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aportes para uma hermenêutica da identidade e da práxis docente

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madeira <strong>da</strong> cruz 349 , e compreender que o Cristo reconcilia a h<strong>uma</strong>ni<strong>da</strong>de com Deus. E<br />

nessa ação reconciliadora, Cristo ressignifica a culpa e a transforma em nova possibili<strong>da</strong>de<br />

de vi<strong>da</strong>, ressimboliza a “distância” em “proximi<strong>da</strong>de”, transformando a ameaça e a<br />

ansie<strong>da</strong>de em nova quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>. Dessa forma, ao se olhar <strong>para</strong> a “madeira” <strong>da</strong> cruz<br />

de Cristo, pode-se ver a possibili<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> e do acesso livre ao conhecimento e à<br />

descoberta <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de.<br />

Compreender os processos de resistência na <strong>práxis</strong> educativas significa poder<br />

interpretar as próprias condições <strong>da</strong> constituição <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong>. Compreender as<br />

possibili<strong>da</strong>des de ressignificação e ressimbolização dessas resistências significa vislumbrar<br />

as possibili<strong>da</strong>des <strong>da</strong> relação dialética entre mesmi<strong>da</strong>de, ipsei<strong>da</strong>de e alteri<strong>da</strong>de, que só se<br />

torna possível através <strong>da</strong> dialogici<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> narrativa de sua própria trajetória de vi<strong>da</strong>.<br />

Acreditar na categoria <strong>da</strong> inacababili<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> dýnamis <strong>da</strong> personali<strong>da</strong>de h<strong>uma</strong>na significar<br />

acreditar na possibili<strong>da</strong>de de ressignificação. Portanto, desenvolver <strong>uma</strong> reflexão sobre a<br />

<strong>hermenêutica</strong> <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong> implica compreender e interpretar as resistências<br />

h<strong>uma</strong>nas, reconhecendo-as como <strong>uma</strong> manifestação real e como elemento integrante <strong>da</strong><br />

própria constituição h<strong>uma</strong>na. O processo de ressignificação não permite <strong>uma</strong> atitude de<br />

negação e nem de condenação, mas sim um processo de formação do próprio <strong>docente</strong>.<br />

A interpretação <strong>da</strong> resistência interativa <strong>da</strong>s pessoas diante de dinâmicas de<br />

ressignificação e ressimbolização <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de <strong>docente</strong> deve ser aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong> com a<br />

compreensão <strong>da</strong> tipologia psicológica do ser h<strong>uma</strong>no sistematiza<strong>da</strong> por Carl Gustav Jung.<br />

A sua teoria pode nos aju<strong>da</strong>r a compreender a diversi<strong>da</strong>de de manifestações e<br />

multiplici<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s relações interpessoais.<br />

349 Marc GIRARD, Os símbolos na Bíblia, p. 483.

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