12.04.2013 Views

aportes para uma hermenêutica da identidade e da práxis docente

aportes para uma hermenêutica da identidade e da práxis docente

aportes para uma hermenêutica da identidade e da práxis docente

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

248<br />

destaca<strong>da</strong> pela explicação e que identificamos com a referência do texto,<br />

a saber, o seu poder de desenvolver um mundo. 560<br />

Portanto, o processo de compreensão <strong>da</strong> narrativa <strong>da</strong>s pessoas sobre a sua<br />

identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong> não pode excluir o compromisso e comprometimento pessoal e nem<br />

desconsiderar o conjunto total dos processos objetivos e explicativos que constituem a<br />

mediação. O sujeito que narra passa a ser sujeito a medi<strong>da</strong> em que também objetiva a<br />

narração de si mesmo e subjetiviza a objetivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> sua interpretação. Isto significa dizer<br />

que não se pode se<strong>para</strong>r o próprio sujeito <strong>da</strong> sua Umwelt e do seu processo interpretativo,<br />

nem <strong>da</strong> sua potenciali<strong>da</strong>de interpretativa. É o movimento dialético entre a objetivação e a<br />

subjetivação, juntamente com o movimento dialético <strong>da</strong> explicação e <strong>da</strong> compreensão, que<br />

vai permitir <strong>uma</strong> interpretação <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong>. Entretanto, essa interpretação vai<br />

poder tornar-se mais significativa e ressignificadora, na medi<strong>da</strong> em que está presente<br />

igualmente o movimento dialético <strong>da</strong> mesmi<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> ipsei<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> alteri<strong>da</strong>de. Ou seja, é<br />

um processo de fortalecimento do self pessoal que se faz nas relações interpessoais e<br />

intergrupais, constituindo um self grupal, pois a dialogici<strong>da</strong>de só se torna possível na<br />

alteri<strong>da</strong>de.<br />

No próximo capítulo, refletiremos sobre a dimensão <strong>hermenêutica</strong> presente no<br />

movimento hermenêutico e as interpretações realiza<strong>da</strong>s pelos grupos em que foram<br />

realiza<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong>des educativas.<br />

560 Paul RICOEUR, Do texto à ação, p. 211.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!