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a historia de israel no antigo testamento

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aliasse com o Egito, que tinha sido liberado da dominação assíria por Samético I <strong>no</strong> 654 a.C. 281<br />

Após repetidos ataques sobre a Assíria, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Assur caiu em mãos dos medos sob Ciaxares<br />

<strong>no</strong> 614 a.C. O resultado dos esforços da Babilônia para ajudar os medos na conquista foi uma<br />

aliança medo-babilônica, confirmada pelo matrimônio 282 . No 612 a.C., os medos e os babilônicos<br />

convergiram sobre Nínive, <strong>de</strong>vastando a gran<strong>de</strong> capital assíria e dividindo o botim 283 . Pô<strong>de</strong> muito<br />

bem ter sido que Sinsariskum, o rei assírio, perecesse na <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Nínive.<br />

Os assírios se arranjaram para fugir, se retiraram ao oeste ao Harã. Durante vários a<strong>no</strong>s os<br />

babilônicos fizeram ataques por surpresa e realizaram conquistas em vários pontos ao longo do<br />

Eufrates, porém evitaram qualquer conflito direto com Assur-Ubalite, o rei assírio <strong>de</strong> Harã. No 609<br />

a.C., com o apoio <strong>de</strong> Ummam-manda e suas forças, Nabopolassar marchou para o Harã. Os<br />

assírios, que por aquele tempo tinham unido suas forças às egípcias, abandonaram Harã e se<br />

retiraram às ribeiras oci<strong>de</strong>ntais do Eufrates. Conseqüentemente, Nabopolassar ocupou Harã sem<br />

luta, <strong>de</strong>ixando ali uma guarnição, quando voltou à Babilônia. O exército babilônico voltou a Harã<br />

quando Assur-Ubalite tentou recapturar a cida<strong>de</strong>. nesta ocasião, Assur-Ubalite aparentemente<br />

escapou com suas forças assírias para o <strong>no</strong>rte, rumo ao Urartu, já que Nabopolassar dirigia sua<br />

campanha naquela zona, sem que haja ulterior menção nas crônicas nem dos assírios nem <strong>de</strong><br />

Assur-Ubalite 284 . Depois <strong>de</strong> ter dirigido suas expedições para o <strong>no</strong>r<strong>de</strong>ste durante uns quantos<br />

a<strong>no</strong>s, Nabopolassar re<strong>no</strong>vou seus esforços para rivalizar com as tropas egípcias ao longo do Alto<br />

Eufrates. A finais do 607 e continuando <strong>no</strong> a<strong>no</strong> seguinte, os babilônicos tiveram vários encontros<br />

com os egípcios e voltaram a sua origem a princípios do 605. esta foi a última vez que<br />

Nabopolassar conduziu seu exército à batalha.<br />

• Nabucodo<strong>no</strong>sor<br />

(605-562 a.C.). Na primavera do 605, Nabopolassar enviou a Nabucodo<strong>no</strong>sor 285 , o príncipe<br />

coroado, e o exército babilônico para resolver a ameaça egípcia sobre o Alto Eufrates 286 . Com<br />

<strong>de</strong>terminação, marchou diretamente a Carquemis, que os egípcios tinham em suas mãos <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

609, na ocasião em que Neco fora para ajudar as forças assírias. Os egípcios foram <strong>de</strong>cisivamente<br />

<strong>de</strong>rrotados em Carquemis, a princípios daquele verão. Em perseguição <strong>de</strong> seus inimigos, os<br />

babilônicos iniciaram outra batalha em Hamate. Nabucodo<strong>no</strong>sor tinha o controle da Síria e a<br />

Palestina, e os egípcios se retiraram a seu próprio país. Wisemam observa corretamente que isto<br />

teve um <strong>de</strong>cisivo efeito sobre Judá 287 . Embora Nabucodo<strong>no</strong>sor pô<strong>de</strong> ter-se estabelecido em Ribla,<br />

que mais tar<strong>de</strong> converteu em seu quartel geral, ele, sem dúvida, enviou seu exército o bastante ao<br />

sul para expulsar os egípcios da Palestina. Jeoiaquim, que era vassalo <strong>de</strong> Neco, se converteu então<br />

em súbdito <strong>de</strong> Nabucodo<strong>no</strong>sor. Os tesouros do templo <strong>de</strong> Jerusalém e os reféns, incluindo a<br />

Daniel, foram tomados e levados à Babilônia (Dn 1.1).<br />

Em agosto, o 15 ou 16 do 605 a.C., Nabopolassar morreu 288 . O príncipe coroado imediatamente<br />

correu para a Babilônia. O dia <strong>de</strong> sua chegada, o 6 ou 7 <strong>de</strong> setembro, Nabucodo<strong>no</strong>sor foi coroado<br />

rei da Babilônia. Tendo assegurado o tro<strong>no</strong>, voltou com seu exército ao oeste para assegurar a<br />

posição da Babilônia e a arrecadação <strong>de</strong> tributos. No a<strong>no</strong> seguinte (604), marchou com seu<br />

exército a Síria mais uma vez. Desta vez requereu dos reis <strong>de</strong> várias cida<strong>de</strong>s que se apresentassem<br />

281 Ver Wiseman, op. cit., p. 12.<br />

282 O matrimônio do filho <strong>de</strong> Nabopolassar, Nebuchadnessar e Amytis, filha do filho <strong>de</strong> Ciaxares. Ver C. J. Gadd, "The Fall<br />

of Nineveh", pp. 10-11.<br />

283 Quem eram os Ummam-manda mencionados nesta campanha como aliados com a Babilônia? Alguns eruditos os equiparam<br />

com os medos, enquanto que outros os i<strong>de</strong>ntificam com os escitas. Embora Wiseman (op. cit., pp. 15-16), está a<br />

favor dos 1os, <strong>de</strong>ve-se levar em conta sua discussão relacionando as fontes históricas proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> ambos pontos <strong>de</strong><br />

vista.<br />

284 Ibíd., p. 19.<br />

285 As crônicas da Babilônia para os primeiros <strong>de</strong>z a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Nabucodo<strong>no</strong>sor e seu reinado estão publicadas num volume<br />

por Wiseman, op. cit., bajo B. M 21946 (605-09S a. C. pp. 66 y ss.<br />

286 Wisemam sugere que Nabopolassar permaneceu em seu país por razões políticas ou estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

287 Wiseman, op. cit., p. 26.<br />

288 Ibíd., p. 26.<br />

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