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aportes para uma hermenêutica da identidade e da práxis docente

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com o real, com o mundo objetivo, pode ser <strong>uma</strong> ameaça, <strong>da</strong> qual ele só escapa se aceitar<br />

trabalhar mais com a sua função inferior, a sensação extroverti<strong>da</strong>. “A intuição introverti<strong>da</strong><br />

percebe todos os processos de fundo <strong>da</strong> consciência, praticamente com a mesma nitidez<br />

com que a sensação extroverti<strong>da</strong> percebe os objetos exteriores”. Para a intuição, as<br />

imagens inconscientes adquirem a digni<strong>da</strong>de de coisas ou objetos.<br />

A intuição introverti<strong>da</strong> “capta as imagens que nascem dos fun<strong>da</strong>mentos a priori,<br />

isto é, hereditários, do espírito inconsciente” 378 . Esses arquétipos, cuja “natureza íntima é<br />

inacessível à experiência, representam o sedimento do funcionamento psíquico <strong>da</strong> linha<br />

ancestral”, isto é, <strong>da</strong>s experiências do existir orgânico em geral, acumula<strong>da</strong>s em milhões de<br />

repetições e condensa<strong>da</strong>s em tipos.<br />

9.3. Os tipos psicológicos e a formação <strong>docente</strong><br />

Carlos Byington 379 é <strong>da</strong> opinião que <strong>uma</strong> parte <strong>da</strong> formação do <strong>docente</strong> deveria se<br />

dedicar a identificação <strong>da</strong> tipologia do professor. A partir do momento em que ca<strong>da</strong><br />

<strong>docente</strong> identificasse a sua tipologia, conheceria melhor a si mesmo, poderia compreender<br />

melhor a sua ação e reação diante de atos educativos e poderia descobrir a sua melhor<br />

metodologia de ensinar. Ou seja, apesar de não ser <strong>uma</strong> garantia, o processo de<br />

autoconhecimento poderia se transformar n<strong>uma</strong> qualificação <strong>da</strong> competência <strong>docente</strong>.<br />

Assim como também, ca<strong>da</strong> professor deveria ter condições de reconhecer a tipologia de<br />

seus alunos e poder proporcionar <strong>uma</strong> aprendizagem de acordo com as potenciali<strong>da</strong>des dos<br />

estu<strong>da</strong>ntes e tendo consciência <strong>da</strong> sua tipologia pessoal, identificar os estu<strong>da</strong>ntes com a<br />

tipologia oposta à sua e proporcionar-lhes ações educativas adequa<strong>da</strong>s. Carlos Byington<br />

acredita que o <strong>docente</strong> conhecedor <strong>da</strong> sua tipologia saberá trabalhar com situações opostas<br />

à sua. Ao mesmo tempo, poderá ter consciência de que determina<strong>da</strong>s técnicas educativas<br />

favorecem mais <strong>uma</strong> tipologia e menos <strong>uma</strong> outra. Ao analisar essa dimensão educativa,<br />

Carlos Byington afirma o seguinte:<br />

As técnicas fantasiosas e imaginativas favorecem a expressão intuitiva.<br />

As técnicas explicativas estimulam a função pensamento. As técnicas<br />

corporais e imagéticas favorecem a sensação e as musicais, poéticas,<br />

emocionais e interpessoais, o sentimento. (...) As técnicas dramáticas, por<br />

sua vez, podem ativar to<strong>da</strong>s as quatro funções junto com a emoção. 380<br />

378 Id., ibid., § 729.<br />

379 Carlos Amadeu BYINGTON, Pe<strong>da</strong>gogia simbólica, p. 105s.<br />

380 Id., ibid., p. 106.

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