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por Oséias, quem voluntariamente pagou tributo como um rei marionete. Com a morte <strong>de</strong> Rezim<br />
e a queda <strong>de</strong> Damasco, o rei<strong>no</strong> da Síria chegou a seu fim, para não voltar a levantar-se jamais.<br />
O gran<strong>de</strong> império assírio<br />
No canto <strong>no</strong>roeste do Crescente Fértil, esten<strong>de</strong>ndo-se por uns 563 km ao longo do rio Tigre, e<br />
com uma largura aproximada <strong>de</strong> 322 km, se encontrava o país da Assíria. O <strong>no</strong>me provavelmente<br />
se <strong>de</strong>ve ao <strong>de</strong>us nacional, Assur, e uma <strong>de</strong> suas cida<strong>de</strong>s foi assim chamada. A importância da<br />
Assíria durante o período do rei<strong>no</strong> dividido fica imediatamente aparente pelo fato <strong>de</strong> que <strong>no</strong> topo<br />
<strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>rio absorveu os rei<strong>no</strong>s da Síria, Israel e Judá, e inclusive o Egito, até Tebas. Por<br />
aproximadamente dois séculos e médio exerceu uma tremenda influência sobre os<br />
acontecimentos da terra <strong>de</strong> Canaã, e daqui que com tanta freqüência apareça <strong>no</strong>s registros<br />
bíblicos.<br />
Embora alguns eruditos traçam os começos da Assíria a princípio do terceiro milênio, se<br />
conhece pouco da época anterior ao século XIX, quando os agressivos estabelecimentos<br />
comerciais <strong>de</strong>sta zona esten<strong>de</strong>ram seus interesses comerciais na Ásia Me<strong>no</strong>r. Nos dias <strong>de</strong> Samsi-<br />
Adã I (1748-1716), Assíria gozou <strong>de</strong> um período <strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong>, com Assur com sua cida<strong>de</strong> mais<br />
importante.<br />
Durante vários séculos a partir <strong>de</strong> então, Assíria foi escurecida pelo rei<strong>no</strong> heteu na Ásia Me<strong>no</strong>r e<br />
o rei<strong>no</strong> mitanni que dominava a zona superior do Tigre-Eufrates.<br />
A verda<strong>de</strong>ira história da Assíria tem seus começos aproximadamente <strong>no</strong> a<strong>no</strong> 1100 a.C., com o<br />
reinado <strong>de</strong> Tiglate-Pileser I (1114-1076 a.C.). De acordo com os anais próprios, esten<strong>de</strong>u o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
sua nação para o oeste <strong>no</strong> mar Mediterrâneo, dominando as nações me<strong>no</strong>res e fracas existentes<br />
naquela zona. Não obstante, durante os seguintes dois séculos o po<strong>de</strong>rio assírio retroce<strong>de</strong>,<br />
enquanto que Israel, sob Davi e Salomão, surge como um po<strong>de</strong>r dominante <strong>no</strong> Crescente Fértil.<br />
Começando com o século IX, Assíria emerge como um po<strong>de</strong>r crescente. As listas epônimas<br />
assírias <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aproximadamente o 892 a.C. ao 648 a.C. fazem possível correlacionar e integrar a<br />
história da Assíria com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Israel, como se registra <strong>no</strong> relato bíblico.<br />
Assurnasirpal II (883-859 a.C.) estabeleceu Calá como sua capital. Após ter <strong>de</strong>senvolvido um forte<br />
po<strong>de</strong>rio militar, começou a pressionar para o oeste, aterrorizando as nações que se opunham com<br />
dureza e cruelda<strong>de</strong> cruzando o Eufrates e estabelecendo contatos comerciais sobre o<br />
Mediterrâneo. Freqüentes contatos com os sírios <strong>no</strong> sul, tiveram com resultado a batalha <strong>de</strong><br />
Qarqar, sobre o rio Orontes, em 853 a.C., <strong>no</strong>s dias <strong>de</strong> se filho Salmaneser III (858-824 a.C.). Na<br />
coalizão encabeçada por Ben-Hada<strong>de</strong> <strong>de</strong> Damasco e Acabe, rei <strong>de</strong> Israel, se uniram 2000 carros <strong>de</strong><br />
guerra e 10.000 soldados, constituindo a maior unida<strong>de</strong> neste grupo. Embora o rei assírio afirmou<br />
sua vitória, resulta duvidoso que assim fosse, já que Salmaneser III evitou o contato com os sírios<br />
durante vários a<strong>no</strong>s após a batalha. Em 848 e <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo em 845 a.C., Ben-Hada<strong>de</strong> resistiu duas<br />
invasões sírias mais, mas não se faz menção <strong>de</strong> qualquer força <strong>israel</strong>ita que ajudasse os sírios<br />
nessas ocasiões. Jeú, quem usurpou o tro<strong>no</strong> na Samaria (841 a.C.), fez proposições <strong>de</strong><br />
subordinação a Salmaneser III, enviando-lhe tributo. Isto <strong>de</strong>ixou a Hazael, <strong>no</strong>vo rei <strong>de</strong> Damasco,<br />
com o problema <strong>de</strong> resistir a agressão assíria. Embora Salmaneser acossou a Síria durante uns<br />
poucos a<strong>no</strong>s <strong>no</strong>s dias <strong>de</strong> Hazael, voltou sua atenção às conquistas <strong>de</strong> zonas <strong>no</strong> <strong>no</strong>rte apor o a<strong>no</strong><br />
837 a.C., proporcionando a Canaã um respiro da pressão assíria durante várias décadas.<br />
Por quase um século, o po<strong>de</strong>r assírio se per<strong>de</strong> nas neblinas do fundo histórico. Samsi-Adã V<br />
(823-811 a.C.) se manteve muito ocupado suprimindo revoltas em várias partes <strong>de</strong> seu rei<strong>no</strong>.<br />
Hada<strong>de</strong>-Nirari III (810-783 a.C.) atacou Damasco antes <strong>de</strong> terminar o século, capacitando os<br />
<strong>israel</strong>itas para obterem um respiro da pressão Síria. Salmaneser IV (782-773 a.C.), Assurdão III (772-<br />
755) e Assur-Nirari (754-745) mantiveram com êxito a importância da Assíria como nação<br />
po<strong>de</strong>rosa, mas não foram o suficientemente fortes como para expandir seus domínios como tinha<br />
feito o prece<strong>de</strong>nte governante.<br />
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