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correspon<strong>de</strong>nte aliança. Os babilônicos <strong>de</strong>spojaram o templo e os tesouros reais. Jeoiaquim e a<br />
rainha-mãe foram tomados também como prisioneiros. Acompanhando-os a seu cativeiro da<br />
Babilônia se encontravam os oficiais do palácio, os gran<strong>de</strong>s cargos da corte, artesãos e todos os<br />
lí<strong>de</strong>res da comunida<strong>de</strong>. Nem sequer entre aqueles milhares estava Ezequiel. Matanias, cujo <strong>no</strong>me<br />
foi trocado por Nabucodo<strong>no</strong>sor pelo <strong>de</strong> Ze<strong>de</strong>quias, ficou a cargo do povo que permaneceu em<br />
Jerusalém.<br />
• Ze<strong>de</strong>quias<br />
(597-586 a.C.). Ze<strong>de</strong>quias era o filho mais <strong>no</strong>vo <strong>de</strong> Josias. Já que Jeoiaquim era consi<strong>de</strong>rado<br />
como o her<strong>de</strong>iro legítimo ao tro<strong>no</strong> <strong>de</strong> Davi, Ze<strong>de</strong>quias foi consi<strong>de</strong>rado como um rei marionete,<br />
sujeito à soberania babilônica. após uma década <strong>de</strong> política débil e vacilante, Ze<strong>de</strong>quias per<strong>de</strong>u o<br />
direito ao gover<strong>no</strong> nacional <strong>de</strong> Judá. Jerusalém foi <strong>de</strong>struída <strong>no</strong> 586.<br />
Jeremias continuou seu fiel ministério através dos angustiosos a<strong>no</strong>s daquele estado <strong>de</strong> guerra,<br />
<strong>de</strong> fome e <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição. Tendo sido <strong>de</strong>ixado com as classes mais baixas do povo em Jerusalém,<br />
Jeremias teve uma apropriada mensagem para seu auditório, baseado numa visão <strong>de</strong> dois cestos<br />
<strong>de</strong> figos (Jr 24). Os figos bons representavam os cativos que tinham sido levados ao <strong>de</strong>sterro. Os<br />
maus, que nem sequer podiam ser comidos, eram as pessoas que tinham restado em Jerusalém. O<br />
cativeiro também lhes aguardava a seu <strong>de</strong>vido tempo.<br />
Jeremias escreveu cartas aos exilados da Babilônia, alentando-os a adaptar-se às condições do<br />
exílio. Não podiam esperar o retor<strong>no</strong> a Judá em setenta a<strong>no</strong>s (Jr 25.11-12; 29.10).<br />
Ze<strong>de</strong>quias esteve sob pressão constante para unir-se aos egípcios numa rebelião contra a<br />
Babilônia. Quando Salmético II suce<strong>de</strong>u a Neco (594 a.C.), Edom, Moabe, Amom e Fenícia se<br />
uniram ao Egito numa coalizão antibabilônica, criando uma crise em Judá. Com um jugo <strong>de</strong><br />
ma<strong>de</strong>ira <strong>no</strong> pescoço, Jeremias anunciou dramaticamente que Nabucodo<strong>no</strong>sor era o servo <strong>de</strong> Deus<br />
ao qual as nações <strong>de</strong>veriam submeter-se <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong>. Ze<strong>de</strong>quias recebeu a certeza <strong>de</strong> que a<br />
submissão ao rei da Babilônia evitaria a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Jerusalém (Jr 27) 273 .<br />
A oposição a Jeremias crescia conforme os falsos profetas aconselhavam uma rebelião.<br />
Inclusive confundiam os cativos, dizendo-lhes que os tesouros do templo logo seriam<br />
<strong>de</strong>volvidos.<br />
Contrariamente ao conselho <strong>de</strong> Jeremias, asseguravam aos exilados a breve volta ao lar pátrio.<br />
Um dia, Hananias tomou o jugo <strong>de</strong> Jeremias, o quebrou e anunciou publicamente que da mesma<br />
forma o jugo da Babilônia seria rompido <strong>no</strong>s seguintes dois a<strong>no</strong>s. Assombrado, Jeremias<br />
continuou seu caminho. Logo voltou portador <strong>de</strong> uma mensagem <strong>de</strong> Deus. mostrou <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo o<br />
jugo, <strong>de</strong>sta vez <strong>de</strong> ferro, em vez <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, anunciando que as nações cairiam nas garras <strong>de</strong><br />
Nabucodo<strong>no</strong>sor, on<strong>de</strong> não haveria escape. No que diz respeito a Hananias, Jeremias anunciou que<br />
morreria antes que finalizasse aquele a<strong>no</strong>, o que se cumpriu. O funeral <strong>de</strong> Hananias foi a pública<br />
confirmação <strong>de</strong> que Jeremias era o verda<strong>de</strong>iro mensageiro <strong>de</strong> Deus.<br />
Embora Ze<strong>de</strong>quias sobreviveu à primeira crise, ajudou aos pla<strong>no</strong>s agressivos para a rebelião <strong>no</strong><br />
588, quando o <strong>no</strong>vembro Faraó do Egito organizou uma expedição à Ásia. Com Amom e Judá em<br />
rebelião, Nabucodo<strong>no</strong>sor rapidamente se estabeleceu em Ribla, na Síria.<br />
Imediatamente, seu exército sitiou Jerusalém. Apesar que Ze<strong>de</strong>quias não quis ren<strong>de</strong>r-se, como<br />
Jeremias o havia aconselhado, tentou fazer o melhor em busca <strong>de</strong> uma solução favorável.<br />
Anunciou a liberda<strong>de</strong> dos escravos, que em tempo <strong>de</strong> fome eram vantajosos para seus do<strong>no</strong>s,<br />
para não ter que lhes dar rações. Quando o assedio a Jerusalém foi subitamente levantado, pois<br />
as forças da Babilônia se dirigiram para o Egito, os do<strong>no</strong>s dos escravos lhe reclamaram <strong>de</strong><br />
imediato (Jr 37). Jeremias então advertiu que os babilônicos logo retomariam seu assédio.<br />
Um dia, enquanto se dirigia a Anatote, Jeremias foi arrestado, espancado e aprisionado com os<br />
cargos <strong>de</strong> ser partidário da Babilônia. Ze<strong>de</strong>quias mandou chamá-lo e numa entrevista secreta,<br />
273 Note-se que ao ler "Jeoiaquim" <strong>no</strong> versículo 1, está consi<strong>de</strong>rado como um erro <strong>de</strong> transcrição ou do escriba. Os versículos<br />
3 e 12 confirmam a leitura <strong>de</strong> "Ze<strong>de</strong>quias".<br />
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