</strong>sgostado com tais ações —o juízo e a con<strong>de</strong>nação esperam ao culpável. Por<br />
contraste, Deus se <strong>de</strong>leita na pessoa que é contrita e humil<strong>de</strong> <strong>de</strong> coração (57.15).<br />
Os jejuns verda<strong>de</strong>iros que aprazem ao Senhor implicam a prática do Evangelho social: afastarse<br />
dos malvados, alimentar o faminto e aliviar o oprimido (58.6ss. Ver também capítulo 1). Essas<br />
pessoas têm a certeza <strong>de</strong> receber a resposta <strong>de</strong> suas orações, <strong>de</strong> guia e abundantes bênçãos<br />
(versículo 11). Aqueles que substituem o prazer e os negócios <strong>no</strong> dia santo <strong>de</strong> Deus com uma<br />
genuína e sincera complacência em Deus, têm assegurada a promessa <strong>de</strong> Seu favor (versículos 13-<br />
14). A conformida<strong>de</strong> e a prática ritualística não reúnem os requerimentos <strong>de</strong> Deus para a<br />
verda<strong>de</strong>ira religião.<br />
Já que os pecados nacionais e iniqüida<strong>de</strong>s separaram o homem <strong>de</strong> Deus (69.1-15a), Ele assegura<br />
ao povo justo a divina intervenção e a liberação, enviando um re<strong>de</strong>ntor a Sião.<br />
Quando Ele não encontre a nenhum da raça humana que possa intervir a<strong>de</strong>quadamente, envia<br />
um re<strong>de</strong>ntor vestido com roupas <strong>de</strong> vingança, portador da couraça da justiça e o capacete da<br />
salvação. Este vindicará o justo (59.15b-21).<br />
A gloriosa perspectiva <strong>de</strong> Sião está <strong>de</strong>senhada uma vez mais com a vinda do re<strong>de</strong>ntor para<br />
estabelecer a Israel como o centro e o <strong>de</strong>leite <strong>de</strong> todas as nações (60.1-22). Esta capital será<br />
conhecida como a cida<strong>de</strong> do Senhor e o Sião do Santo <strong>de</strong> Israel. A glória <strong>de</strong> Deus se esten<strong>de</strong>rá tão<br />
universalmente que o sol e a lua não serão precisos já mais. Este reinado continuará para sempre,<br />
como está previamente indicado por Isaias 9.2-7 e outras passagens similares, a data do<br />
cumprimento <strong>de</strong> tudo isso não está indicada além da simples e conclusiva promessa <strong>de</strong> que Deus a<br />
trará a seu <strong>de</strong>vido tempo.<br />
Em preparação para a glória vindoura que será revelada, Deus envia seu mensageiro a Sião,<br />
ungido pelo Espírito do Senhor (61.1-11). Este mensageiro virá com boas <strong>no</strong>vas para proclamar o<br />
tempo do favor <strong>de</strong> Deus, quando o <strong>de</strong>sgraçado seja aliviado, os cativos possam ser <strong>de</strong>ixados em<br />
liberda<strong>de</strong>, os doloridos sejam confortados e o <strong>de</strong>sespero se converta em louvor. O povo <strong>de</strong> Deus<br />
será conhecido como os sacerdotes do Senhor, ao tempo que outros conhecerão as bênçãos<br />
divinas com seu ministério. A justiça e o louvor se elevarão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> todas as nações.<br />
A vindicação e restauração <strong>de</strong> Sião segue em or<strong>de</strong>m natural (62.1-63.6). Sião, que foi esquecida<br />
e <strong>de</strong>solada, se converterá na <strong>de</strong>lícia <strong>de</strong> Deus, ao gozar com seu povo, como um <strong>no</strong>ivo o faz com<br />
sua <strong>no</strong>iva. Os que aguardam são alentados a apelar a Deus dia e <strong>no</strong>ite até que Jerusalém seja<br />
restabelecida como o louvor das nações.<br />
Uma vez mais, as líneas <strong>de</strong> <strong>de</strong>marcação estão claramente estabelecidas <strong>no</strong>s capítulos seguintes<br />
(63.7-65.16), entre os que receberão as bênçãos do Senhor e os ofensores que estarão sujeitos à<br />
maldição <strong>de</strong> Deus. A passagem inicial (63.7-64.12) representa um chamamento a Deus em<br />
solicitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajuda e socorro. Sobre a base do favor <strong>de</strong> Deus para Israel <strong>no</strong> passado, a oração<br />
expressa uma <strong>de</strong>manda para a divina intervenção. Deus é vituperado por ser a causa dos erros do<br />
povo e do endurecimento <strong>de</strong> seu coração (63.17), entregando-os ao po<strong>de</strong>r da iniqüida<strong>de</strong> (64.7), e<br />
fazendo <strong>de</strong>les o que são. A resposta <strong>de</strong> Deus a sua oração (65.1-7) reflete a atitu<strong>de</strong> para com o que<br />
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