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aportes para uma hermenêutica da identidade e da práxis docente

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147<br />

de especialização. Esse processo de “feedback” 348 trouxe um bom retorno, sendo possível<br />

confirmar e realçar alg<strong>uma</strong>s idéias. A principal intenção desse exercício reflexivo não era o<br />

de verificar se as pessoas desses dois grupos manifestavam pessoalmente as atitudes de<br />

resistência, mas se elas constatavam a presença dessas atitudes no seu contexto de trabalho<br />

e portanto avaliar criticamente a sistematização que se estava realizando. A opção por<br />

esses dois grupos se deu pelos seguintes critérios: o grupo de aconselhamento era<br />

constituído por pessoas com experiência em acompanhamento psicológico e alg<strong>uma</strong>s com<br />

envolvimento educacional. O grupo de professores era constituído por um bom número de<br />

pessoas que atuavam em coordenação pe<strong>da</strong>gógica e direção de escola. Grande parte desse<br />

grupo li<strong>da</strong>va com formação continua<strong>da</strong> nas suas próprias escolas.<br />

Através desse processo metodológico de interação e de reflexão dialógica, podemos<br />

elaborar o seguinte agrupamento de atitudes de resistência à ressignificação e<br />

ressimbolização <strong>da</strong> <strong>práxis</strong> educativa e <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong>: a) medo; b) elemento<br />

psicoemocional e falta de motivação; c) dificul<strong>da</strong>des cognitivas; d) sentimento de<br />

inferiori<strong>da</strong>de; e) situação macro e micro-estrutural e f) mito do intocável. Essa<br />

sistematização foi realiza<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> reação <strong>da</strong>s pessoas manifesta<strong>da</strong> nas ativi<strong>da</strong>des<br />

letivas em sala de aula.<br />

8.1. Elemento do medo<br />

O elemento do medo foi o aspecto mais destacado e que recebeu maior quanti<strong>da</strong>de<br />

de variantes, sendo possível realizar um agrupamento de ênfases e de compreensão distinta<br />

em torno do sentimento do medo. No diálogo reflexivo entre as pessoas, de forma especial<br />

nos dois cursos mencionados acima, constatamos que o medo é o sentimento que mais<br />

provoca bloqueios e inibe ações inovadoras.<br />

O aspecto mais manifestado e que mais provoca tensão é o medo expressado diante<br />

do desconhecido, diante de situações novas. Ou seja, diante de algo sobre que nós não<br />

temos controle, domínio, e não conseguimos prever os passos e movimentos seguintes. A<br />

principal justificativa apresenta<strong>da</strong> foi a de que o desconhecido gera insegurança, pois<br />

diante do conhecido se sabe como agir e reagir, como li<strong>da</strong>r, como se comportar, o que<br />

pensar e avaliar. Diante do conhecido e do rotineiro, as situações são mais ou menos<br />

348 Silvino Fritzen define feedback como “um processo que fornece informações, possibilitando à<br />

pessoa descobrir o impacto de suas ações e palavras sobre o grupo. Silvino J. FRITZEN,<br />

Treinamento de líderes voluntários, p. 69-74.

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