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investigar o que ali acontecia, implicando que os ju<strong>de</strong>us estavam rebelando-se contra a Pérsia<br />
(Esdras 5-6). Embora não or<strong>de</strong>nam logo um cesse dos trabalhos, tomam <strong>no</strong>ta <strong>de</strong> todos os <strong>no</strong>mes<br />
dos chefes ju<strong>de</strong>us, e fazem uma relação formal a Dario. Não está indicado quanto tempo<br />
transcorreu <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o envio da mensagem ao rei até que receberam a resposta. é provável que os<br />
ju<strong>de</strong>us não conhecessem o veredicto do rei da Pérsia, quando Zacarias começou suas profecias.<br />
Sem dúvida, haveria muitos que se perguntaram por quanto tempo estariam em condições <strong>de</strong><br />
continuar o programa construtivo empreendido. Já tinham sido <strong>de</strong>tidos uma vez; po<strong>de</strong>ria<br />
acontecer <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo. o problema <strong>de</strong> seu imediato futuro que <strong>de</strong>pendia do <strong>de</strong>creto do rei persa,<br />
molestou bastante a comunida<strong>de</strong> judaica.<br />
Durante os dias da incerteza, o profeta teve uma mensagem alentadora. Mediante aquela série<br />
<strong>de</strong> visões <strong>no</strong>turnas, lhe chegou a certeza <strong>de</strong> que Deus, que vigia sobre toda a terra, tinha<br />
prometido a restauração <strong>de</strong> Jerusalém. As nações, em cujas mãos os <strong>israel</strong>itas tinham sofrido<br />
tanto, seriam <strong>de</strong>struídas, como os quatro carpinteiros <strong>de</strong>struíram os quatro chifres. A paz e a<br />
plenitu<strong>de</strong> estavam asseguradas na promessa da expansão <strong>de</strong> Jerusalém fora <strong>de</strong> suas muralhas. Já<br />
que a muralha da cida<strong>de</strong> proporcionava segurida<strong>de</strong> contra o inimigo <strong>no</strong>s tempos do Antigo<br />
Testamento, o pacífico lugar além dos muros implicava liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser atacado. Na visão <strong>de</strong><br />
Josué se fez provisão para uma a<strong>de</strong>quada intercessão em favor <strong>de</strong> Israel. Imediatamente <strong>de</strong>pois<br />
foi-lhe dada a segurida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que Zorobabel seria revestido <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r pelo Espírito <strong>de</strong> Deus para<br />
completar a construção do templo. Apesar da maldição aplicada aos malvados e pecadores, a<br />
iniqüida<strong>de</strong> estava sendo realmente suprimida da terra. Em conclusão, a patrulha <strong>de</strong> carros sob o<br />
mando do Senhor da terra levaria a tranqüilida<strong>de</strong> aos reconstrutores do templo. A todos aqueles<br />
que foram receptivos à mensagem do profeta e exerceram sua fé em Deus, aquela oportuna<br />
palavra <strong>de</strong>ve ter-lhes proporcionado um verda<strong>de</strong>iro alento, em momentos em que tanta<br />
ansieda<strong>de</strong> existia enquanto não se recebia o veredicto <strong>de</strong> Dario.<br />
Extraordinária e profética foi a ação simbólica do profeta (6.9-15). Com uma coroa <strong>de</strong> ouro e<br />
prata, e acompanhado por três ju<strong>de</strong>us da Babilônia, Zacarias coroou a Josué como sumo<br />
sacerdote 608 . Muito significativa também foi a eleição <strong>de</strong> Josué, para significar o Re<strong>no</strong>vo que<br />
construiria o templo quando as nações, <strong>de</strong> longe, prestariam seu apoio e ajuda 609 . A glória, a<br />
honra e a paz acompanham a este governante em sua combinação única <strong>de</strong> realeza e sacerdócio.<br />
Estas dignida<strong>de</strong>s estavam separadas em Judá inclusive <strong>no</strong>s dias <strong>de</strong> Zacarias.<br />
A coroa simbólica era para ser colocada <strong>no</strong> templo como monumento comemorativo. A<br />
mensagem do profeta seria certificada pela imediata ajuda que iam receber (6.15).<br />
Tampouco se indica com que prontidão chegou a resposta <strong>de</strong> Dario. Porém chegou com o<br />
veredicto favorável para os ju<strong>de</strong>us. Dario, o rei persa, não somente anulou a tentativa <strong>de</strong> Tatenai e<br />
seus colegas <strong>de</strong> gover<strong>no</strong> para <strong>de</strong>ter a construção, senão que or<strong>de</strong><strong>no</strong>u que eles ajudassem aos<br />
ju<strong>de</strong>us com subministros materiais e com tributos e ajuda econômica (Esdras 6.6-15).<br />
Dois a<strong>no</strong>s se passaram <strong>no</strong> programa da construção. Uma <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> Betel chega a Jerusalém<br />
com uma consulta referente ao jejum 610 . Zacarias os lembra <strong>de</strong> que da ira <strong>de</strong> Deus tinha caído<br />
sobre Jerusalém por causa <strong>de</strong> que seus antepassados não obe<strong>de</strong>ceram a lei nem escutaram os<br />
profetas, que os advertiram (7.4-14). O Senhor dos Exércitos é zeloso por Sião e restaurará<br />
Jerusalém. Os que restem serão reunidos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o leste e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o oeste <strong>de</strong> forma tal que uma<br />
ligação satisfatória e <strong>de</strong> mútua <strong>de</strong>pendência será forjada entre Deus e seu povo (8.1-8).<br />
A imediata aplicação a seu auditório é dada em 8.9-19. A admoestação <strong>de</strong> Zacarias é que se<br />
dupliquem os esforços <strong>no</strong> programa <strong>de</strong> reconstrução. Deus fez <strong>de</strong> Israel um objeto <strong>de</strong> zombaria<br />
entre as nações, porém agora se propõe fazer o bem para seu próprio povo. permitirá que a<br />
608 O plural "coroas" em hebraico <strong>de</strong><strong>no</strong>ta uma simples coroa <strong>de</strong> ouro e prata misturados, ou várias dia<strong>de</strong>mas. Ver Keil, op.<br />
cit., em seu comentário sobre 6.11.<br />
609 Normalmente a coroa real era entregue ao governante político. R. H. Pfeiffer, op. cit., pp. 605-606 troca o texto, lendo<br />
"Zorobabel" por "Josué" em 6.11, e afirma que Zorobabel estava coroado em secreto, porém suprimido como governador<br />
pelos persas. Falta a evidência que apóie esta teoria. Ver New Bible Commentary, p. 754. Albright, op. cit., p. 50, não vê<br />
indicação <strong>de</strong> que Zorobabel fosse, <strong>de</strong> jeito nenhum, <strong>de</strong>sleal à coroa.<br />
610 Ver também Keil, op. cí.t, na discussão <strong>de</strong>ste referência.<br />
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