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aportes para uma hermenêutica da identidade e da práxis docente

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inadequados. Muitas vezes, a reflexão sobre as questões existenciais permanece no campo<br />

<strong>da</strong> imanência, <strong>da</strong> inter-relação dos seres h<strong>uma</strong>nos. Tanto o objeto quanto o sujeito do<br />

método de correlação têm relação com a experiência religiosa do ser h<strong>uma</strong>no e <strong>da</strong> própria<br />

relação entre Deus e o ser h<strong>uma</strong>no. Portanto, percebemos, dessa maneira, a íntima relação<br />

entre método de correlação e teoria de símbolos.<br />

Hubertus Halbfas 253 afirma que o conceito de símbolo é legítima categoria de<br />

mediação religiosa e que o método de correlação é o “lugar vivencial” que viabiliza essa<br />

mediação. Dessa forma o símbolo é a manifestação <strong>da</strong> mediação simbólica religiosa<br />

expressa<strong>da</strong> através de <strong>uma</strong> categoria que transcende os próprios limites <strong>da</strong><br />

comunicabili<strong>da</strong>de h<strong>uma</strong>na. Isto é, torna comunicável o que de outra maneira permanece<br />

inacessível.<br />

O método de correlação tem, portanto, a função <strong>hermenêutica</strong> de tornar<br />

compreensível tanto a proclamação bíblico-eclesial, quanto proporcionar a inter-relação de<br />

<strong>uma</strong> ação comunicativa que estabelece <strong>uma</strong> mediação religiosa entre a transcendência e a<br />

imanência.<br />

5.2. Conceito de símbolos em Paul Tillich<br />

5.2.1. Definição de símbolos<br />

Para o teólogo alemão Paul Tillich, o símbolo religioso tem <strong>uma</strong> ligação direta com<br />

as perguntas existenciais <strong>da</strong> pessoa, com aquilo que é preocupação incondicional, vali<strong>da</strong>de<br />

última. 254 Ou seja: tem a ver com a própria existência h<strong>uma</strong>na. Para Tillich, a pessoa não<br />

consegue respostas definitivas às próprias perguntas enquanto permanecer girando em<br />

torno de si mesma e <strong>da</strong>s perguntas por ela própria formula<strong>da</strong>s. Tillich desenvolve o<br />

pensamento de que a revelação 255 contém respostas que somente têm sentido se estão em<br />

correlação com as perguntas sobre o conjunto <strong>da</strong> existência h<strong>uma</strong>na.<br />

Um símbolo religioso, assim como os símbolos existenciais aplicados diretamente à<br />

educação, nasce e morre na correlação interdependente <strong>da</strong> própria revelação e <strong>da</strong>s<br />

253 Hubertus HALBFAS, Das dritte Auge, p. 97.<br />

254 Paul TILLICH, A dinâmica <strong>da</strong> fé, p. 30.<br />

255 Paul TILLICH, Teologia sistemática, p. 113; Carl ARMBRUSTER, El pensamento de Paul<br />

Tillich, p. 87; Paul TILLICH, Dinâmica <strong>da</strong> fé, p. 5.

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