24.06.2013 Views

O Trágico do Estado Pós-colonial.pdf - Estudo Geral

O Trágico do Estado Pós-colonial.pdf - Estudo Geral

O Trágico do Estado Pós-colonial.pdf - Estudo Geral

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

(2007), Bonjour Monsieur le Ministre! (2007); 3) Pepetela (Angola): A Gloriosa família (1997),<br />

Jaime Bunda, agente secreto (2001), Jaime Bunda e a morte <strong>do</strong> Americano (2003), Preda<strong>do</strong>res (2005).<br />

Os quatro primeiros capítulos correspondem a uma reflexão de alcance teórico<br />

relativamente a diversos conceitos utiliza<strong>do</strong>s no decorrer da dissertação. Em primeiro lugar,<br />

analiso as possíveis conexões entre a literatura comparada e as teorias pós-coloniais<br />

(capítulo I). Em segun<strong>do</strong> lugar, estu<strong>do</strong> os conceitos de tradução e de fronteira, que uma<br />

certa teoria pós-<strong>colonial</strong> celebra sem, contu<strong>do</strong>, questionar os limites <strong>do</strong> seu alcance<br />

heurístico (capítulo II). No terceiro capítulo, examino o conceito de Esta<strong>do</strong> pós-<strong>colonial</strong>.<br />

Num primeiro tempo, tento demonstrar que parte <strong>do</strong> senso comum e <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

académico analisa o Esta<strong>do</strong> pós-<strong>colonial</strong> como sen<strong>do</strong> falha<strong>do</strong> por natureza, sem articular o<br />

seu suposto fracasso com uma série de fenómenos: Esta<strong>do</strong> <strong>colonial</strong>, neo<strong>colonial</strong>ismo, lugar<br />

ocupa<strong>do</strong> no sistema-mun<strong>do</strong>, etc. É para justamente contextualizar o dito Esta<strong>do</strong> que<br />

recorro a textos de historia<strong>do</strong>res, geopolitólogos e sociólogos que ajudam a compreender o<br />

fenómeno em questão. Apresento este Esta<strong>do</strong> como uma macro-estrutura que funciona<br />

para uns (os cidadãos) e não para outros (os sujeitos), uma macro-estrutura que determina a<br />

vida destes últimos ou melhor que pesa nas suas vidas e que, nos textos <strong>do</strong> corpus desta<br />

dissertação, funciona como força trágica. O capítulo IV examina justamente o conceito de<br />

trágico nos seus diversos senti<strong>do</strong>s: senso comum, senti<strong>do</strong> filosófico e categoria literária.<br />

Tento aí demonstrar que este conceito dinâmico circula com facilidade de Norte a Sul,<br />

analisan<strong>do</strong> em que medida críticos, pensa<strong>do</strong>res e escritores das Áfricas o recuperaram nos<br />

seus diversos significa<strong>do</strong>s.<br />

Os últimos capítulos são dedica<strong>do</strong>s à análise <strong>do</strong>s textos literários <strong>do</strong> corpus numa<br />

perspetiva comparatista. Releio-os à luz <strong>do</strong>s conceitos forja<strong>do</strong>s e analisa<strong>do</strong>s na parte teórica<br />

para evidenciar o mo<strong>do</strong> como as peças e os romances representam justamente o Esta<strong>do</strong> em<br />

questão como macro-estrutura e força trágica sobre os destinos das personagens<br />

representadas.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!